Crônica das Origens da Família

Biografias


13316. Brás Esteves

Brás Esteves (ou Teives) foi natural da da ilha da Madeira.

Casou-se em sua terra natal com Leonor Leme, nascida em Óbidos (Portugal), filha de Pedro Leme e sua segunda esposa Luzia Fernandes. Leonor declarou, no processo de beatificação do padre Anchieta, em 1622, estar com mais de 80 anos de idade.

Ele ocupou cargos na nascente república vicentina.

Também em São Vicente foi dono do engenho de açúcar conhecido como de São Jorge dos Erasmos.

Leonor testou no dia 5 de junho de 1629 e morreu no dia 13 de janeiro de 1633. No dia 31 deste mesmo mês começava o inventário de seus bens.

Em 1633 ele já estava falecido.

I&T, IX, p. 5

Gen. Sebastianense, p. 244

MORETZSOHN DE CASTRO, Apontamentos Genealógicos, p. 9

Qualificação e Depoimento ..., Rev. ASBRAP, nð 3, p 25


13318. Domingos Dias

Domingos era natural da freguesia de São Miguel de Lourinhã.

Mariana nasceu na (Extremadura?) (Portugal).

Casaram-se em Portugal. De lá, passaram ao Brasil e fixaram residência em São Vicente.

Ele foi juiz ordinário e de órfãos em (1667?).

Primeiros Troncos Paulistas, 59/79

DAESP, I, p.


13324. Gonçalo Martins Leite

Ele foi filho de Jorge Furtado de Souza e Catarina Nunes Velho.

Sua mulher foi chamada Maria da Silva (!).

Moravam na freguesia de Santa Maria, ilha de São Miguel dos Açores.

AG, p. 101

PT, p. 332 a 334

Doc. Interessantes, I, p. 80


13326. João do Prado

João nasceu em Olivença, no Alentejo (Portugal).

Veio para São Vicente em 1531, na primeira expedição colonizadora, junto com Martim Afonso de Souza.

Ali se casou com Felipa Vicente, filha de Pedro Vicente e Maria de Faria. Em abril de 1622, como testemunha no processo de beatificação de Anchieta, ela disse ser natural de São Vicente e estar com 80 anos de idade.

Já casado e com filhos, mudou-se para o planalto de Piratininga.

Ele promoveu diversas entradas ao sertão.

No dito processo de Anchieta, ela declarou que estava há três anos de cama em sua casa em São Vicente, coberta de chagas e tão consumida que se podia ver os ossos através da pele, sem conseguir ingerir alimento. O padre Anchieta fez o cirurgião Antônio (Rodrigues?) lancetar uma das chagas, de onde escorreu matéria purulenta em grande abundância. Sobre a ferida, o Apóstolo do Brasil colocou um crucifixo e fez suas orações. A chaga ainda purgou por quase um ano.

O padre recomendou que ela fosse em peregrinação à igreja de N. Sra. da Conceição, em Itanhaém, onde ele celebraria missa por sua recuperação.

Ela foi, acompanhada de Madalena Fernandes Afonso e muitas outras pessoas. Após a missa, a chaga secou miraculosamente.

Já velho, foi juiz ordinário na vila de Piratininga de 1588 a 1592. Neste último ano, assinou a ata da Câmara opondo-se à entraga da guarda dos índios aos padres da Companhia de Jesus.

De saída para o sertão, ditou seu testamento em 1594.

João morreu com cerca de 82 anos de idade em fevereiro de 1597 no sertão de Parnaíba, onde bandeirava com João Pereira de Souza Botafogo, combatendo os carijós.

O inventário de seus bens consignava ter 13 vacas, 6 novilhas, um bezerro, 8 porcos, 18 bacurais e 10 leitões. E em dinheiro, deixou 144$660 réis (cerca de 400 cruzados). Inúmeros índios, aprisionados ou descendentes destes, tocavam a fazenda.

Felipa ditou testamento a 27 de junho de 1627 e a 4 de setembro seguinte já estava morta, quando iniciaram o inventário de seus bens.

Caminhos e Fronteiras, Sério Buarque, p. 50

EM, I, p. 25

Apontamentos Genealógicos, L. P. Moretzsohn de Castro, p. 10

Prim. Troncos Paulistas, 59/102, 115, 201, 330/331

I&T, I (p. 78) e VII (p. 221)

HistSP, Tito Lívio Ferreira, p. 79 e 85

PT, p. 331

Processo de Anchieta, Rev. ASBRAP, nð 3, p. 25


13354. Antônio da Penha

No dia 9 de abril de 1544, ele vendeu na vila de Santos terras a Brás Cubas, havidas de compra a Domingos Pires (Coronheiro).

Genealogia Paulistana em CD, vol. 10ð, p. 484


13438. João da Costa Lima

João era apelidado de Mirinhão.

Ela nasceu em São Paulo, filha de Domingos Luís Carvoeiro e Ana Camacho.

Inês foi primeiramente casada com Francisco Teixeira.

João se casou com a viúva por volta de 1595.

O casal tinha meia légua de terras onde estavam os índios guaru-mirim.

Ele foi dentista, curandeiro e barbeiro. No fim da vida se ocupava de manter asseada a igreja da vila.

Ela morreu em fins de 1623. Fez seu testamento no dia 18 de outubro desse ano, aberto no dia 20 de novembro, quando começou o inventário de bens de Inês.

Após a morte da mulher, isolou-se e passou a viver como um ermitão.

Assinou testamento a 16 de abril de 1639 e no dia 30 seguinte começava o inventário de seus bens.

Marcha para o Oeste, pág. 168.

DAESP-I&T, vol XII (p. 327 e 347)

Primeiros Troncos Paulistas, 59/192

EM, I, 68, 121 e 231


13460. Belchior Borges de Souza Lousada

Ele foi filho de Gaspar Borges de Souza e Teresa Gomes Rebelo.

Casou-se com Felicita de Cerqueira, filha de Francisco Martins de Cerqueira.

Apont. Geneal., p. 25


13540. Álvaro Neto

Álvaro nasceu na freguesia de São Marta (ou Santa Maria Maior), termo da vila de Caminha, Viana (Portugal), filho de Afonso Álvares de Feijó e Inês Afonso. Em abril de 1622, depondo no processo de beatificação de Anchieta, declarou estar com 70 e tantos anos. Em outubro de 1627, no mesmo processo, disse que tinha cerca de 80 anos de idade. Ali contou ter tratado com Anchieta por mais de 50 anos.

Mécia foi irmã de Mateus Luis (nascido em Santos, SP). Ela nasceu cerca de 1550 na Conceição de Itanhaém (SP), filha de Antônio da Penha e Francisca de Góis .

Nos autos do processo de canonização do padre Anchieta, Mécia disse que o marido queria dotar uma filha que estava para se casar, mas muitos escravos e animais da fazenda deles estavam morrendo naquela ocasião. O padre lhes recomendou calma, pois a filha já estava casada, já pertencia a Deus. De fato, em duas semanas a moça adoeçeu e morreu .

Em seu sítio em Pinheiros cirava gado bovino e suíno.

A 20 de setembro de 1592, ele assinou ata da Câmara negando apoio à concessão da posse dos índios de São Paulo aos jesuítas.

Mécia ditou testamento no dia 22 de junho de 1625, a Simão Borges de Cerqueira. Morreu em 1635 em sua chácara em Pinheiro e foi sepultada na igreja dos jesuítas, onde o marido era irmão da Ordem que eles administravam. O inventário de seus bens foi instaurado no dia 2 de maio de 1635.

Álvaro morreu no ano seguinte, e seu corpo foi depositado ao lado do da esposa.

Fontes:

I&T, IX, p. 430

HistSP, Tito Lívio, p. 85


13556. Rui Gomes

Casado com Helena de Bergara.


13558. Simão Álvares Martins

Simão de casou com Maria Luís Grou, nascida em São Paulo, flha de Domingos Luís Grou e a índia (...)guaçu.

Em 1629, na bandeira de Antônio Raposo Tavares, atacou selvagemente a redução de Santo Antônio, no Guairá (hoje PR), aprisionando grande número de nativos e destruindo a missão, a despeito dos protestos do padre Pedro de Mola, superior da aldeia. Consta ter escravizado o cacique Tataurana nesta ocasião.

Ele já estava morto em 1643. Ela ditou seu testamento no dia 17 de setembro de 1643, declarando deixar em seu sítio em Quitaúna, onde vivia, muitos índios, produto das entradas do finado marido ao sertão, uma chácara de mandioca em decadência e alguns exemplares de suínos.

O inventário dos bens dela começou no dia 28 de setembro seguinte.

SL, I, p. 4

DAESP, I&T, XIV, p. 229

Marcha para o Oeste, pág. 113 e 130.

EDentista, curandeiro e barbeiro. No fim da vida se ocupava de manter asseada a igreja da vila

ART, História das Bandeiras Paulistas, p. 44