HISTÓRIA GERAL
O Surgimento e a Evolução dos Primatas

Introdução

          Estima-se que entre 57 e 36 milhões de anos atrás, no Período Eocênio, os primatas se destacavam na ordem dos mamíferos. Não foi achado qualquer fóssil tão antigo de primata para que se pudesse estabelecer com mais exatidão o surgimento dessa família.

          A nova família se distinguia das demais pela:

          A taxonomia dos primatas que os sucederam se dá pela comparação dos esqueletos fósseis encontrados, tendo presentes três pressupostos:

          Há inúmeras incertezas quanto ao encadeamento dos gêneros e espécies ao longo do tempo, principalmente porque os fósseis encontrados são geralmente muito distanciados entre si no tempo e no espaço, tornando seu relacionamento altamente hipotético. Dessa maneira, fica difícil afirmar com certeza quem descende de quem.

          Ao longo dos diversos períodos da Era Terciária, surgiram e foram se extinguindo no leste e no sul da África diversos gêneros de antropóides, formas primatas que teriam povoado o continente por dezenas de milhões de anos.


A Evolução dos Antropóides

          Até recentemente, os cientistas concordavam que os antropóides, após se separarem dos macacos do Novo e do Velho Mundo entre 30 e 20 milhões de anos atrás, haviam evoluído para os gêneros ramapitecos, oreopitecos, ardipitecos e australopitecos. Todos esses gêneros habitavam as florestas equatoriais e tropicais africanas.

oreopiteco          Os ramapitecos teriam surgido há 15 milhões de anos, no Mioceno Superior, e deixaram restos na Índia, Península Arábica e Quênia. Tinham porte muito pequeno e eram quadrúmanos. São geralmente classificados como pongídeos.

          Os oreopitecos, cujo exemplar mais velho é datado de 12 milhões de anos e foi achado na Toscana (Itália), também de porte pequeno (cerca de 1,2 metros de altura), apresenta dentadura de hominídeo na forma e dimensões, bem como na posição dos caninos e incisivos. São vistos como uma família distinta daquela dos hominídeos.


          Em relação ao comportamento, estes espécimes aqui vistos não viviam exclusivamente na terra, mas predominantemente nas árvores. Não eram essencialmente bípedes. Não demonstravam consciência de família nem praticavam a repartição dos alimentos: os machos se alimentavam e cabia às fêmeas nutrir a si próprias e às suas crias enquanto estas não fossem auto-suficientes. Sua atividade sexual dependia do cio, que era espaçado o suficiente para que só voltassem a parir após a independência dos filhotes. Não fabricavam ferramentas e só esporadicamente se valiam de objetos moldados pela natureza para realização de tarefas.

 

Segue o Período Plioceno Inferior


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