GENEALOGIA FLUMINENSE
Região Norte Fluminense - Itaperuna
Família TEIXEIRA DA SILVA
Os dados sobre esta família se baseiam na obra A Terra da Promissão, do major Porphírio Henriques. O objetivo de publicá-los aqui é o de atualizar as informações à luz das pesquisas mais recentes. As colaborações dos familiares ou outros pesquisadores vêm indicada.
Pedro
Teixeira da Silva foi casado com Maria Leopoldina de Barros, sobrinha de José
Bastos Pinto (tronco da família BASTOS).
Procedentes do município
de Mariana, em Minas Gerais, chegaram a este município por volta de 1850,
tendo se fixado na fazenda de São José, então distrito
de Laje do Muriaé, propriedade de José Estevão Garcia.
O casal esteve alguns
anos aí, mudando-se para S. José de Ubá, atualmente distrito
do Município de Cambuci, onde foi comerciante e possuiu uma propriedade
agrícola, na qual trabalharam por alguns anos, os seus filhos Porfírio,
Teófilo e José, na cultura do café e do fumo. Numa das
viagens que fazia no transporte dos produtos da zona que se destinavam à
Capital Federal, via Porto das Caixas, adoeceu e faleceu em 1882, na localidade
Floresta, distrito do Município do Carmo, neste Estado, onde tinha um
irmão.
Em 1876, Pedro Teixeira
da Silva, havia adquirido de Ângelo Sobreira a fazenda Cachoeira do Inferno,
com dez alqueires de terras, no rio Itabapoana, por troca com um seu escravo
de nome Sabino. Dois anos depois, trocou essa propriedade por dois cavalos pampas.
Antigamente, havendo pouco dinheiro em circulação, as trocas eram
comuns e, nelas, era usado um documento que tinha o nome de "umbreira"
ao qual era aposto um selo que tinha a efígie do Imperador Pedro II.
Pais de:
1.1 Antonio, falecido ainda menino.
1.2 Porfírio Henriques da Silva, nascido a 15 de fevereiro
de 1868.
Naqueles tempos, eram
raras as escolas, e, sendo pobres os pais de Porfírio, este aprendeu
a ler e a escrever por si mesmo, com grandes dificuldades e intenso labor, à
luz de lamparina de querosene. A escola mais próxima era em São
Fidélis, e distava 62 quilômetros.
Estava com 2 anos quando
seus pais se mudaram para São José de Ubá, onde viveu com
a família, trabalhando na lavoura de café e de fumo. Aos 19 anos
voltou à Laje, fixando-se em Retiro, onde ingressou no comércio,
como empregado do seu parente Joaquim Cerqueira Bastos, mantendo-se nesse emprego
até o ano de 1891, época em que se achou com Sofia Mendes de Magalhães,
filha de Luís Inácio Mendes de Magalhães e de Maria Clara
Barbosa de Magalhães.
Sofia, descendia da família
Lucas, de que era chefe o capitão Felício Martins Barbosa, grande
fazendeiro, mais conhecido por capitão Felício Lucas, por quem
foi criada. A cerimônia realizou-se na fazenda do "Desengano",
perto de Retiro.
As lutas vividas por
Porfírio Henriques, em várias frentes, seja na profissional, na
política ou na imprensa, sempre perigosamente, jamais alteraram o seu
senso de responsa-bilidade de esposo, de pai e de amo, como, também,
da sua esposa que era meiga, bondosa e amiga, sobretudo solidária com
seu marido, forte e sem receios.
Em 1896, transferiu sua
residência para a cidade de Sapucaia, exercendo a profissão de
guarda-livros da casa comercial do Sr. Estevão Aguiar. Naquele ano, grassava
a epidemia da febre amarela, e a administração precisava de um
auxiliar decidido e enérgico para fazer cumprir o regulamento municipal,
maxime, no que respeitava à saúde pública.
Porfírio Henriques
foi convidado e aceitou o lugar de fiscal da Prefeitura. Colhidas pela febre
amarela já haviam falecido sua progenitora e sua irmã Carlota,
com 20 anos de idade.
Lançou o dilema
"ou eu morro, ou lutarei até à extinção da
febre amarela nesta cidade". E, então, reformou o estado sanitário
da cidade. Principalmente, acabou com os currais de porcos (focos de febre)
que havia na maioria das casas, dos pequenos e dos poderosos, entre a persuasão
e a força, muito contribuindo para que, afinal, fosse debelado o mal
e colocada a cidade à altura de lugar civilizado e em boas condições
de salubridade.
Naquela cidade ainda
foi comerciante por algum tempo e promotor público, interino da Comarca.
Quando era mais intensa
a febre amarela, Porfírio Henriques foi contaminado também pelo
mal, e ainda convalescente foi atacado pela força pública, dentro
de sua casa, à noite, a mando do juiz de direito de então, Dr.
José Luís Álvares da Silva Campos, segundo informações
que tivemos, abatendo à bala, em legítima defesa, depois de gravemente
ferido, dois dos atacantes, e pondo em fuga os demais, oito ao todo.
Processado e julgado,
em sessão do júri realizada no dia 10 de março de 1897,
foi unanimemente absolvido, sendo seus advogados de defesa o Dr. Artur Nunes
da Silva, depois Lente Catedrático da Escola de Direito de Niterói,
e o Dr. José Cristiano Stockler de Lima, do foro de Itaperuna, que se
ofereceu graciosamente para tomar parte na defesa.
A seguir, voltando a
residir em Itaperuna, foi nomeado secretário da Prefeitura, na administração
do Coronel Macário Garcia de Freitas.
Convidado pelo tabelião
Reginaldo de Souza Werneck, em 1899, titular do 1º ofício, foi nomeado
escrevente autorizado do seu cartório, sendo dois dias após nomeado
pelo juiz de Direito, Dr. Adolfo Macário Figueira de Melo, tabelião
interino do referido ofício, com aprovação do respectivo
titular, de quem merecia inteira confiança.
No segundo recenseamento
nacional que se fez na República, em 1890, foi agente recenseador, sem
remuneração. Exerceu, em caráter interino, o cargo de procurador
da Prefeitura Municipal de Itaperuna.
Em 1902 foi provisionado
solicitador nos auditórios do foro da Comarca de Itape-runa, pelo Tribunal
da Relação do Estado, pelo espaço de trinta anos. Foi suplente
do Juízo Federal durante muitos anos e por diversas vezes, exerceu o
cargo de Promotor Público, interino, de Itaperuna. Foi nomeado suplente
de Juiz de Direito de Itaperuna, no governo do Dr. AIfredo Backer.
Eleito deputado à
Assembléia Legislativa do Estado do Rio, em duas legislaturas, de 1925
a 1929, renunciou ao mandato, por divergência com a chefia política
local. Em 1930, foi nomeado tesoureiro da Caixa Econômica Federal do Rio
de Janeiro, sendo, aos 70 anos de idade, em 1938, aposentado, de cujos proventos,
viveu até ao seu falecimento com 86 anos, pobre, mas dignamente.
Pertenceu às seguintes
organizações: Club Dramático, Literário e Recreativo
de Natividade do Carangola, sendo seu diretor várias vezes; Loja Maçônica,
em grau elevado; Associação Fluminense de Imprensa; Associação
Brasileira de Imprensa; Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do
Estado do Rio.
Do casamento vieram:
2.1 Ataliba (falecido em menino).
2.2 Tarcíla Henriques, casada com Oton Nunes Barroso
Azevedo, co-merciante em Campos.
Deles vieram:
3.1 Itis Barroso, casada com o engenheiro Paulo Lira Ventura.
Este casal tem uma filha
de nome:
4.1 Cíntia.
2.3 Perilo, falecido em solteiro.
2.4 Araci Henriques, casada com Casimiro de Oliveira Lanes.
Pais de:
3.1 Léa, casada com Abdo Diab, major da Aeronáutica.
3.2 León Henriques Lanes, casado com Helena Marçola, primeiro tenente da Aeronáutica.
3.3 Leônidas Henriques Lanes, casado com a professora Dayse de Barros Rocha Correia.
3.4 Leusa, casada com o Dr. Wadir Rocha.
2.5 Porfírio Henriques Filho, advogado, casado com Dejanira
Esteves Henriques.
Tiveram:
3.1 Jandyra Esteves Henriques, casada com Edesio Miranda do
Nascimento, funcionário público em Niterói.
Segundo a filha Delanira
(e-mail de 16 abr 2008), tiveram:
4.1 Dejanira Iara Esteves de Souza Heriques do Nascimento, advogada.
4.2 Dantonieta Edelwais Esteves de Souza Heriques do Nascimento, que em 2008 era estudante de Direito.
2.6 Jary Henriques, solteiro.
2.7 Maria, falecida ainda criança.
2.8 Pirajá Henriques, casado com Olga Barros.
Pais de:
3.1 Pirajá Henriques Filho.
3.2 Porfírio Henriques Neto.
3.3 Randal Henriques.
2.9 Jurandir Henriques, casado com a professora (do antigo
Distrito Federal, hoje a cidade do Rio de Janeiro) Elsa Teresa.
Pais de:
3.1 Sérgio.
3.2 Pedro Paulo.
2.10 Jandira Henriques, casada com o engenheiro Djalma Ferreira
Alves Maia.
Deixaram a filha:
3.1 Sofia.
2.11 Nicéa Henriques, casada com Fausto Veloso de Carvalho.
Deixaram:
3.1 Míriam.
2.12 pastor Peri Henriques, do Ministério Batista, solteiro.
2.13 Ibi, falecido com um ano de idade, e mais dois natimortos.
1.3 Teresa, casada com Joaquim Ribeiro. Não deixaram filhos.
1.4 Teófilo Teixeira da Silva, casado em primeiras
núpcias, com Laudelina Martins Ramos, filha de Antônio Martins
Ramos, fundador da fazenda do Bambuí, e, em segundas núpcias,
com a viúva Francisca Machado da Silva.
Deixaram:
2.1 Teófilo Teixeira da Silva, casado com Otonila Teixeira.
2.2 Itís Teixeira da Silva, solteiro.
2.3 Plauto Teixeira da Silva, casado com Aurora Teixeira.
2.4 Maria Teixeira, casada com Orlando Amaral.
1.5 Garcia Senra, casada em primeiras núpcias, com
Polidoro Osório Barbosa.
O casal deixou:
2.1 Maria Helena Ribeiro, casada com Manuel Pinto Ribeiro.
Pais de:
3.1 Garcia Hermengarda, casada com o engenheiro Ariásto Rabelo.
3.2 Francisco Polidoro Ribeiro, solteiro.
3.3 Rita de Cássia Ribeiro.
3.4 Lenita.
3.5 Cecília Ribeiro.
2.2 Adjar Barbosa, casado com Mercedes Franco.
2.3 dr. Polidoro Barbosa, casado com sua prima Antonina Cerqueira
Barbosa, filha de Antônio Cerqueira de Bastos e Antônia Teixeira.
Deste casamento surgiram:
3.1 Polidoro Senra Filho, casado com Helena Santos.
3.2 professora, Garcia Elaine, casada com Ewaldo da Silva Garcia.
3.3 professora, Yára Senra, casada com o dr. Ediberto Souza.
3.4 Maria Helena, solteira.
1.5 (bis) Garcia Senra, foi depois casada em segundas núpcias
com o dr. Alberto Senra.
Este casal deixou:
2.4 Umbelina Senra, casada com Alcenor Guimarães Rabelo.
Este casal produziu a
seguinte prole:
3.1 Leci Senra Rabelo, casada com Eugênio Macedo.
3.2 Alberto Senra Rabelo.
3.2 Válter Senra Rabelo.
2.5 Darcília Senra, casada com José Galeão
Coutinho.
O casal teve:
3.1 Conceição de Maria, casada com Jaime Resende.
2.6 Irene Senra, casada com Gedas Leal Lopes.
Pais de:
3.1 Mirtes, casada com o capitão-tenente da Marinha Carlos AIberto Ferroni.
3.2 Plínio Lopes, casado com a professora Lucila Rego.
3.3 Cecí, casada com o dr. José Rufino.
2.7 Bolívar Senra, casado com Amélia Picanço.
Eles tiveram:
3.1 Cíntia Picanço Senra.
3.2 Alberto Picanço, Senra.
2.8 Yvone Senra, casada com Lendor Peçanha.
Deixaram os filhos:
3.1 Roberto.
3.2 Alberto Constantino.
3.3 Ivan.
2.9 Edgard Senra, casado em 1962 com Agda Apparecida Comer (colaborações
de Angela e Alexandra Senra).
Eles tiveram:
3.1 Angela Garcia Comer Senra, jornalista.
3.2 Alexandra Ludimila Comer Senra, mãe de:
4.1 Edgard.
4.2 Fernanda.
2.10 dr. Alberto Senra Filho, casado com Leida Fróis.
Deixaram:
3.1 Edgar Alberto.
3.2 Fernando Antônio.
3.3 Alcy Maria (colaboração de Alexanda Senra).
2.11 Moacir Senra, casado com a professora, Lizete Barbosa de
Castro.
Pais de:
3.1 Elizabeth.
3.2 Marúcia.
3.3 Judith.
3.4 Lincoln (colaboração de Alexanda Senra)
1.6 Carlota, falecida aos 18 anos, solteira, em Sapucaia.
1.7 cap. José Teixeira da Silva, casado em primeiras
núpcias, com a professora, Dionora Freitas e, em segundas núpcias,
com a professora Consuelo Minucci, ambas de conceituadas famílias da
sociedade de Campos.
O capitão não
teve filhos com a primeira esposa, mas a segunda lhe deu:
2.1 José Teixeira, da Silva, casado com Maria Teixeira.
2.2 dr. Rui Teixeira e Silva, casado com Erina Tinoco Ferraz.
Desse casamento procederam:
3.1 Ruy.
3.2 Conceição de Maria.
2.3 Francisco Teixeira da Silva, casado com Antônia Teixeira.
1.8 Antônia Teixeira, casada com Antônio de Cerqueira
Bastos, comerciante em Itaperuna.
Dessa união vieram:
2.1 Antonieta, solteira.
2.2 Antonina Cerqueira, casada com seu primo, o dr. Polidoro Barbosa Senra, filho de Polidoro Osório Barbosa e Garcia Senra.
2.3 José Cerqueira, casado com Tomires Lacerda de Cerqueira.
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