João nasceu em Cabreúva no dia 24 de março de 1840, filho de Rafael da Silveira Leite e Brígida Leite de Almeida. Em alguns documentos aparece com o sobrenome CORREIA DA SILVEIRA.
Ana nasceu em Tietê no dia 20 de abril de 1845, filha de Manuel da Silveira Leite e sua primeira esposa Branca Leopoldina Correia de Morais (ACDPirac., Livro s/nº, Batismo de Tietê, fls. 5v)
Casaram-se na terra de Ana Augusta, onde João Pedro e seus pais fixaram residência, no dia 23 de agosto de 1859. Na certidão deste casamento, Ana Augusta aparece como DE MORAIS.
João Pedro foi muito tempo eleitor em Tietê. Tinham sítio em Maristela (entre Conchas e Laranjal), então pertecente ao bairro de Laranjal.
Ele era muito severo. A filha Branca enamorou-se de um moço seu primo, de nome Odorico, mas o pai não consentiu no namoro, taxando o rapaz de desocupado. Branca só foi se casar aos 65 anos de idade.
João Pedro tinha muito pouca paciência. Se estivesse na sala conversando com algum amigo e um filho por lá passasse mais de uma vez, logo arranjava uma tarefa para o pequeno.
Dizem que ao morrer tinha a dentadura perfeita, à exceção da falta de um dente. Certa feita um burro de serviço empacou e de tanta raiva João Pedro aplicou uma valente dentada no animal. De dor, o bicho saltava e escouceava. Nessa briga João Pedro perdeu o seu dente.
Uma tarde estava tarrafeando às margens de um ribeirão, quando um de seus filhos rodeou o córrego. João Pedro seguiu atrás e, sem saber nadar, quase se afoga. Com muito custo chegou ao outro lado, fulo da vida com o menino.
Quando teve a filha Ana Olympia, Ana Augusta ficou à beira da morte. Estava totalmente desenganada, mas aos poucos se recuperou. Teve, depois disso, as filhas Branca e Adelaide.
João Pedro usava barbas brancas e dele só resta um retrato que aqui reproduzimos.
João Pedro faleceu no dia 23 de junho de 1898 em seu sítio. Ana Augusta que ficou doente quando do nascimento da filha Ana, morreu no dia 4 de novembro de 1901, sendo ambos enterrados no Cemitério de Tietê.
Não deixaram muitos bens porque o filho João Pedro comprou uma fazenda sob a hipoteca das terras do pai. Não conseguindo pagar, o pai teve de vender seu sítio para honrar a dívida. Dizem que desse desgosto João Pedro, o pai, faleceu.