Parente afastado do descobridor do Brasil, Pedro nasceu na ilha de São Miguel dos Açores.
Conta Pedro Taques que o Cabral pelejou na África, onde recebeu uma cutilada do inimigo, que lhe deixou indelével marca no rosto.
Casou-se em São Vicente com Suzana, viúva de Estêvão Furquim (o velho), filha do governador Jorge Moreira e Isabel Velho.
Pedro Álvares foi governador da capitania.
Residentes em Cotia.
Ele serviu como procurador do Concelho de São Paulo em várias legislaturas.
6214. Antônio Rodrigues de Alvarenga
Antonio nasceu no Lamego (Portugal), filho de Baltazar de Alvarenga e Mécia Monteiro, e faleceu em São Paulo a 14 de setembro de 1614.
Ana era natural do Porto (Portugal), filha de Estevão Ribeiro Baião Parente e (Madalena Fernandes de Feijó Madureira ?). Ela faleceu no dia 23 de outubro de 1647 e foi sepultada no Carmo, junto ao filho Antonio.
Antonio, natural de Belmonte, na Beira (Portugal) era capitão de Cavalos e Moço da Câmara do infante D. Luís, em Portugal. Senhor de Belmonte e duque da Guarda.
Veio para o Brasil por ter raptado e mantido relações amorosas com uma freira de um certo mosteiro. Preso em Casques de Almeida, fugiu para a colônia.
Maria Castanho, natural de Monte-mór-o-novo veio de sua terra em tenra idade, com os pais e irmã Catarina. Ela era filha de Antonio Rodrigues de Almeida e de outra Maria Castanho. Em 1622, no processo de canonização de Anchieta, Maria declarou estar com cerca de 80 anos de idade. Em 1627, no mesmo processo, dizia ter 70 anos (sic!)
Eles se casaram em São Vicente no ano de 1564 ou 1565, na presença do Apóstolo do Brasil.
Quando Diogo Martim Cão veio a São Paulo buscar ajuda para explorar o sertão do Espírito Santo, ele forneceu arma, víveres e homens (inclusive o próprio filho Francisco de Proença).
O casal passou a São Paulo, onde o Proença foi nomeado meirinho de campo de 1581 a 1587. Em 1582 foi eleito juiz ordinário e de órfãos, mas recusou o cargo alegando ser um degredado. Foi, no entanto, eleito uma segunda vez e exerceu o posto de 1587 a 1591.
Participou, com o capitão-mór Jerônimo Leitão, dos combates contra os tamoios em Cabo Frio (1575) e na bandeira a Paranaguá (1585).
No ano de 1595 Antonio estava capitão das entradas em São Paulo. Nessa ocupação esteve em expedições guerreiras ao redor da vila.
Proença foi também vereador da vila de Piratininga de 1584 a 1597, bem como auditor e ouvidor da capitania em 1601. Nesse ano foi autorizado (carta de 16 de junho de 1601) a residir em São Paulo, apesar de seu cargo. Em 1599 fôra nomeado por D. Francisco de Souza para capitão de cavalaria.
A 11 de maio de 1605 foi nomeado capitão-mór loco-tenente, na ausência de D. Diogo Aires de Aquirre.
O casal teve fazenda na ribeira de Itiporanga, onde criava gado bovino e suíno e cuidava da plantação de trigo.
Antonio testou a 9 de junho de 1605 e nesse mesmo ano morreu, sendo sepultado na capela do Colégio dos Jesuítas. Lá também foi sepultada Maria Castanho.
Testemunhando no processo de beatificação de Anchieta, ela contou que o marido tinha viagem preparada para a região dos Patos e ela caiu doente. Já era tida por morta, pois não reconhecia mais ninguém. O padre disse que Antonio poderia ir tranqüilo, pois a encontraria sã na volta. De lá Antonio voltou com muitos bens e realmente ela já estava completamente recuperada.
Noutra ocasião ela estava à beira da morte, com uma criança morta no ventre. Sua mãe e irmãs já choravam por ela. Anchieta, chamado a dar a extrema-unção, pediu a todos que saíssem e pôs no pescoço uma cruz com relíquias. Sem dor, ela expeliu a criança. O padre calmamente guardou o crucifixo e se foi.
Disse, também, que noutra ocasião o marido estava para partir de Cabo Frio e recebeu de Anchieta um relicário de marfim, com a instrução de que deveria mergulhá-lo no mar em caso de tempestade. De fato, quando precisou, seguiu os conselhos do santo e as águas se acalmaram imediatamente.
Maria contou, também, que o marido estava gravemente enfermo e acamado. Anchieta passava por São Paulo e estava hospedado na casa deles. Quando chegou a hora do jantar, o jesuíta mandou o padre João Batista ir ler o Evangelho para o doente, pois ele (Anchieta) não iria cear senão na presença do dono da casa. Lido o Evangelho, Antonio melhorou e saiu para jantar com os hóspedes.
Pedro nasceu na vila de São Paulo, filho de Baltazar de Morais Dantas e Beatriz Rodrigues Eanes.
Foi Pedro fundador e primeiro padroeiro da capela a Nossa Senhora do Populo, situada no baixio do rio Grande, no caminho de São Paulo a Santos.
Pedro se casou com Leonor Pedroso, filha de Estêvão Ribeiro Baião Parente e Madalena Fernandes Feijó de Madureira.
Ela testou em São Paulo a 14 de julho de 1636. Ele testou viúvo a 5 de novembro de 1644, documento aditado a 22 de novembro de 1648. No dia 15 de janeiro de 1649 o frei Ângelo dos Mártires assinou recibo de acompanhamento de seu corpo à cova (DAESP, Col. Inventários e Testamentos, vol. XIV, pág. 387 e 394). Morreu com mais de 75 anos de idade em São Vicente.
6232. Baltazar de Morais Dantas
Baltazar foi natural da região de Trás-os-Montes, filho de Pedro de Morais e Inês Navarro Dantas. Segundo Pedro Taques, Baltazar descende de Mendo Afonso , senhor de Bragança (casado que foi, segundo a lenda, com uma princesa armênia que com o pai vinha em romaria a Compastela).
Casou-se com Beatriz, filha de João Eanes Sobrinho e Isabel Duarte.
A 11 de setembro de 1579, perante o juiz Amador do Vale, em Mofadomo, Baltazar justificou sua filiação numa demanda de terras em Vimioso, contra seu irmão.
Em 1600 Baltazar jé era morto.
6234. Domingos Gonçalves da Maia
Ele faleceu em Santos em 1629.
João nasceu na vila de Viana do Lima, filho de Estêvão Gil Tourinho e Beatriz Fernandes Maciel.
Paula também nasceu na vila de Viana, filha de (...) Camacho.
Justificação de Nobreza de Domingos Antunes Maciel de Contreiras Ponce de León de Zuniga, Maço 9, doc. 22 no Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Domingos era Cavaleiro da Ordem de Cristo e padroeiro da igreja de N. Sra. da Luz.
Ana era filha de Gonçalo Camacho e Caetana Ramalho (que Silva Leme chamava de fulana Ferreira).
Fonte: Justificação de Nobreza de Domingos Antunes Maciel de Contreiras Ponce de León de Zuniga, Maço 9, doc. 22 no Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Gaspar nasceu em Vitória (ES) nos anos 1570, filho de Antonio Vaz Guedes e Margarida Fernandes (ou CORREIA).
Casou-se em São Paulo com Francisca Cardoso, nascida no termo de São Paulo, onde é hoje Mogi das Cruzes, filha de Brás Cardoso e Francisca da Costa.
O juiz Pedro Taques determinou a abertura do auto de inventário de Francisca Cardoso em Mogi das Cruzes, onde tinham sítio (DAESP, Col. Inventários e Testamentos, vol. III, pág. 5). Nele há um testamento de 11 de março de 1611, com “cumpra-se” do dia 14 seguinte
Em 1628 Gaspar participou da bandeira de Antonio Raposo Tavares ao Guairá.
Com o sogro e outros brancos de São Paulo, Gaspar partiu de Piaçaguera Velha, ao longo do vale do rio Quilombo, até chegar ao local onde fundaram o núcleo que deu origem à atual cidade de Mogi das Cruzes (SP).
6248. Lourenço de Siqueira de Mendonça
Lourenço nasceu em Santos filho de Antonio de Siqueira e Vitória Nunes Pinto.
Casou-se com Margarida Rodrigues, filha de Garcia Rodrigues Velho e Catarina Dias.
O casal teve terras em Iguape, com gado e escravos.
Lourenço morreu a 4 de junho de 1633, com testamento do dia anterior (DAESP, Col. Inventários e Testamentos, vol. XIII, pág. 5). Margarida faleceu no dia 29 de dezembro de 1634.