Manuel nasceu em Sepins Pequeno, sendo batizado a 3 de janeiro de 1716, filho de João Fernandes e Maria Antonia .
"Aos tres dias do mes de Janeiro de mil eSete Sentos e Dezasseis baptizei a Mel. fð de legitimo matrimonio de João frz' e desua mer. Ma Anta do lugar de Cepins pequeno, forão Padrinhos Mel. Pires, e sua fa Ma Soltra naturais do lugar, e frega de ouretam (?), epor verde fis este termo dia mes, eanno ut Supra.
O Prior Thome Coelho"
Maria, de Sepins Grande, foi filha de Manuel Antonio Vasco e Antonia Pereira e recebeu o batismo a 2 de fevereiro de 1704, como se vê na certidão abaixo, extraída no arquivo da Universidade de Coimbra:
"Aos 2 de Fevro de 1704 annos Baptizei aMa fa de Mel Antð Vasquo,edeSua mer Anta Pra de Cepins grde, f. padrinhos Mel Franco Cuçaquo de Cepim grde e Mer Franca Mar de Franco Pires de escapavi epor verdade fis este termo dia mes, anno era ut Supra
Bastos"
Casaram-se a 27 de outubro de 1733 e residiam na freguesia de São João Batista.
Alexandre foi filho de Manuel Pires e de Luzia de Carvalho e nasceu em Antes, distrito de Aveiro, Portugal.
Maria, filha de Luis Batista e Ana Francisca, nasceu em Ventosa, no mesmo distrito.
Casaram-se em Antes, com dispensa de consanguinidade do quarto grau, no dia 15 de setembro de 1737.
Em 1768 tanto Alexandre quanto Maria já eram defuntos.
Manuel nasceu em Janarde, distrito de Aveiro, Portugal, e foi filho de Francisco da Silva e Maria da Silva.
Maria era natural de Gestoso e filha de Frutuoso Martins e Maria Martins. Casaram-se na paróquia de São Pedro de Castelões no dia 18 de janeiro de 1752.
Manuel nasceu na freguesia do Santíssimo Sacramento, em Lisboa, onde foi batizado no dia 7 de novembro de 1727. Foi filho de Luis Pereira e Maria Correia.
Francisca da Encarnação nasceu em São Paulo, filha de Alexandre Francisco de Vasconcelos e Gertrudes Maria da Assunção. Foi batizada na Sé de sua cidade natal no dia 27 de maio de 1731(ACMSP, Sé, Batizados, um dos livros, fls. 38v, transcrito nos banhos de casamento):
Aos vinte e sette do mes de Mayo de mil sette centos e trinta e hu com Licença baptizou, e pos os Santos Oleos o Pe. Luis Domingues a hua innocente (...) Francisca, filha de Alexandre Francisco, e de sua mulher Gertrudes Maria: forão padrinhos Manoel vra e Maria Leyte de Aguiar, de que fis este assento, em que assigno. Antonio Nunes de Siqra"
No processo de habilitação matrimonial (ACMSP, Hab. Matr., proc. 4.46.280, fls. 55 a 82), ele conta que saiu de Lisboa em 1747 para o Rio de Janeiro. Depois de um mês na capital, foi como tropeiro para Minas Gerais, de onde partiu em 1748 para São Paulo. Lá se hospedou na casa de Teresa Vieira, onde também morava u'a moça de nome Rita Ferreira.
Manuel e essa moça combinaram casarem-se. Contudo ele logo soube que Rita Ferreira vivera também com um homem, de quem gerou um filho de nome Luis.
Assim que soube disto, Manuel acabou com o sonho de Rita de se casar com um reinol. Já haviam corrido os banhos do casamento do titular com a rapariga. Tentando fazer valer estes proclamas, Rita denunciou Manuel no cartório eclesiástico por ter prometido casar-se com ela durante os banhos dos titulares, mas , talvez à custa de dinheiro, ela firmou declaração de desistência de tal denúncia e o lisboeta pode contrair núpcias com Francisca da Encarnação em 1749.
Em 1768 Manuel trabalhava no comércio, pois a 27 de novembro desse ano recorreu à Vara Cível solicitando embargo de barris que vendera a Apolinário de Almeida Roriz. O tal Apolinário certamente era figura conhecida no mundo das contravenções, dado que o governador Morgado de Mateus expediu a seguinte ordem no mesmo ano.
"Para o Comde do Regto de Jaguary
Como sei que as ordens do Illmð e Exmð Sr. Genal de Minas facilitão a Vmce q.
prenda e me remeta todos aqueles q. desta Capitania passarem a essa sem licença, ou passaporte meu: Reprezento a Vmce q. haverá hum mez passou a eSse Continente Apolinario de Almeida Roriz, q. andou com Tropa no Conte de Goyazes, e por não pagar a seus credores se auzentou fugitivo e há certeza de q. levou 18, ou 20 cavallos, hum negro, fazenda seca e algumas peSas de ouro labrado; e q. se acha cituado no pouzo Allegre, cujo Citio se diz comprara e como não hé justo se dê liberdade para que se cometão descaminhos, no cazo q. Vmce se não offereça duvida o que ..................... prender e aprehender os bens q. se achar .........................................................."
Entre 1765 e 1776, vivendo do ofício de sapateiro na maior parte do tempo, Manuel morava com a família em casa ao pé da ponte de alvenaria sobre o rio Anhangabaú (depois ponte do Acu e, hoje, o viaduto conhecido popularmente como "o buraco do Ademar", sob a Avenida São João.). Em 1767 Manuel criava algumas cabeças de gado perto de casa, num pasto próximo ao Mosteiro de São Bento. Junto com outros criadores, reclamou no Senado (primevo nome da Câmara de Vereadores) contra o preço exorbitante que os beneditinos cobravam a título de foro para aluguel do pasto. O Senado proibiu tal cobrança e, em sessão de 23 de maio daquele 1767, declarou que os pastos eram livres para quaisquer cidadãos que desejassem lá deixar seus animais.
Em 1772 ele foi procurador (advogado), em ação na Vara Cível, do capitão Antonio José Pereira contra o então sargento-mór Domingos Francisco de Andrade.
Em 1781 o titular exercia o ofício de cirurgião e nessa qualidade recorreu à justiça contra Manuel Antonio Barreto. Seu requerimento rezava: "Diz Mel Pera Chrispim, aprovado em Cyrurgia mor nesta Cide que elle quer fazer Citar a Manuel Antð Barreto, mor em Santa Fê, termo desta Cide, na ...... ......... deste Juizo falar ahum Libelo Civel, emque Requer pedir a quantia devinte mil reis, procedidos dehum Curativo que lhe aquetudo milhor declararam em Seu Libð eque outro Sim fique Citado pa todos os mais termos eactos Judiciaes e final Snnca eSua Exzecusam evenda, aRematação, eRemisam de Seus bens; pa fazer procuração Com abundantes Procuradores que o defendão........... .................
PAvmce lhefasa mandar Selhepase mandado pa o Referido, eque Constando Seoculta, Secite por hora certa na forma daley.
ERM"
Dessa época deixou um livro de cirurgia denominado "Farmacopéia Lusitana Reformada", do dr. Caetano. E o livro "Erário Numeral", de Lins Gomes Torres. Em 1776 Manuel usava uma de suas casas como hospedaria que os visitantes da cidade (hoje é chamado pelo galicismo "hotel"), enquanto morava na "rua que ia do Palácio para o Carmo" (atual rua XI de Agosto). Mantinha na hospedaria escravos trabalhando e outros ocupava em casa.
Tinham chácara que foi do Pique, no Anhangabaú de Cima, caminho dos Pinheiros.
Ele, por fim, falece no dia 22 de agosto de 1792, sendo seu corpo sepultado no cemitério da capela da Ordem Terceira do Carmo.
Francisca da Encarnação morreu no dia 3 de fevereiro de 1810, sendo sepultada na mesma capela que o marido.
Josefa nasceu em Boeira, na freguesia de Santa Leocádia de Fradelos (Famalicão), no arcebispado de Braga, em Portugal. Foi irmã de José Francisco de Andrade.
Morreu solteira no mesmo local.
270. Manuel Joaquim de Toledo Piza
Manuel Joaquim nasceu em São Paulo cerca de 1725, filho de Floriano de Toledo Piza e Antonia de Medeiros Cabral.
Maria, natural de Araraitaguaba, onde nasceu por volta de 1735, foi filha de José de Almeida e Maria Furquim da Luz.
Manuel Joaquim foi de São Paulo para Porto Feliz, onde conheceu e se casou, antes de 1775, com Maria. Lá foi sacristão e guarda-mór nas minas de Apiaí, com provisão de 7 de março de 1770.
Voltou a São Paulo, passando a residir na rua São Bento, onde esteve até 1775. No ano de 1768 estava escrivão de órfãos em São Paulo. Ainda no mesmo posto nas ordenanças, foi para Parnaíba, fixando-se no bairro de Embuaçava em 1785. Ficou por lá cerca de quatro anos, voltando, talvez em razão de doença, a São Paulo em 1789.
Em 1777 Manuel Joaquim responde a processo na Vara Cível por inadimplência de um crédito de um conto, novecentos e quinze mil e duzentos e noventa e cinco réis que devia ao cap. Manuel José Gomes. Comprovadas a dívida e o atraso, os oficiais de justiça procederam ao embargo de todos os bens necessários à cobertura da dívida e custas processuais, como se vê do excerto que segue:
"Anno de NaSimento de Noso Senhor Jezus crizto de Mil eSete Sentoz e Setenta eSete Annoz aos coatro diaz do Mez de Agosto do dito Ano nezta paragem chamada AnbuaSaba (eu) ezcrivão aodeante Numiado fuy vindo ......... junto coM o Meyrinho Jeral viSente veiyra Doz Santoz cachoeyra eem comprimento da SentenSa do Doutor Juiz de Fora da vila de Santoz que serve de ouvidor geral em a cidade de São Paulo Joze Carloz Pinto de Souza, eaRequerimento do Exzecutante fez o dito Meyrinho pinhora filhada Real aprenção em az Eguas e hum Burro a choro pertenSentes ao Exzecutado oguarda Mor Manuel Joaquim de toledo e piza... ......".
Apreendendo vinte éguas e um filhote de burro, o meirinho nomeou Antonio João de Toledo, irmão do réu, fiel depositário dos animais: "fez o dito Meyrinho depozito delez em Mão e poder de Antonio João de Toledo, o coal Recebeo eSe obrigou az Leiz de fiel depozitario Ecyceto Morte efuga e o dito Meyrinho o Notificou para não dezpor dos ditos animaiz Sem orde EezpreSa da Juztiça epara constar fiz este auto que aSinou o depozitario com o Meyrinho eu João da Costa Tellez ezcrivão daz ExzecoSoins que o ezcrevy".
No dia seguinte, o meirinho voltou e apreendeu também três escravos, cinco animais de serviço e o próprio sítio, situado no "caminho que vay para a vila de parnaiba em as paragens chamadas o forte com cazas de dois lançoz de paredez de pilão covertaz de telhaz conSeo quintal Sercado de valoz velhoz e Sercaz que dehua vanda confronta con as terraz do Padre Joze Rodriguez Bueno, e da outra con oz campoz de carapuCuvera". Aprendeu, também, trinta e nove cabeças de gado com a marca "M" na coxa direita.
A 7 de agosto o meirinho apreende petrechos domésticos (lampião de latão, caixa de tabaco de prata, sopeira meã fina de louça, dois bules, num leito, tecidos de cama, uma bolseta oitavada de prata, algumas moedas de prata no total de 48$150, algumas moedas de cobre perfazendo a soma de 1$150, quatro livros -- "Obras Espirituais Portuguesas", "Selva Pratica", "Gramática Latina" e um dicionário latim-espanhol --, dois couros coutidos de veado, sete frascos de vidro, seis garrafas de vidro, bules da Índia, etc.). Todos esses bens foram depositados em nome de Luis Pereira de Macedo.
No dia seguinte, uma vez mais tornou o meirinho ao sítio, apreendendo uma série de títulos cujo credor era Manuel Joaquim. Lançou um no valor de 589$412, para cobrança em Cuiabá. Lançou também títulos contra João Francisco de Morais (12$840), José Pereira de Souza (20$720), Antonio da Cunha Gago (20$750), Antonio Leme de Pontes (8$000), Gregório Correia Leite (16$370) e Ana Buena (10$650). Apreendeu, ainda, uma conta assinada pelo executado, na qual mostra ser credor do cap. Manuel Cavalheiro Leite em 72$440.
Analogamente, contas contra o Pe. João Monteiro de Sam Paio (50$415) e José Leite de Moura, no valor de 7$540. Esses títulos foram entregues, também, a Luis Pereira.
Paralelamente a esse processo corria um outro, movido pelo cap. Tomás Fernandes Novaes, no valor de 2.185$295, montante utilizado para a compra do sítio no local chamado Forte, em lugar chamado de "campos do Amaral", segundo certidão passada no dia 27 de agosto de 1776 na casa do réu, em São Paulo, pelo tabelião Inácio Xavier de Almeida Lara. Foi esse sítio que descrevemos anteriormente.
Os bens de Manuel Joaquim foram a leilão. O escrivão Agostinho Delgado e Arouche certificou, a 18 de agosto desse 1777 que "Segundo adata dodia emque foy passado o vilhete dePraça dos bens deque o Suplicante feis menção Completão hoje nove dias, eos daLey São oyto". Por terem passados os dias conferidos pela lei para o resgate da dívida, os bens foram a leilão. Por haver bens não arrematados, o cap. Tomás pede que se notifique o réu da necessidade de cobrir a diferença. Encerrado o balanço do caso, sobraram 60$320, quantia que foi devolvida ao réu.
Manuel Joaquim faleceu em São Paulo no dia 5 de março de 1790, sendo sepultado na capela da Ordem do Carmo.
Viúva, Maria voltou a morar em Parnaíba, morrendo no bairro de Sinanduva, de febre maligna, no dia 19 de fevereiro de 1801. Seu cadáver foi transportado para São Paulo e recebeu sepultura ao lado do marido.
282. Antônio de Freitas de Andrade
Antonio nasceu em Taubaté cerca de 1719 e foi filho de Jerônimo Ferreira de Freitas e Margarida Cardoso.
Maria nasceu por volta de 1741. Helvécio Coelho acredita que ela descenda de Pascoal Gil e Maria da Silva Leme.
Residiam em sítio no bairro de Una, onde Antonio e três escravos plantavam feijão. Nessas terras, avaliadas em 10$000 em 1789, havia também uma vaca, um cavalo e algumas casas. Tinha casa na rua dos Gils, depois doada à filha Margarida.
A 25 de agosto de 1792 inicia-se o inventário dos bens de Antonio, falecido no segundo semestre daquele ano, com testamento de 17 de julho do mesmo ano, sendo que em 25 de dezembro de 1792 seus herdeiros se habilitam.
Sua mulher ficou morando em Una até morrer, após 1815.
Os filhos do casal eram parentes em 3ð grau de José Barbosa (nascido em Taubaté em 1762), primos em mesmo grau de Manuel Jaques Passos (branco, nascido e residente em Taubaté, com 82 anos de idade em 1823, quando era viúvo) e em 4ð grau de Manuel dos Anjos Passos (branco, nascido e residente em Taubaté, com 47 anos de idade em 1823, viúvo).
286. Ildefonso Barbosa do Prado
Ildefonso nasceu em Jacareí, onde foi batizado no dia 30 de janeiro de 1730, filho de Miguel Antônio da Cunha de Abreu e Domingas Barbosa Cabral. Num dos livros de batizados (n° 6, possivelmente), às fls. 52, se lê:
"Aos trinta de Janeiro de mil sete centos e trinta annos baptizei aoinnocente Ildefonso filho de Miguel Antonio e de sua mulher Domingas Barboza, e lhe pus os Santos Oleos: forão padrinhos o licenciado Claudio Furquim Leme, solteiro, e Catherina da Veja, Casada, e moradores desta Freguezia. O Vigr° João Martins Bonilha."
Úrsula, parenta de Ildefonso, nasceu em Taubaté e foi batizada no dia 10 de agosto de 1744, filha de Antônio Garcia de Peralta e Maria Páscoa de Miranda (Livro n° 7, Batizados, fls. 79):
"Aos dez de Agosto de mil sette Centos e quarenta e quatro baptizou epos os Santos Oleos o Padre Pedro da Fonçeca de Carvalho a Ursula, filha de Antonio Gracia Peralta e desus mulher Maria Paschoa, naturais desta freguezia - foram padrinhos Antonio Coytinho, solteiro, e Anna Leite de Miranda, mulher de Lourenço de Brito, todos moradores nesta freguesia. O Vigario João de Besia Passos"
Muitas das informações sobre os ancestrais do casal estão no processo de genere et moribus, do ano de 1811, do padre Justino Antônio Leite (ACMSP, Hab. Gen., proc. _____________), descendente deles.
Casaram-se na terra de Úrsula, como se vê da certidão que segue (Livro n° 3, Casamentos, fls. 13):
"Aos quatorze do mes de Abril demil e sette Centos e secenta e hum nesta freguezia pelas sinco horas da tarde na forma do Sagrado Concilio Tridentino e com provizão do Reverendo Vigario da Vara da Comarca por palavras de prezente recebi a Ildefonso Barboza do Prado, natural e baptizado na freguezia da Villa de Jacarehy, filho de Miguel Antonio da Cunha de Abreu ja defunto, e de sua mulher Domingas Cabral do Prado: com Ursula Leite de Miranda natural e baptizada nesta freguezia de Taubate filha de Antonio Garcia de Peralta e de sua mulher Maria Paschoa de Miranda e declararão não sabiam os nomes (....) Avós, por serem muito antigos asistirão aos (.....) Antonio Coytinho e João Luis de Miranda ambos cazados e outras pessoas mais que se acharão prezentes, todos moradores nesta freguezia ......... receberão as bençoens que digo e para Constar fis este asento de o mes, anno ut supra.
O Licenciado João de Bes... Passos"
Residiram inicialmente em Taubaté. Nessa vila, Ildefonso foi soldado e ferreiro até 1772, quando comprou uma taberna. Teve, também, casas de aluguel na vila, que lhe rendiam algum dinheiro. Em 1765, por exemplo, seu patrimônio foi avaliado em 60$000, bastante modesto.
Depois de 14 anos de casado, foi descoberto um parentesco entre eles. Úrsula e os filhos foram mandados pelo vigário para o sítio da mãe dela em julho de 1775. Diziam que descendiam ambos de dois irmãos: Domingos Rodrigues do Prado e Marina de Chaves. O bispo de São Paulo, todavia, declarou que Domingos do Prado e Marina eram primos e não irmãos. De qualquer modo, o impedimento foi sanado e o casal voltou a viver sob o mesmo teto.
Em 1776, ainda soldado da cavalaria, mudou-se para o bairro de Una. De Una foram para São Luis do Paraitinga em 1783. Lá viveram por três ou quatro anos, voltando a Taubaté, onde fixaram residência na rua das Flores, na 1a Cia. de Ordenanças da vila.
Em 1795 morre Ildefonso. Úrsula herda casas na vila e os escravos taipeiros do marido. Além disso, fia e costura para fora, o que lhe confere algum dinheiro adicional.
Ganhava, em 1798, uma renda anual de 25$600.
No ano de 1801, Úrsula se muda para a rua do Tanque. Nesse mesmo ano, ela e o filho Justino vão a negócios para Minas Gerais e, no ano seguinte, ao Rio de Janeiro com o filho Salvador.
A viúva viveu ainda alguns anos em Taubaté como taberneira. E lá morreu no ano de 1820.
Richard Thomas Fenton nasceu em Goodland Banks, Eskdale,.condado de Yorkshire, na Inglaterra, cerca de 1747. Foi batizado na igerja católica de Whitkirk a 1ð de março desse ano. Era filho de George Fenton e Sarah Green.
Era tecelão na Inglaterra, onde se casou em Whitby a 17 de fevereiro de 1770 com Elizabeth Stubbs, nascida por volta de 1771 em Copmanthorpe (Yorkshire, Inglaterra), filha de John Stubbs e Mary Eccles.
Em agosto de 1774, a bordo do navio Marlborough Richard e família partiram do porto de Whitby para Savannah, na Geórgia (EEUU). Dali seguiram para Ninety-Six District, um forte nas florestas da Carolina do Sul. Nesse local tinham terras e gado, avaliados em £ 338-10-0
Dois anos depois da chegada do casal, estourou a guerra de independência deste país. Como britânico, Richard se alistou nas tropas leais à Coroa. Entre junho e dezembro de 1782 ele estava como voluntário civil servindo nas Milícias de Long Cane, do regimento do cel. Richard King, da Brigada de Upper Ninety-Six District. Foi ferido e perdeu todas as suas propriedades.
Voltou a Whitby, onde viveu de julho de 1783 a março de 1784. Ali solicitaram terras à Coroa, como uma compensação que a lei criou para aqueles que perderam seus bens na guerra. Mas o pedido foi indeferido por ter sido apresentado muito tarde.
O cel. Zacharias Gibbs conseguiu uma sesmaria de terras de 1.000 acres em Rawdon (então chamado de sertão incultivado), na Nova Scotia, Canadá. Ele, contudo, era muito velho e precisava de alguém para tomar conta das terras. Tomando conhecimento de que o amigo Fenton estava mal financeiramente, convidou-o para o ofício. Enviou £40 para as passagens.
Richard, a mulher e quatro filhos saíram de Londres e aportaram em Saint John em abril de 1787. Por algum tempo ele trabalhou nas terras de um certo James Gordon, em Musquash, New Brunswick. Dali foi para Rawdon.
Assim que chegaram a Halifax, eles pediram uma sesmaria de 500 acres a sudoeste de Rawdon, às margens do rio Herbert.
Em 1787 ele foi agraciado com uma doação de 400 acres de terras pela Coroa, que ele chamou de Brushy Hills (Colinas de Arbustos), várias milhas ao sul de Centre Rawdon. No ano seguinte venderam essas terras ao cel. Gibbs.
Mais tarde comprou outros 500 acres. Em 1791 mais 100 acres e em 1797 outros 160 acres.
Elizabeth Stubbs, faleceu depois de 1803. Ele, então, se casou a 14 de dezembro de 1813 com a viúva Mary O'Brien.
Richard morreu em Rawdon a 18 de outubro de 1841 , com 95 anos de idade, congelado numa tempestade de neve. Foi sepultado no cemitério anglicano de St. Paul, em Centre Rawdon.
Fontes:
Arquivo Público da Nova Scotia, rolo 11.129, e DUNCANSON, John V. - Rawdon and Douglas:Two Loyalist Townships in Nova Scotia, pps. 186 e 187.
Nova Scotia Immigrants to 1867, vol. I, pág. 342, referência à ida de Richard para Rawdon. No mesmo volume, pág. 341 e 342 há referências a Mary (9 anos) e Sarah (15 anos), que acompanhavam seu pai de Hull, na Inglaterra, para a Nova Scotia no vapor Jenny em abril de 1775. No vol II, pág. 89, se repete a referência a essas meninas.
John Withrow e os irmãos foram dos primeiros povoadores de Rawdon, no Condado de Hants (Nova Scotia, Canadá). Ele nasceu em Nova Jérsei a 14 de agosto de 1754 e foi a primeira vez casado com Catherine Rudolph (Kitty). Catherine morreu a 11 de março de 1789 com 30 anos de idade.
Ela foi sepultada perto da casa onde moravam. Ali, até há pouco tempo atrás, a lápide erigida em memória a dois filhos do casal falecidos pequenos podia ser vista deitada sobre a grama. O túmulo de Kitty ficava do outro lado do casarão. Foram todos transferidos para o cemitério anglicano de Rawdon. Viúvo, John se casou em Windsor a 22 de maio de 1792 com Sarah Whittier, de Connecticut (EUA), nascida a 28 de novembro de 1773.
No censo de 1792, ele morava em Rawdon e tinha um cavalo e nove vacas. No censo de 1794 era proprietário de dois cavalos, dois bois, duas vacas e sete carneiros.
John morreu aos 82 anos de idade a 13 de outubro de 1839. Ela sobreviveu muitos anos e morreu a 22 de outubro de 1862, com 89 anos.
Universidade do Minho - Núcleo de Estudos de População e Sociedade-NEPS (site em http://www.neps.ics.uminho.pt), base Salão
José nasceu no dia 1° de março de 1734 e foi batizado na igreja de N. Sra. do Socorro, freguesia do Salão, filho de Estêvão de Brum da Silveira.
Casou-se com Ana Maria, nascida a 29 de maio de 1734 e batizada na mesma igreja, filha de Francisco da Silveira e Isabel da Trindade.
Ele morreu no dia 18 de junho de 1792 e seu corpo foi acompanhado pelo Colégio e pelos irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento para receber sepultamento no cruzeiro da igreja de N. Sra. do Socorro. Não fez testamento.
Ana Maria morreu a 29 de junho de 1797 e fez testamento. Foi enterrada ao lado do marido, após ofício de corpo presente.
Universidade do Minho - Núcleo de Estudos de População e Sociedade-NEPS (site em http://www.neps.ics.uminho.pt), base Salão
Gregório Dutra da Silva, natural de São Salvador e que foi casado com Joana Maria de Jesus, filha de Antônio Ferreira de Jesus e Inês da Silva.
Antônio Vaz Pereira era filho de Manuel Ferreira da Fonseca e Clara Rodrigues de Siqueira.
Foi casado na matriz da vila a 11 de julho de 1763 com Tomásia Maria de Jesus, campista, filha de Lourenço de Frias e Paula de Souza.
Antônio de Siqueira Preto nasceu na cidade de Mariana (MG) e foi casado com Quitéria Maria do Nascimento, nativa de Guarapiranga (MG).
Eram moradores no arraial de São Caetano do Chopotó (hoje Cipotânea), na freguesia de Guarapiranga (hoje Piranga, MG). O arraial ficava às margens do rio Chopotó, um dos formadores do rio Doce.
Não há notícias deles em Cantagalo, onde moravam dois de seus filhos.
Manuel Teixeira Leite nasceu na freguesia de Santa Maria de Borba da Montanha, concelho de Bastos, arcebispado de Braga (Portugal), filho de Cristiano Leite e Teresa de Carvalho.
Urbana Antônia Pereira era natural da freguesia de Santo Antônio do Ouro Branco, bispado de Mariana (MG), batizada no dia 7 de janeiro de 1752, filha de João Barroso Pereira e Antônia (Maria) Xavier de Santa Gertrudes (ACMM, Armário 6, pasta 722, proc. 7.220, fls. 3), filha de João Barroso Pereira e Antônia Maria Xavier de Santa Gertrudes:
Aos sete dias dias do mez de janeiro de mil e setecentos e cincoenta e doys annos nesta Igreja Matriz de Santo Antonio batizei e pus os santos olios a Urbana filha legítima de João Barrozo Pereira, e de Antonia Xavier. Forão padrinhos Antonio Dias solteiro da freguesia de Villa Rica e Antonia da Conceição mulher do Tenente Miguel da Silva Vieira da freguesia de Santo Antonio da Itaberaba.
Habilitaram-se em 1779 para se receberem em matrimônio (ACMM, processo citado):
... querem se casar Manoel Teixera Leyte filho legítimo de Crispiano Leyte e de sua mulher Thereza de Carvalho bautizado na freguezia de Santa Maria de Borba de Montanha, conselho de Bastos do Arcebispado de Braga e de prezente morador na freguezia do Mártir Sam Manoel do Rio da pomba e Peixe com Urbana Antonia Pereira filha legítima de João Barrozo Pereira e de sua mulher Antonia Xavier de Santa Getrudes natural e bautizada na freguezia de Santo Antonio do Ouro Branco.
Eles se viveram por algum tempo na freguesia do Mártir São Manuel, no Rio da Pomba e do Peixe dos Índios Coropós e Coroados. Depois foram morar na cidade de Cantagalo, onde foram padrinhos de diversas crianças.
No assento de óbito de Manuel, pardo, do dia 21 de janeiro de 1821, está registrado que ele "foi baptizado pela parteira Urbana Antônia".
No registro do óbito de João Crisóstomo da Fonseca (Cantagalo, setembro de 1802), registra-se que este "faleceu na fazenda de Manoel Teixeira Leite e jaz na mesma fazenda, distante desta Matriz quatro légoas de mero certão ..." .
Urbana foi madrinha de Manuel, batizado na casa dela em junho de 1812, filho de Francisco José de Oliveira. Em junho de 1816, ela voltou a ser madrinha, agora do índio Fidélis.
Manuel faleceu a 31 de dezembro de 1806 em sua sesmaria da Barra do Ribeirão da Cachoeira e foi sepultado na igreja matriz no dia seguinte. Urbana morreu no dia 16 de fevereiro de 1821, com 56 anos de idade, de um antraz na perna, e foi sepultada na igreja matriz de Cantagalo. Ela deixou um escravo.
Ela morreu de um antraz com gangrena aos 57 anos de idade