Casou-se com Maria Nunes.
Veio para o Brasil por volta de 1574, pois no requerimento da sesmaria de terras no Paraná, datada de 1614, declarou residir em Santos há cerca de 40 anos.
Em 3 de novembro de 1607, ele já estava como escrivão da Ouvidoria e Fazenda da capitania de São Vicente, quando registrou a sesmaria dada a Afonso Sardinha. Até 1614, encontrâmo-lo neste cargo.
Em 4 de setembro de 1608 recebia sesmaria em São Sebastião. Na carta de confirmação desta cessão de terras, datada de setembro deste mesmo ano e assinada por Gaspar Conqueiro, se declara que ele está aleijado do braço direito em razão das flechadas e feridas recebidas quando da defesa da vila de Santos, onde vivia, acossada por ingleses, franceses e índios.
Esteve bandeirando no sul do País e é tido como o fundador de Paranaguá (PR), onde recebeu sesmaria de terras a 1ð de junho de 1614. Doação esta que não produziu efeito, pois ele nunca foi cuidar das terras.
Gen. Sebstianense, p. 489 e 490
DEASP, Sesmarias, I, 22, 35, 84, 86, 96, 121, 216 e 222
João nasceu em Portugal.
Veio para o Brasil na expedição de Martim Afonso de Souza em 1531, com seu primo Jorge de Souz e do filho Salvador Pires.
Estabeleceram-se inicialmente em São Vicente. Dali, com o filho já casado, mudaram-se para Santo André da Borda do Campo.
É tido como o fundador da Santa Casa de Misericórdia de Santos e do altar do Santo Cristo no Colégio dos padres da Companhia de Jesus. Quando a povoação foi elevada a vila, ele foi seu primeiro juiz ordinário em 1553.
Ajudou na construção do Caminho do Padre José, que séculos depois se transformou na Estrada Velha para Santos.
Ele e os filhos plantavam o trigo que abasteceu a vila de São Paulo por muitos anos.
SL II, 1 a 4 e 133
Coriolano P. Ribeiro, Dona Joaquina do Pompéu, p. 407
Antônio nasceu em Portugal.
Casou-se em São Paulo com Antônia Rodrigues, nome de batismo de uma filha do cacique Piquerobi, nascida em Ururaí.
O casal morava em São Vicente.
Ele serviu, com João Ramalho, de testemunha da doação de sesmaria a Pedro de Góis, em 15(..)
Há notícias de que teria morrido em 1579.
Hist. e Trad. da Cidade de São Paulo, ESBruno, p. 331.
Evolução Urbana no Brasil, p. 64
Prim. Povo. Vicentinos, p. 5
Ele nasceu em Braga (Portugal).
Casou-se com a mameluca Isabel Afonso, nascida no planalto de Piratininga, filha de Pedro Afonso e uma índia tapuia.
SL, I, p. 2 e 9
Rui Vaz Correia, senhor da Casa de Penaboa, e mais outras casas de seus antepassados na freguesia de Outiz. (FG, IV,437).
47350. Manuel Veloso de Espinha
Manuel residia na capitania de São Jorge dos Ilhéus, casado a primeira vez com Catarina de Medeiros. Eles foram pais de Catarina de Espinha, que em 1627 depôs no processo de canonização de Ancheita e se disse com 70 anos de idade, natural de Ilhéus e filha do casal (Rev. ASBRAP, vol III, pág. 41).
Ali recebeu carta de Mem de Sá em 1563, convidando-o para a jornada do Rio de Janeiro. Com um navio seu, levou Estácio de Sá, sobrinho do capitão mor, e sua tropa para o combate contra tamoios e franceses.
Terminada a guerra, inclusive a de Cabo Frio, de 1757, passou à capitania de São Vicente, casando-se em Santos.
Nessa capitania, foi encomendado passar secretamente da vila de Santos para o porto dos índios chamado de porto dos Patos. Era missão arriscada e injusta, por tirar a paz e a liberdade de indígenas mansos. Por esta razão, mesmo amigo do padre Anchieta, não ousava despedir-se dele. O padre, entretanto, o procurou para demovê-lo da empreitada, assegurando que não iria ter bom sucesso.
Sem ouvir o sacerdote, partiu às escondidas. Pouco após o início da viagem, adormeceu e foi atormentado por pesadelos tenebrosos, com a visão temerosa de espíritos infernais que arremetiam contra ele, para levá-lo ao terríveis tormentos do fogo. Muito abalado, abandonou a nave e voltou ao porto. De seus companheiros que seguiram viagem não se soube mais notícias.
Sentindo-se velho e despojado, solicitou em 1579 ao capitão Jerônimo Leitão, sesmaria de terras na costa do Rio de Janeiro, defronte a ilha de Marambaia, começando da barra do rio chamado Guaiandu e correndo pelo mar para o leste ao longo de três léguas. Pediu também a ilha deniminada Aratucoari-ima, entre Mangaratiba e Itinga.
No ano seguinte, querendo passar com a família para o Rio de Janeiro, pediu a 2 de janeiro de 1580 sesmaria começando na barra do rio Guandu e correndo pela praia em direção ao rio Guaratiba.
Daí em diante, viveu no Rio de Janeiro. Estava oficial da Câmara da cidade do Rio de Janeiro em 1584.
[BELCHIOR, Elysio de Oliveira, Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro, pág. 174 e ss., Livr. Brasiliana Ed, Rio de Janeiro, 1965]
Gen. Sebastianense, p. 163
Ele nasceu no Funchal, ilha da Madeira, filho de Antônio Leme e Catarina de Barros.
Casou-se em sua terra natal e vivia na Quinta dos Lemes, freguesia de Santo Antônio dos Campos.
Já viúvo, veio com o filho Pedro para o Brasil, estabelecendo-se em São Vicente.
Em São Vicente foi juiz ordinário em 1554.
Apont. Geneal., p. 6
Gen. Sebastianense, p. 241 a 244, 531 e 532
Nobil. Fam. Port., XVII, p. 113
Nobil. Ilha Madeira, p. 905 e 906
Nobil. Geneal., p. 157 a 165
Doc. Interessantes, I, p. 78
PT, I, p. 248
João foi possivelmente natural de Coimbra e se casou com Catarina Afonso.
Tibiriçá era, junto com Piquerobi e Caiubi, maiorais do planalto de Piratininga.
Afeiçoado aos portugueses, foi por eles incumbido de defender os índios do sertão, cabendo a Piquerobi defender os europeus contra as ameaças que chegassem do mar.
Ele teve papel chave na criação e defesa da vila de São Paulo, mandando os seus circundarem a colina onde hoje estão a Catedral da Sé e o mosteiro de São Bento, com cercas de troncos de árvores.
Após a posse de seu genro João Ramalho, no dia 24 de junho de 1562, na Câmara, Tibiriçá foi nomeado alferes porta-bandeira.
Em 9 de julho de 1562, Jaguanharô, sobrinho de Tibiriçá, insuflado pelos tamoios e pelos franceses tentou pular a cerca, talvez para abrir o portão aos atacantes. Percebido, foi flechado na barriga e morreu. Tibiriçá, contam, com o tacape numa das mãos e uma bandeira na outra, comandou o contra-ataque. A tarde caía. Os tamoios, surpresos, desceram a serra espavoridos.
Com a chegada do verão, vieram as doenças. Tibiriçá ferido na refrega de julho, caiu doente em princípios de dezembro. No Natal entragou a alma ao Criador. Consternação geral caiu sobre a capitania. A Irmandade da Santa Casa de Misecórdia providenciou rapidamente velas para o enterro, realizado na Igreja do Real Colégio de São Paulo de Piratininga. Seu corpo jaz hoje na cripta da Catedral da Sé.
Marcha para o Oeste, p. 6, 7, 109 e 112
Francisco nasceu na Beira (Portugal).
Ele se casou com Marta Teixeira.
Veio para o Brasil com alguns filhos, na expedição colonizadora de Martim Afonso, em 1532.
Prim. Povoadores Vicentinos, p.
Gen. Sebastianense, p.
Vicente veio ao Brasil, com sua mãe e irmãos, a chamado de seu pai.
Em São Vicente, foi vizinho de Antônio Pinto.
Prim. Povoadores Vicentinos, p.
Gen. Sebastianense, p. 378
Ela era filha de Nuno Velho Travassos e África Anes. Segundo o Nobiliário da Ilha da Madeira, seria filha de Isabel Afonso, uma primeira esposa de Nuno Velho. Pode ser que à época da pureza de sangue de Pascoal Leite Furtado, ela tenha sido lembrada como ancestral dele por ser a mulher mais recente de Nuno.
Doc. Interessantes, I, p. 80
Apont. Geneal., p. 101
Nob. Ilha Madeira, de Eduardo de Campos C. A. Soares, p. 194 e 195
PT, p. 332 a 334