Crônica das Origens da Família

Biografias


16.João Hilário da Silva

17. Januária Maria de Toledo

          João Hilário nasceu em São Paulo, no bairro de Santa Ifigênia, no dia 13 de janeiro de 1847, filho de Joaquim José da Silva e Maria Jesuina de Andrade. Januária Maria nasceu em Taubaté (SP), a 1º de setembro de 1857, filha de João da Rosa Belo e Maria Cortês de Toledo.

          Ela perdeu a mãe aos três anos de idade. Por isso, foi internada em São Paulo, no Seminário das Educandas, de onde saiu para se casar a 2 de fevereiro de 1875 com João Hilário, na Igreja do Seminário, na Glória. Ela passou a assinar-se TOLEDO E SILVA.

          Moravam no bairro de Santa Ifigênia, onde João Hilário possuia casas de aluguel ao redor da Igreja. João vendia imóveis que, como mestre-de-obras, fazia.

          Seu filho Joaquim contava que ele acabou por possuir casas e terrenos na atual rua Barão de Itapetininga, no Largo dos Curros (hoje, Praça da República), na rua Augusta, nas Perdizes e na Lapa. Do aluguel e venda dessas propriedades, bem como do comércio (inclusive de café), João vivia e sustentava a família. Alguns idosos contavam que João Hilário tinha alguma tendência à prodigalidade, vendendo imóveis para atender a amigos ou parentes necessitados. Certo é que ao falecer Januária a família tinha duas casas na Fortunato (nºs 25 e 27), duas casas pequenas nas Perdizes, um terreno de 12 x 45 m2 nesse mesmo bairro (rua Vista Alegre), um terreno na rua Alfredo Maia (na Luz). Quando João morreu, só existia uma casa na rua Fortunato e o terreno das Perdizes.

          Em fins do século XIX João foi recenseado como artista (AMSP, Lista de Eleitores de ano 1880, 24º Quarteirão, n° 732, e ano 1892, n° 590) e residente na Água Branca. O mesmo Joaquim José disse que o pai tinha armazém na esquina da rua Barão de Itapetininga com a Praça da República, onde negociava café.

          Do Largo de Santa Ifigênia foi para a Água Branca, onde era eleitor em fins do século passado. Em 1891 o casal residia na rua (hoje avenida) São João. Em 1899 na rua Fortunato nº 46, local onde ambos morreram.

          À meia hora do dia 17 de maio de 1902, Januária morreu de tuberculose. Poucos anos depois, de angina do peito, ele morreu no dia 2 de outubro de 1905. Ambos foram sepultados à rua 15, sepultura 7, jazigo da família, que João comprara no início de 1900 para sepultar um sobrinho seu, no Cemitério Municipal da Consolação.