Crônica das Origens da Família

Biografias


34564. Diogo de Unhate

Casou-se com Maria Nunes.

Veio para o Brasil por volta de 1574, pois no requerimento da sesmaria de terras no Paraná, datada de 1614, declarou residir em Santos há cerca de 40 anos.

Em 3 de novembro de 1607, ele já estava como escrivão da Ouvidoria e Fazenda da capitania de São Vicente, quando registrou a sesmaria dada a Afonso Sardinha. Até 1614, encontrâmo-lo neste cargo.

Em 4 de setembro de 1608 recebia sesmaria em São Sebastião. Na carta de confirmação desta cessão de terras, datada de setembro deste mesmo ano e assinada por Gaspar Conqueiro, se declara que ele está aleijado do braço direito em razão das flechadas e feridas recebidas quando da defesa da vila de Santos, onde vivia, acossada por ingleses, franceses e índios.

Esteve bandeirando no sul do País e é tido como o fundador de Paranaguá (PR), onde recebeu sesmaria de terras a 1ð de junho de 1614. Doação esta que não produziu efeito, pois ele nunca foi cuidar das terras.

Gen. Sebstianense, p. 489 e 490

DEASP, Sesmarias, I, 22, 35, 84, 86, 96, 121, 216 e 222


34592. João Pires (O Gago)

João nasceu em Portugal.

Veio para o Brasil na expedição de Martim Afonso de Souza em 1531, com seu primo Jorge de Souz e do filho Salvador Pires.

Estabeleceram-se inicialmente em São Vicente. Dali, com o filho já casado, mudaram-se para Santo André da Borda do Campo.

É tido como o fundador da Santa Casa de Misericórdia de Santos e do altar do Santo Cristo no Colégio dos padres da Companhia de Jesus. Quando a povoação foi elevada a vila, ele foi seu primeiro juiz ordinário em 1553.

Ajudou na construção do Caminho do Padre José, que séculos depois se transformou na Estrada Velha para Santos.

Ele e os filhos plantavam o trigo que abasteceu a vila de São Paulo por muitos anos.

SL II, 1 a 4 e 133

Coriolano P. Ribeiro, Dona Joaquina do Pompéu, p. 407


34598. Antônio Rodrigues

Antônio nasceu em Portugal.

Casou-se em São Paulo com Antônia Rodrigues, nome de batismo de uma filha do cacique Piquerobi, nascida em Ururaí.

O casal morava em São Vicente.

Ele serviu, com João Ramalho, de testemunha da doação de sesmaria a Pedro de Góis, em 15(..)

Há notícias de que teria morrido em 1579.

Hist. e Trad. da Cidade de São Paulo, ESBruno, p. 331.

Evolução Urbana no Brasil, p. 64

Prim. Povo. Vicentinos, p. 5


36774. Pedro Gomes

Ele nasceu em Braga (Portugal).

Casou-se com a mameluca Isabel Afonso, nascida no planalto de Piratininga, filha de Pedro Afonso e uma índia tapuia.

SL, I, p. 2 e 9


47344. Rui Vaz Correia

Rui Vaz Correia, senhor da Casa de Penaboa, e mais outras casas de seus antepassados na freguesia de Outiz. (FG, IV,437).


47350. Manuel Veloso de Espinha

Manuel residia na capitania de São Jorge dos Ilhéus, casado a primeira vez com Catarina de Medeiros. Eles foram pais de Catarina de Espinha, que em 1627 depôs no processo de canonização de Ancheita e se disse com 70 anos de idade, natural de Ilhéus e filha do casal (Rev. ASBRAP, vol III, pág. 41).

Ali recebeu carta de Mem de Sá em 1563, convidando-o para a jornada do Rio de Janeiro. Com um navio seu, levou Estácio de Sá, sobrinho do capitão mor, e sua tropa para o combate contra tamoios e franceses.

Terminada a guerra, inclusive a de Cabo Frio, de 1757, passou à capitania de São Vicente, casando-se em Santos.

Nessa capitania, foi encomendado passar secretamente da vila de Santos para o porto dos índios chamado de porto dos Patos. Era missão arriscada e injusta, por tirar a paz e a liberdade de indígenas mansos. Por esta razão, mesmo amigo do padre Anchieta, não ousava despedir-se dele. O padre, entretanto, o procurou para demovê-lo da empreitada, assegurando que não iria ter bom sucesso.

Sem ouvir o sacerdote, partiu às escondidas. Pouco após o início da viagem, adormeceu e foi atormentado por pesadelos tenebrosos, com a visão temerosa de espíritos infernais que arremetiam contra ele, para levá-lo ao terríveis tormentos do fogo. Muito abalado, abandonou a nave e voltou ao porto. De seus companheiros que seguiram viagem não se soube mais notícias.

Sentindo-se velho e despojado, solicitou em 1579 ao capitão Jerônimo Leitão, sesmaria de terras na costa do Rio de Janeiro, defronte a ilha de Marambaia, começando da barra do rio chamado Guaiandu e correndo pelo mar para o leste ao longo de três léguas. Pediu também a ilha deniminada Aratucoari-ima, entre Mangaratiba e Itinga.

No ano seguinte, querendo passar com a família para o Rio de Janeiro, pediu a 2 de janeiro de 1580 sesmaria começando na barra do rio Guandu e correndo pela praia em direção ao rio Guaratiba.

Daí em diante, viveu no Rio de Janeiro. Estava oficial da Câmara da cidade do Rio de Janeiro em 1584.

[BELCHIOR, Elysio de Oliveira, Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro, pág. 174 e ss., Livr. Brasiliana Ed, Rio de Janeiro, 1965]


49428. João Pires Cubas

Gen. Sebastianense, p. 163


49530. Antão Leme

Ele nasceu no Funchal, ilha da Madeira, filho de Antônio Leme e Catarina de Barros.

Casou-se em sua terra natal e vivia na Quinta dos Lemes, freguesia de Santo Antônio dos Campos.

Já viúvo, veio com o filho Pedro para o Brasil, estabelecendo-se em São Vicente.

Em São Vicente foi juiz ordinário em 1554.

Apont. Geneal., p. 6

Gen. Sebastianense, p. 241 a 244, 531 e 532

Nobil. Fam. Port., XVII, p. 113

Nobil. Ilha Madeira, p. 905 e 906

Nobil. Geneal., p. 157 a 165


49862. Mendo Afonso Dantas

Doc. Interessantes, I, p. 78

PT, I, p. 248


49964. João Velho Maldonado

João foi possivelmente natural de Coimbra e se casou com Catarina Afonso.


49966. Tibiriçá

Tibiriçá era, junto com Piquerobi e Caiubi, maiorais do planalto de Piratininga.

Afeiçoado aos portugueses, foi por eles incumbido de defender os índios do sertão, cabendo a Piquerobi defender os europeus contra as ameaças que chegassem do mar.

Ele teve papel chave na criação e defesa da vila de São Paulo, mandando os seus circundarem a colina onde hoje estão a Catedral da Sé e o mosteiro de São Bento, com cercas de troncos de árvores.

Após a posse de seu genro João Ramalho, no dia 24 de junho de 1562, na Câmara, Tibiriçá foi nomeado alferes porta-bandeira.

Em 9 de julho de 1562, Jaguanharô, sobrinho de Tibiriçá, insuflado pelos tamoios e pelos franceses tentou pular a cerca, talvez para abrir o portão aos atacantes. Percebido, foi flechado na barriga e morreu. Tibiriçá, contam, com o tacape numa das mãos e uma bandeira na outra, comandou o contra-ataque. A tarde caía. Os tamoios, surpresos, desceram a serra espavoridos.

Com a chegada do verão, vieram as doenças. Tibiriçá ferido na refrega de julho, caiu doente em princípios de dezembro. No Natal entragou a alma ao Criador. Consternação geral caiu sobre a capitania. A Irmandade da Santa Casa de Misecórdia providenciou rapidamente velas para o enterro, realizado na Igreja do Real Colégio de São Paulo de Piratininga. Seu corpo jaz hoje na cripta da Catedral da Sé.

Marcha para o Oeste, p. 6, 7, 109 e 112


49988. Francisco Pinto

Francisco nasceu na Beira (Portugal).

Ele se casou com Marta Teixeira.

Veio para o Brasil com alguns filhos, na expedição colonizadora de Martim Afonso, em 1532.

Prim. Povoadores Vicentinos, p.

Gen. Sebastianense, p.


49990. Vicente Pires

Vicente veio ao Brasil, com sua mãe e irmãos, a chamado de seu pai.

Em São Vicente, foi vizinho de Antônio Pinto.

Prim. Povoadores Vicentinos, p.

Gen. Sebastianense, p. 378


53298. Fernão Vaz Pacheco

Ela era filha de Nuno Velho Travassos e África Anes. Segundo o Nobiliário da Ilha da Madeira, seria filha de Isabel Afonso, uma primeira esposa de Nuno Velho. Pode ser que à época da pureza de sangue de Pascoal Leite Furtado, ela tenha sido lembrada como ancestral dele por ser a mulher mais recente de Nuno.

Doc. Interessantes, I, p. 80

Apont. Geneal., p. 101

Nob. Ilha Madeira, de Eduardo de Campos C. A. Soares, p. 194 e 195

PT, p. 332 a 334