Crônica das Origens da Família

Biografias


448. Joaquim da Silveira Leite

Joaquim nasceu em Araçariguama, filho de Antônio da Silveira Gularte e Maria Leite da Silva.

"Aos trinta de Mayo demil Sette centos e vinte sinco nasceu o innocente Joaqm, fð de Ant° da Silveyra, e de Sua mer Maria Lte, eaos quatro de junho do dð anno nesta Matriz foi baptizado por mim ........., elhe pus os Santos oleos: Padrinhos Rafael Leme e Sua mer Anna Lte, estes freguezes de Itu, eos mais freguezes desta freguezia.

Pe Marcello (...) de Ramos"

Ana foi natural de São Paulo e filha de Antônio Bernardino de Sena e Joanna Barbosa de Araújo. Lá foi batizada pela tia materna, da mesma forma que Joaquim o fora pelos tios.

"Aos vinte (...) do mes de Janeyro de mil sette centos Secenta ehum bautizey e pus os Santos oleos ainnocente Anna, filha legitima de Antonio Bernardino de Sena, e de Joanna Barboza: foram padrinhos o Reverendo Padre Coadjutor Felippe de Santiago Xavier, e Maria Barboza de Araujo, filha Solteyra de Gervazio de Amorim Dantas, moradores nesta freguezia, deque faço este assento em que me assigno. Dia, mes eanno ut supra.

O Vigr° Manuel Mendes de Almeida"

Joaquim e Ana Maria habilitaram em 1776 (ACMSP, Hab. Matr., proc. ____, fls. 1 a 6) e se casaram em Santana de Parnaíba no dia 2 de julho de 1776 e foram residir em Araçariguama.

Em 1782 Joaquim era soldado auxiliar do corpo de milícias de Araçariguama, aparecendo como porta-estandarte em 1789. Dois anos depois foi promovido a alferes, cargo no qual se conservou quando mudou de Araçariguama para o bairro do Taquaral.

Em 1785 cuidou do inventário de sua mãe. Seu nome foi também lembrado para padrinho de uma de suas netas em 1798.

Ana Maria morreu em 1809.

"Aos tres de Dezembro de mil, eoito centos, e nove annos falleceo davida prezente Anna Maria de Abreo, de ide de quarenta e seis an. casada com o Alferes Joaqm da Silvra Lte, com todos os Sacramtos, de molestia interior, sepultada dentro desta Matris, recomenda por mim.

O Vigrð Joze do Rego Castanho"

Da certidão acima se vê que Joaquim ainda ostentava a patente de alferes quando morreu sua mulher. Tal posto, contudo, só foi oficializado no dia 8 de julho de 1790. Até então, Joaquim era porta-estandarte da 2a Cia. de Cavalaria Auxiliar dos Dragões do bairro de Serra Acima.

Poucos meses tinha a mulher falecido e Joaquim voltava a se casar. No dia 20 de agosto de 1810 recebeu por esposa a Ana Joaquina Leite, batizada no dia 1ð de agosto de 1776, filha de José de Almeida Leme e Mécia Leite de Oliveira, natural de Araçariguama (ADCJund, Livro nð 39, Casam. Parnaíba, fls. 115, e ACMSP, Hab. Matr., proc. ____, fls. 1 a 18). Mécia Leite, mãe da noiva, foi prima-irmã de Joaquim.

Continuaram residindo em sítio no Taquaral, onde Joaquim foi reformado como alferes em 1817, podendo dedicar integral atenção ao sítio, no qual construíra engenho de açúcar.

Entre 1820 e 1822 morreu a segunda esposa do titular.

Outras Fontes:

SL, vol. II, pág. (211?) e vol. IX, pág. 92.

DAESP, Col. População, São Paulo, anos 1765 a 1776, e Araçariguama, anos 1776 a 1792.


452. Pedro da Silveira Gularte

Pedro, também chamado de Pedro da Silveira LEITE em alguns documentos, nasceu em Araçariguama a 27 de julho de 1755, filho de Antônio da Silveira Gularte e Maria Leite da Silva. Diz sua certidão de batismo:

"Aos vinte, e Sette de Julho de mil, Sette centos e cincoenta, e cinco nasceu o innocente Pedro, filho de Antonio da Silveyra e de sua molher Maria Leyte, e aos trinta e hum do ditto nesta matriz foy bautizado por mim Seu Parocho, e lhe puz os Santos oleos: Padrinhos Guilherme Solteyro filho do ditto Silveyra, e Anna da Silveyra, cazada fregueza de Itû, e os mais fregueses desta freguezia.

Pe. Marco de Alma Ramos"

Maria Antônia foi natural de Itu, onde nasceu por volta de 1774, filha de Félix Antônio de Oliveira e Domingas Maria de Oliveira.

Casaram-se em Itu no ano de 1786 mais ou menos.

Ficaram morando em Aputribu, onde Pedro tinha engenho de açúcar herdado de sua sogra e onde foi capitão.

Pedro morreu no dia 6 de abril de 1806, sendo sepultado na Igreja do Carmo, em Itu (ACMSP, Hab. Matr., proc. ________, fls. 1 a 17).

Aos seis de Abril de mil oitocentos, e seis annos, faleceu da vida prezente o Capm Pedro da Silveira Leite, cazado com D. Maria Anta de Oliveira, branco, deide de cincoenta annos, de molestia interior, com todos os Sacramtos (...) sepultado em carmo, com a companhamto, incomend° por mim. O Vigr° José de Ro(...)"

Receosa de não poder administrar os bens deixados pelo marido, Maria voltou a pensar na hipótese de um novo casamento. Alegando, em processo de dispensa matrimonial, ser moço bom e cristão, Maria recebeu por seu marido ao parente Antônio da Silveira Leite, sobrinho de seu primeiro marido, filho de Joaquim da Silveira Leite e Ana Maria Barbosa de Abreu, batizado no dia 10 de abril de 1794 (ACMSP, Hab. Matr., proc. ________, fls. 1 a 17).

Antônio e Maria se casaram em Itu, no dia 30 de maio de 1811, e se fixam em Piraí de Cima, em terras herdadas de Pedro. Lá, Antônio foi cabo de esquadra em 1816 e lavrador de cana-de-açúcar, com a qual fazia a rapadura que era vendida para São Paulo. Para auto-consumo, o casal plantava milho, feijão e arroz, com o apoio de cerca de uma vintena de escravos.

Posteriormente foram para Araçariguama, onde Antônio foi sargento em 1825 e 2ð Sargento cinco anos depois.

Lá morreu Maria Antônia em 1819, mais ou menos. E em 1820 Antônio se casou com Joaquina de Morais (?).

Outras Fontes:

SL, vol. V, pág. 226


464. Manuel de Morais Brito

Ele nasceu em Araçariguama em 1716, filho de Manuel de Morais e Siqueira e Teresa de Brito Nogueira.

Isabel, natural de Santo Amaro, onde nasceu por volta de 1726, foi filha de Diogo Moreira Furtado e Faustina de Souza Machado.

Casaram-se em Santo Amaro no dia 12 de fevereiro de 1738. No ano de 1767 viviam em Araçariguama. O censo de 1774 mostra o casal na 3a Esquadra de Itu, como soldado auxiliar e lavrador. Já em 1777 estavam de volta a Araçariguama.

Quando chegou 1780, o casal residia em Parnaíba, onde a 23 de maio desse ano morreu Isabel, cujos bens foram inventariados a partir de 10 de julho do mesmo ano. Ela foi sepultada na matriz de Parnaíba. O auto de inventário traz a data de sua morte como 5 de junho de 1780, o que contraria a certidão de óbito de 23 de maio, que nos parece mais confiável por mais antiga. Tinham sítio em Araçariguama.

Em Parnaíba vivia também Escolástica de Oliveira Camargo com o marido Baltazar da Rocha Campos, filho de outro e Catarina Rodrigues Campos, nascido em S. Bartolomeu de S. Gens. A 1ð de dezembro de 1777 Baltazar morreu com 68 anos de idade e foi sepultado na tumba nð 72 da matriz de Parnaíba.

No dia 16 de julho de 1781, Manuel se casava com a viúva de Baltazar, nascida por volta de 1737, filha de João da Rocha de Oliveira e Margarida Francisca de Camargo (ACDJund, Livro nð 39, Casam. Santana de Parnaíba, fls. 137v e 138).

Provavelmente residiram em Araçariguama pois nesse local Manuel cerrou os olhos no dia 21 de novembro do ano de 1792, sendo sepultado na matriz da Penha de Araçariguama (ACMSP, Livro nð 6.2.14, Óbitos Araçariguama, fls. 10).

Novamente viúva, Escolástica ainda sobreviveu a Manuel por trinta anos, morrendo a 13 de março de 1822.


466. Luís Pedroso de Barros

Luís nasceu em Araçariguama por volta de 1706, filho de Maximiano de Góis e Siqueira e Maria de Arruda.

Escolástica nasceu no mesmo lugar em 1707 (ou 1717?), filha de Brás de Almeida Lara e Maria Bueno.

Em 1738, quando o casal iniciou o processo eclesiástico de dispensa matrimonial (a 1ð de novembro desse ano), Luís residia com os pais em Itu e Escolástica em sua terra. Órfã de pai, Escolástica declarou que esperava encontrar no orador amparo por ser ela pobre. Na ocasião, morava com a mãe e quatro irmãos solteiros. Casaram-se em Araçariguama a 1ð de outubro de 1743.

Em 1763, 4 de janeiro, Luís tentou embargar terras de Antonio da Silveira Gularte, desejando fazer valos para separar as duas propriedades. Antonio, todavia, através dos testemunhos de Manuel Gomes de Escobar, José Leite da Silva e Rafael Leme de Oliveira, consegue provar que as terras lhe pertenciam há mais de vinte anos e Luís perdeu a causa.

Em 1765 o patrimônio do casal era orçado em 555$000. Tinham sítio no Ribeirão de Araçariguama, com casas, senzala, alambique e fábrica de açúcar.

Escolástica morreu a 8 de novembro de 1763 no lugar chamado Engenho da Vargem Grande, em Araçariguama, e Luís a 31 de janeiro de 1768, no bairro do Ribeirão, em Araçariguama.

Deixaram casas em Parnaíba, dando fundos para a igreja, e outras em Araçariguama. Tiveram sítio vizinho à capela de Araçariguama (seria o acima ?).


468. Antônio da Silveira Vilalobos

Antônio, também chamado em alguns documentos de Antônio da Silveira VILASBOAS, nasceu em Itu, como se vê na certidão seguinte, filho de Antônio da Silveira Gularte e Maria Leite da Silva:

"Antð. fð de Antð da Sylvra edeSua mer Ma Leite naceo aos sinco de agosto de mil setecentos, e quarenta, equatro annos, foy baptizado aos treze do mesmo mes, eera pelo Pe. Antonio de Souza da Compa de jesus de Lça M®; foram padrinhos o Pe Suprior Bauthar da Compa de Jesus, eAngela Ribra Lte, mer de Ferndð Pais, elhe pos os Santos oleos: deq' pa constar fis este assento aos dezasseis do mesmo mes, eera Sup.

Ignco de Alma Lara"

Isabel nasceu em São Roque, filha de João Vieira Falcão e Lucrécia Pedroso Furquim, como mostra a certidão que segue:

"Aos oyto dias do mes de Abril de mil settecentos e quarenta e nove annos baptizei, epus os Santos oleos ainnocente Izabel, filha legitima de Joam Vieyra, e de Lucrecia Ribeyra; foram padrinhos o Capitam Estevam Furquim Pedrozo, e sua mulher Joanna Leme de Siqueyra por procuração, que apprezentou Thereza Garcia, mulher de Ignacio Ribeyro, eosdittos padrinhos sam moradores da Frega de Nossa Senhora da Penha de Araçariguama, deque faço este assento, em que me assigno. Dia, mes, eanno ut supra.

O Vigrð Manuel Mendes de Almeida"

Antônio e Isabel se habilitaram para o casamento (ACMSP, Hab. Matr., proc. ____, fls. 39 a 45) e se casaram na matriz de Parnaíba no dia 26 de julho de 1768 (ACDJund, Livro nð 39, Casam. Itu, fls. 53).

Em 1776 moravam na 2a Cia de Itu, nas terras do sogro João Vieira, com três escravos. Lá plantavam feijão e criavam três vacas e cinco porcos. Em 1781 foram para o bairro Olho d'Água, em São Roque, onde Antônio foi porta-estandarte das milícias locais.

Em São Roque, Antônio foi também lavrador de milho e feijão e tropeiro no Caminho de Curitiba.

Antônio morreu no ano de 1803. Morto o marido, Isabel tomou seu lugar na direção da propriedade e continuou plantando milho, feijão e arroz para consumo familiar e para vender na cidade. Também o toucinho começou a ser vendido na vila.

Em 1811 o bairro recebeu o nome de Fernão Dias. Ela continua tocando a plantação. Na safra de 1812 produz feijão, milho e algodão. Em 1814, casando a filha Gertrudes, ela ficou morando sozinha.

Segundo documento de 1821, Isabel vivia em seu sítio Curralinho, de 150 braças de testada, às margens do córrego Ponte Alta, na freguesia de São Roque. Nesse ano o ajudante Antônio José de Miranda requereu judicialmente a medição do sítio de Isabel, para identificar os limites entre as terras da viúva e as dele requerente.

Ela morreu de hidropisia aos 70 anos de idade no termo de Porto Feliz (bairro Itagaçava) a 28 de abril de 1832.

Outras Fontes:

SL, vol. II, pág. 215 e vol. IV, pág. 151.


480. Frutuoso Dias Machado

Residiam na freguesia de S. Bartolomeu da Esperança, termo de Guimarães, no Arcebispado de Braga.

Em 1745 Frutuoso já era finado.


482. José de Oliveira Neves

Tanto José quanto Inês já eram falecidos em 1745.


484. Gaspar João Barreto

Gaspar foi filho de Joaquim Barbosa de Lima e Catarina Ribeiro.

Francisca nasceu de Joaquim Pedroso de Morais e Maria Ribeiro da Silva.

Gaspar já era falecido em 1746.


486. José de Souza

José nasceu em Lisboa, filho de Felipe de Souza e Margarida Cordeiro.

Primeiramente se casou com Margarida...

Depois de viúvo, com Ana, filha de Marcelino Rodrigues da Gama e Mécia de Siqueira.

José faleceu deixando testamento datado de 1742.


488. José da Silva Guimarães

José nasceu por volta de 1704.

Maria nasceu cerca de 1722, em Itu.

Em Itu, a 5 de setembro de 1746, Silva Leme encontrou um casamento de José da Silva Guimarães com Maria Barroso de Carvalho, ele filho dos finados Lourenço Correia Botelho e Mariana de Magalhães, nascido na freguesia de Santa Cristina, Lamego, Portugal. Ela filha de João Dias de Carvalho (nascido no Porto e irmão de Domingos Dias de Carvalho) e Maria Pereira, casados em Itu no dia 16 de agosto de 1697. Maria Barroso foi neta paterna de Domingos Dias de Carvalho e Maria Barreto (já defunta em 1697, sic!), casados em Itu a 16 de agosto de 1697, e materna dos ituanos Francisco ... (já defunto em 1697) e Luiza Leme.

Residiam em Itu, onde José era negociante com patrimônio avaliado em quatrocentos mil réis no ano de 1765.

A 12 de abril de 1768 Maria morreu viúva e foi sepultada na Igreja do Carmo. Encontramos em Itu, u'a Maria de Jesus residindo na vila (na rua Direita em 1790), onde tinha casas. Também achamos um inventário desta Maria em 1768.

José talvez fosse parente de João da Silva Guimarães, que era citado na vara cível de Sorocaba no dia 5 de março de 1750 por sentença que lhe fora imposta pela congênere de Curitiba pela dívida de 95$846. Nessa ocasião, João estava nas Minas Gerais nas tropas do ten. Antonio Martins.

Segundo declara o filho Joaquim, ambos morreram em Itu.


490. Manuel Portes Machado

Manuel nasceu cerca de 1731, filho de João Portes de Almeida e Gertrudes Machado de Lima.

Domingas nasceu por volta de 1741.

Em 1767 residiam no bairro de Pirapora, em Araraitaguaba, ocasião em que tinham sítio de milho e feijão, medindo quatrocentas braças de testada por meia légua de sertão. Nesses anos, Manuel era, também, piloto de carreira e possuía cerca de meia dúzia de escravos.

Na ocupação de tropeiro, Manuel estava ausente de casa em 1776 quando o recenseador esteve em sua propriedade.

Ele morreu em Porto Feliz em 1785 e Domingas, viúva, ficou residindo com os filhos no Curuçá (Pirapora do Curuçá ou, ainda, Curuçá-guaçu, hoje Tietê) até 1798, quando aparece no bairro Capoeirinha com o filho José. Em 1801 passa a morar com o genro Joaquim da Silva, morrendo poucos anos depois, cerca de 1803.


492. Antônio Ferraz de Barros

Antonio foi filho de Pascoal de Góis Raposo e Ana Maria Ferraz. Nasceu em Santo Amaro em 1726, mas cinco ou seis anos depois os pais se mudaram para Araçariguama e mais tarde, para Parnaíba.

Teresa nasceu em Jundiaí. Foi filha natural do ten. João Martins Pedroso e Francisca de Souza.

"Em vinteedois de outubro de mil eSetecentos etrinta etres baptizei e pus os Santos oleos athereza filha de Francisca filha de Antonio de Souza Velho. forão Padrinhos Pedro Barboza e Antonia de Morais deque fis este aSsento eera ut Supra (sic!)

Jozeph Pinto de Payva"

Também em tenra idade (um ano e meio) foi levada pela mãe para Araçariguama.

O processo de dispensa para casaram-se iniciou-se a 16 de fevereiro de 1746.

Em 1765 Antonio já era defunto e Teresa vivia de fiar algodão que plantava no bairro de Iquavetá, em Parnaíba.

Ela morreu cerca de 1783.


494. Antônio de Oliveira Bernardes

Antonio nasceu em Parnaíba filho de Rafael de Oliveira Leme e Bárbara Garcia de Lima.

"Aos onze dias do mes de Junho de mil Sette centos vinte quatro annos bautizei com Licença do Reverendo Padre Vigrº e pus os Santos oleos a Antonio innocente, filho do capitam Raphael de Olivr® Leme, e de sua mulher Barbara Garcia do Prado; foram padrinhos Joze Ribeyro de Siqueyra, e Maria de Lima e Abreu, deque fis este aSsento -- Pedro de Alcantara Correia"

Ana é de São Paulo, filha de José Manuel Teixeira Feio e Gertrudes Pedroso de Barros.

"Aos nove dias do mes de Março de mil Sette centos trinta, eSeis annos baptizei, e pus os Santos oleos nesta Matriz a Anna fa de Jozeph Manuel Teixeira, e de Sua mulher gertrudes Pedroza de Barros: forão padrinhos Franco Leyte Ribrº, e Izabel da Roza de Oliveyra, de que fis este aSsento, que aSsignei -- Matheus Lourenço de Carvalho"

Em Parnaíba, onde morava, Antonio havia prometido casamento a Rosa Maria de Siqueira, filha do cap. Francisco Gonçalves de Oliveira e de Francisca de Siqueira (já finada em 1752). A 22 de abril de 1752 Rosa Maria, em declaração juramentada perante o pe. Manuel Mendes de Almeida, juiz comissionário, diz-se desinteressada de casar-se com Antonio, anulando os pregões anteriores e liberando o antigo noivo para contrair núpcias com a titular.

Casaram-se em Carapicuíba, como se vê na certidão transcrita por Maria Luiza Marcílio em seu livro "A Cidade de São Paulo", e que a seguir recopiamos:

"Aos dous dias de mes de Mayo de mil Sette centos Cincoenta e dous annos dadas as tres Canonicas denunciações na forma do Conc. Trid. e não Rezultando impedimento Com provizão do Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Bispo deste Bispado se recebeo na Capella de Carapicuyba na prezença do Reverendo Reytor do Collegio desta cidade Marcos de Tavora com minha licença, em face da Igreja por palavras de prezente Antonio de Oliveira Bernardes filho de Raphael de Oliveira Leme, e de Sua mulher Barbara Garcia de Lima netto por parte Paterna de Raphael de Oliveira Dorta, e de Sua mulher Maria Leme, e por parte Materna de Manuel Garcia Bernardes, e de Sua mulher Maria de Abreu naturaes da freguezia de Pernahiba, Com Anna Peres Moreira filha de Jozeph Manuel e de Sua mulher Gertrudes Pedroza de Barros: netta por parte Materna de Hieronimo Pedrozo de Barros, e de Sua mulher Anna PereS Moreira naturaes desta freguezia,de Seus Avos Paternos, não tem noticia, por Ser Seu Pay vindo do Reyno, nem cabe (sic!) a naturalidade deste:Sendo testemunhas Antonio Ribeiro Serqueira, Solteiro, e Francisco Correia de Lemos cazado ambos desta freguezia:e Logo receberão as benções conforme as ceremonias da Igreja, de que fiz este assento, que com as testemunhas assignei

Manuel Joseph Vaz"

Residiam em Araçariguama. Ali Antonio foi soldado do corpo auxiliar da cavalaria e lavrador, com patrimonio avaliado em 12$800 em 1765.

Em 1775 o casal e filhos já havia rumado para o sul do País, aparecendo em 1777 na vila de Lages (SC). Lá viveu até 1782.

Voltaram a Sorocaba (SP) onde Antonio morreu.

"Aos des e oito dias do mes de Janeiro de mil Setecentos, e oitenta, e oito nesta Matriz digo nesta villa falesceo apenas Com o Sacramento da Extrema-Unção por Ser muy apressada a sua morte, Antonio de Oliveira Bernardes cazado Com Anna Pires Moreira elle ditto Fregues, digo, natural da Penha de Arassariguama e fregues desta Freguezia, sem testamento, de idade de secenta e dous annos, mais ou menoz; foy seo Corpo amortalhado em Ruão preto, por mim recomendado, e Sepultado na Capela de Santo Antonio, de que fiz este assento que assignei -- o Vigrº Dom.os Jozé Coelho"

Em 1789 Ana residia na 2a Cia. de Ordenanças de Sorocaba com os filhos Luis Antonio, Maria Antonia e Rita Francisca.