Crônica das Origens da Família

Biografias


1978. Manuel Garcia Bernardes

Manuel foi filho de outro de mesmo nome e de Leonor Garcia.

Ele se casou em Santana de Parnaíba em 1696 com Maria de Lima do Prado, filha do cap. Felipe de Abreu e Domingas de Lima do Prado.

Manuel, foi primeiramente casado com Maria de Godói Siqueira, falecida em 1690, filha de Jorge Moreira e Isabel Garcez.

Os titulares residiam em sítio no termo de Parnaíba, onde se iniciou a 3 de janeiro de 1702, inventário dos bens deixados por falecimento de Manuel.


1982. Jerônimo Pedroso de Barros

Jerônimo nasceu em Parnaíba em 1684, filho de Pedro Vaz de Barros e Maria Leite de Mesquita.

Passou de São Paulo às Minas Gerais (região conhecida como Itatiaiaçu, no Caeté), onde enriqueceu explorando ouro em 1701. Nesses anos foi provedor dos quintos reais das minas dos Caetés. Lá nas Alterosas foi o responsável pelo levante que sacudiria a capitania em 1708, culminando com a chamada Guerra dos Emboabas.

Uma tarde Jorônimo estava à porta da igreja do Caeté, conversando com se cunhado Júlio César Moreira, quando passou garboso um reinol com espingarda a tiracolo. Furiosos e aos brados de que a arma havia sido roubada, os dois tomaram-lhe violentamente a espingarda.

O potentado Manuel Nunes Viana, português de nascimento, interveio com os seus asseclas e os paulistas se viram obrigados a recuar, não sem antes prometerem vingança.

Na vila, horas depois, corriam boatos de que os paulistas se reuniram para levar a cabo a prometida vingança. Os partidários do Viana cercaram o domicílio de Jerônimo, provocando intenso tiroteio.

Por sentir-se inseguro naquelas bandas, Jerônimo retornou com a família para São Paulo, onde, em 1712, envolveu-se na assuada ao desembargador Antonio de Souto Maior. Para não ser preso, mudou-se para as minas de Pitangui. Lá foi cobrador da Câmara e dos quintos. Em 24 de agosto de 1714 obteve o posto de coronel da cavalaria de ordenanças.

Em 1717 era provedor dos quintos reais, quando fez violenta oposição às imposições de Domingos Rodrigues do Prado de se extinguir o tributo do quinto. Em dezembro do mesmo ano, novo levante chefiado por Sulpício Pedroso, partidário de Domingues Rodrigues, no qual Jerônimo foi ferido a tiros de bacamarte e no qual morreu, a seu lado, seu irmão Valentim.

Desgostoso, ele foi residir no Carmo e, em 1720, ofereceu armas e escravos para defender o governo contra o levante de Vila Rica, no qual se envolveu o poderoso Pascoal da Silva Guimarães. Os amigos destes tramaram matar Jerônimo e, chegando o fato aos ouvidos do Conde de Assumar Pedro de Almeida, este deu uma guarda pessoal de escravos comandados por dois sargentos para proteger seu fiel aliado Jerônimo.

Jerônimo primeiro foi casado com a titular, filha de Diogo Gonçalves Moreira e Catarina de Miranda.

Depois, nas Minas, se casou com Francisca Romeiro Velho Cabral, viúva de Manuel Pereira de Castro e Silva e filha de Pedro da Fonseca Magalhães Maldonado e Helena do Prado Cabral.

Jerônimo faleceu em São Paulo a 3 de maio de 1758 e Francisca em 1771 nas Minas Gerais.