GENEALOGIA FLUMINENSE
Região Serrana - Genealogias
Família TEIXEIRA PENA
1.1 Miguel Teixeira Pena, que nasceu no Rio de Janeiro por volta
de 1819 (ou 1816) e casado em São José de Leonissa (Itaocara) no dia 28 de abril
do ano de 1854, já com filhos. Nísia Prudência nasceu cerca de 1829 e foi filha
de José Dutra da Silva e Prudência Maria de Jesus. Na certidão de batismo da
filha Florisbela, ambos são dados como cariocas o que reforça a indicação de
não serem naturais de Itacoara.
Pelo
exame da documentação parece que Nísia vivia na casa paterna, em algum ponto
entre Itaocara e São Fidélis, pois José Dutra teve filhos nascidos e casados
nessas duas localidades. Miguel, por sua vez, deve ter ido do sertão de Cantagalo
para a região Itaocara com a mãe (que morreu em São Fidélis) e alguns irmãos.
De fato além do casamento de Miguel, só encontramos naquela cidade registro
de casamento de um de seus irmãos.
Residiam
em sítio vizinho à fazenda de S. Roque, que fôra de Joaquim José da Silveira
Pessanha. Seria, talvez, o lugar que hoje se chama Coronel Teixeira, próximo
a Itaocara. O caminho desse sítio a Itaocara devia ser difícil, pois Miguel
quase sempre batizava os filhos após muitos meses de nascidos.
Ele
foi, a 29 de janeiro de 1855 padrinho de batismo de Maria, filha natural de
Antônio de Souza Coelho e Maria Clara de São José. Faleceu em sua fazenda
no dia 12 de maio de 1874.
Nesse
mesmo ano, Nísia foi madrinha, ao lado de João Pereira de Oliveira Durão (dia
20 de novembro de 1874), da neta Florisbela, filha de outra de igual nome.
No
batizado do filho Joaquim, Nísia consta com o sobrenome LIVRAMENTO, filha de
José Dutra da Silva e Prudência Maria do LIVRAMENTO. Isto nos leva a supor
que Prudência Maria seria parenta da mulher de Francisco de Paula Robim, também
Livramento.
Nísia
Prudência morreu no dia 16 de março de 1878.
Miguel e
Nísia Prudência tiveram:
2.1 Etelvina da Silva Pena, nascida em Itaocara, onde foi batizada, conforme se vê na certidão que transcrevemos:
"Aos
vinte e dois de Agosto de mil oito centos e secenta e oito nesta freguesia,
baptisei e pus santos oleos a inocente Itelvina, nascida a oito meses,
filha legítima de Miguel Teyxeira Pena e Dona Nizia Prudencia da Silva:
forão padrinhos Delfino Teixeira Pena e Dona Josuina Baldoina da Veiga
Pena. E para constar fis este assento que assigno". |
Casou-se com José Antônio Teixeira,
que nasceu em Viana do Minho, Portugal, no dia 29 de março de 1856, filho de
Albano José Teixeira e Isabel Maria Teixeira.
José Antônio veio de sua terra natal em 1865 mais ou menos, quando contava nove
anos de idade, com o pai. Não se sabe se nesta ocasião sua mãe ainda vivia.
Em Itaocara conheceu Etelvina, moça muito bonita e filha de família de posses
do lugar. Com ela se casou no dia 12 de junho do ano de 1884, como se vê em
certidão constante do livro de casamentos da Matriz de São José de Leonissa:
"Aos
doze de Junho de mil oito centos e oitenta e quatro, nesta freguesia depois
de feitas as admoestações canonicas e sem impedimento algum em minha presença
e das testemunhas abaixo asignadaz, por palavra do presente na forma do
Sagr. Conc. Trid. e Const. do Bispado pelas duas horas da tarde se receberão
em matrimonio Jose Antônio Teixeira, filho legitimo de Albano José
Teixeira e Isabel Maria nascido e baptisado em Portugal, no Bispado de
Braga; com Etelvina da Silva Penna, filha legitima de Miguel Teixeira
Penna e Nisia Prudencia Penna natural desta freguesia onde são moradores.
Para constar assigno este. |
Etelvina passou a assinar-se PENA TEIXEIRA.
O casal passou a residir no lugar denominado Batatal. Lá, depois chamado Coronel
Teixeira em sua homenagem, vivia do comércio, quer no empório de secos e molhados
ao lado de sua casa, quer levando mercadorias aos sítios das redondezas. Geralmente
ía a cavalo a essas fazendas, levando artigos e amostras e coletando as propostas
de compra de suas mercadorias.
Quando a estrada de ferro Leopoldina criou a estação de Batatal, José Antônio
foi seu primeiro agente. A par disto, cuidava de sua produção de cana-de-açúcar
nas terras que a ele couberam como herança dos pais da mulher.
Em fins da década de 80 seu lar rompeu-se. É difícil precisar como começou o
período crítico do casal. Uma primeira versão diz que José Antônio teria
se apaixonado por uma moçoila que viera de São Sebastião do Alto para
fazer seu enxoval na casa de Etelvina. Vendo o namorisco entre Leopoldina e
seu marido, Etelvina teria abandonado a casa, mesmo com a desaprovação de sua
irmã Prudência. Uma segunda versão garante que José Antônio, em suas andanças
pelas fazendas das vizinhanças para comerciar seus artigos, conheceu uma moça
de nome Leopoldina, filha de um tal de Leôncio (fazendeiro ou capataz) e Perciliana
de Castro, mulatos ambos.
Chegando aos ouvidos de Etelvina que o marido estaria flertando com Leopoldina,
largou o lar, levando consigo o caçula Albano, com meses de idade.
Uma última corrente assegura que Etelvina teria fugido de casa com o agente da estação de Batatal para Boasorte. Desgostoso, José Antônio fez ver
a Leôncio que a filha estaria melhor em companhia dele, José Antônio. É difícil dizer o que realmente teria acontecido apenas pela análise documental,
eis que José Antônio teve com Leopoldina seu primeiro filho em fevereiro do ano de 1891, como consta da certidão que transcrevemos, e Etelvina teve uma
menina de nome Etelvira em junho do mesmo ano, como se vê na certidão abaixo. Contudo, as datas parecem indicativas da primeira ou segunda versão.
"Certifico
que revendo neste meo Cartorio o terceiro livro de registro de Nascimentos
no mesmo afolhas Cento e Cessenta e cinco e verso achou-se o assentamento
cujo theor abaixo segue: 'Numero dusentos e cincoenta e trez' Aos quatro
dias do mez de Junho de mil oitocentos e noventa e um, neste primeiro
districto de Paz, Cidade de S. Fidelis, Estado do Rio de Janeiro compareceo
em meo Cartorio Secundo Pinheiro e em prezença das testemunhas abaixo
assignadas declarou: Que no dia dois do Corrente, a meia noite, nesta
Cidade, nasceo uma criança do sexo feminino, de nome 'Etelvira' filha
natural delle declarante Secundo Pinheiro, natural de Macahé e de Etelvina
Penna, natural de S. José de Leonissa, ambos residentes nesta freguesia,
sendo avos paternos da mesma criança Anastacio Pinheiro e Antonia Pinheiro
e materno Miguel Penna e Nizia Penna, do que para constar lavrei este
termo que commigo assignão o declarante e as testemunhas José Manoel de
Senna Pires e José Cupertino de Castro, residentes nesta freguesia. Eu
José Agostinho Nogueira da Rocha Escrivão que o subscrevo e assigno. |
E o registro de batismo informa-nos de que:
"Aos
treze de Novembro de mil oito centos e noventa e dois, na Matris de São
Fidelis baptisei solemnemente e pus os Santos Oleos a innocente Itelvira,
nascida a desoito mezes, filha natural digo filha adulterina de Etelvina
da Silva Teixeira; forão padrinhos Jose Cupertino de Castro e Elvira Candida
de Barros, e para constar fis este assento. |
Os fatos expostos parecem desmentir a versão de que que Etelvina, doente dos
pulmões, tenha ido morar com a irmã Francisca na Colônia, perto de São Fidélis.
E não achamos na Colônia a certidão de óbito de Etelvina.
José Antônio
chamou a sua casa Leopoldina de Castro, como já vimos. A certidão de casamento
de Otávio, filho do casal insinua que José Antônio e Leopoldina eram casados
no civil, ao dizer que Octavio era filho "civilmente legitimo de José Antônio
Teixeira e Leopoldina de Castro". Mas isto não pôde ser confirmado pelos
filhos e netos do casal.
A 15 de dezembro
de 1897 falecia Etelvina. Dizia seu filho Alberto Antônio que ela foi
sepultada na Colônia, de onde surgiu a versão de que ela residia naquele bairro.
Afirmava esse seu filho que já dormira sobre a sepultura da mãe. Não conseguimos,
contudo, identificar esta tumba dentre as que lá existem.
José Antônio,
que até 12 de abril do ano seguinte não houvera providenciado inventário, recebeu
intimação do juiz de paz para fazê-lo sob pena de perder a herança. Herança
que compreendia cinco alqueires de terras em capoeiras e matos, casas, forno
para cozer telhas e alguns animais.
Ele se naturalizou
brasileiro, tendo ascendido em Itaocara ao posto civil de Tenente-Coronel. Além
de canavicultor, tendo construído engenho de aguardente com o rótulo de "Teixeirinha",
montou uma fábrica de cerâmica a partir dos fornos herdados da mulher. Em Cantagalo
fêz construir uma fábrica de chapéus "palheta" no andar térreo do
sobrado onde residia.
Em Batatal, bairro
de Itaocara, além do engenho e da fábrica de cerâmica, foi proprietário de vasta
área de terras para cultura. Comprou as fazendas Sereno, Namorado e Cachoeira
Alegre, esta logo vendida ao sogro de seu filho Luis.
Em Cantagalo vendeu
uma casa a Avelino Antônio Martins em 1900. Neste negócio teve um grande
desgosto, pois foi acusado através de carta, de velhaco e mercenário. Avelino
Antônio a considerava superavaliada. Entristecido, José Antônio
simplesmente absorveu a acusação.
José Antônio
iniciou-se na Maçonaria no dia 12 de novembro de 1898, como vê num certificado
que ficou na posse de sua neta Maria Lúcia Teixeira, em Itaocara. Apesar disso
-- e se sabe da proibição que pesava sobre os católicos de então de filiarem-se
à maçonaria --, sempre foi convidado para padrinho das cerimônias de Lavapés
da Quinta-feira Santa, o que mostra a benevolência com que a Igreja tratava
seus poderosos e ricos fiéis.
Um prazer a que
o coronel sempre se entregou foi viajar. Inúmeras vezes foi à Europa, lá se
demorando por meses a fio. Como as fotos que de lá chegavam sempre o mostravam
acompanhado por belas mulheres, criou-se a idéia de que ele mantinha um outro
lar. Houve quem dissesse que a própria Etelvina lá vivia, tendo sido forjada
sua morte. Alegam os defensores dessa idéia que José Antônio jamais se
casou com Leopoldina, o que poderia regularizar a situação dela e dos filhos.
Mas essa hipótese fantasiosa não resiste a um primeiro exame, eis que, legalmente,
José Antônio era viúvo e, como tal poderia casar-se.
Em 1920, por exemplo,
esteve em Portugal e lá visitou Braga, Guimarães, Fafe, Vila do Conde, Porto,
Lisboa e outros locais. Depois disso esteve ainda por três outras vezes na Europa,
viajando nos navios "Aurigny", "Auvigny" e "Asie",
respectivamente.
Sempre atencioso
com os netos, jamais negava alguma palavra de estímulo a eles. A Jair, certa
ocasião, enviou cumprimentos por estar aprendendo a escrever. Talvez soubesse
não ter sido o neto a escrever-lhe um bilhete que recebera. Contudo, não negou
seu estímulo, o que encheu Jair de orgulho por ter sido elogiado pelo avô.
Um outro prazer
do qual não abria mão era o de bem comer. Seu desjejum consistia de pão-de-ló
e um copo de vinho português. Não admitia mesa que não fosse farta.
Sentindo-se doente
chamou um médico, que diagnosticou um crescente estreitamento da laringe. Disse
ao coronel que, operado, ele poderia viver ainda por muitos anos, porém teria
de submeter-se a dieta alimentar. José Antônio preferiu continuar com
o prazer das refeições, reafirmando que de nada valia continuar vivo se não
podia comer bem.
Tempos depois,
arrastando sua doença, estava em Batatal quando seu estado agravou-se. Fraco
por não se alimentar convenientemente, posto que apenas podia ingerir líquidos,
repousava na cama quando chamou os filhos e decidiu ir para Cantagalo. Antes,
contudo, ordenou que o levassem a uma janela na cozinha da qual se divisava
o rio Paraíba. Os filhos perguntaram porque ele queria ser levado até lá, a
que José Antônio nada respondeu. Só na cozinha, amparado pelos filhos,
ele disse que desejava ver pela última vez o rio, pois sentia que não mais teria
oportunidade de fazê-lo.
De fato, levado
a Cantagalo, José Antônio faleceu na rua Benjamim Constant, nº 11 (atual
rua Chapot Prevot), às quatro e meia da tarde do dia 2 de dezembro de 1924.
"Causa mortis": inanição estanose do esôfago.
Seu corpo foi
levado para Itaocara em trem especial da Leopoldina. Quando seu filho Alberto
foi pagar pelo transporte, o representante da linha ferroviária se recusou a
receber o dinheiro, alegando ser aquela a última homenagem da Leopoldina a seu
primeiro agente no local.
De Itaocara o
cortejo partiu para Batatal, acompanhado pela banda "Amizade", lá
sendo sepultado em mausoléu na parte mais alta do cemitério que está postado
na encoscta de um morro.
Leopoldina continuou
residindo em Batatal, onde faleceu às 13 horas do dia 20 de dezembro de 1954,
com 92 anos.
Em homenagem à
memória deste homem, foi decidido pela família reunir-se anualmente. A 11 de
outubro de 1981 se deu o I Encontro Nacional da Clã dos Teixeiras do Batatal.
Almirante (pseudônimo
de Renato Teixeira, neto do coronel) publicou um caso que lhe foi narrado por
Manuel Ribeiro Gonçalves. Diz-se que o fato teria ocorrido em 1926, mas deve
haver erro, pois o coronel morreu em 1924, como vimos. Diz o artigo, denominado
"Juca e Rosita".
" Na casa
comercial do coronel Teixeira trabalhavam, além de Manoel, seus filhos e um
rapaz de nome Juca, que o coronel tinha criado.
Juca e Rosita,
filha do coronel, cresceram juntos e na adolescência apaixonaram-se. Logo que
o pai da moça descobriu o romance, tratou de impedir sua continuação e começou
a tratar o Juca com muita frieza, proibindo Rosita de encontrar-se com ele.
Ao contrário do que o coronel esperava, a paixão dos dois namorados aumentou
ainda mais.
Num certo domingo,
Rosita estava sentada ao pé de uma árvore quando viu chegar Arlindo, um rapaz
conhecido. Este, querendo brincar, apontou a espingarda para a moça dizendo
que ia atirar. Desastrado, ao mover a arma, ela atirou e atingiu a moça, ferindo-a
gravemente.
Mesmo sabendo
que sua filha ia morrer e negando-se a atender aos pedidos da moça, o coronel
recusou-se a deixar o Juca entrar no quarto para despedir-se dela.
No dia seguinte,
movido pelo remorso, os parentes concordaram que o Juca fosse ao enterro.
O rapaz chegou
chorando e depositou em cima do corpo de sua amada um buquê de rosas brancas
e um bilhete que dizia "Rosita, você que gosta de mim, venha buscar-me,
pois não posso ficar sozinho neste mundo".
Naquele dia e
nos dias seguintes o assunto foi comentado com emoção e espanto, que mais aumentaram
quando alguém trouxe a notícia de que o Juca tinha morrido de um colapso às
quatro horas, mesma hora do enterro de Rosita".
O coronel
e Leopoldina de Castro deixaram os filhos aqui descritos.
José Antônio
e Etelvina tiveram:
3.1
José Antônio Teixeira Júnior, nascido no dia 3 de março
de 1885 e casado com Judith de Moraes Teixeira, nascida em 1883, filha de Antônio
de Moraes Teixeira (1845-1919) e Cândida Nunes Teixeira.
Judith sofria
de diabetes e morreu de complicações consequentes de uma queda.
O casal herdou
a fábrica de aguardente Teixeirinha, a qual manteve por muitos anos.
Foram pais de:
4.1 Maria José,
casada com Carlos Pereira Guimarães, sobrinho do almirante Protógenes
Pereira Guimarães. Carlos já estava morto em 1981.
Deles vieram:
5.1 - Ubiratã
5.2 - Jurema
4.2
Mário de Moraes Teixeira, nascido em 1912 e casado no dia 30 de dezembro
de 1950 com Leda de Poly, filha de Luis Poly.
Mário foi
deputado estadual e vivia em Nova Friburgo.
O casal teve:
5.1 - Marileda, nascida a 8 de dezembro de 1951(?), casada.
5.2 - Moema, casada no dia 23 de janeiro de 1982 com Antônio de Assis, filho de Francisco de Assis Novelino Pacheco e Valderez de Rezende Rocha.
5.3 - Mário Luis.
4.3
Maria Cândida, casada com Romeu Durão, filho de Rômulo Durão
e (...) Cândida.
Pais de:
5.1 - Magali, casada com (...) Novelli.
5.2 - Marli (?), casada com (...) Beliardi.
4.4
Messias de Moraes Teixeira, nascido em 1914 e casado com Conceição
Léa Bittencourt Cortes.
O casal teve:
5.1 - João Carlos.
5.2 - Judith.
5.3 - Regina Celi.
4.5
Renato de Moraes Teixeira, casado em Lorena (SP) com Jussara (...), filha do
general João Pereira de Oliveira e Iná (...).
Renato foi militar.
O casal teve:
5.1 - Uiara, casada, mas cujo casamento foi anulado.
3.2
Alberto Antônio Teixeira Dutra, que nasceu em Itaocara (RJ) no dia 4 de agosto
de 1887.
Alberto assistiu
com três anos de idade à separação de seus pais, quando sua mãe foi residir
em outro local e pouco mais tarde faleceu. Talvez procurando compensação pela
falta da figura materna apegou-se à madrasta Leopoldina de quem ele gostava
a ponto de, anos depois, dar seu primogênito para que ela o batizasse. Ele se
lembrava que Leopoldina costumava fazer o prato de comida dele para ele ir almoçar
na estação ferroviária (que fica próxima da casa) onde seu pai trabalhava. Suas
cartas ao pai e à madastra bem mostravam o respeito e amor que lhes dedicava.
Pelo afastamento
de Alberto da mãe, ele pouco sabia de seus parentes maternos. Exemplo disso
era sua crença de que o avô materno era um português de nome Manuel Dutra e
que sua avó materna foi uma índia capturada por Manuel e batizada com o nome
de Nísia. História sem qualquer fundamento, como relatamos adiante.
Apesar de seu
pai ser próspero negociante, Alberto Antônio foi trabalhar em Cordeiro, cidade
próxima a sua terra, com apenas quatorze anos de idade. Não se adaptando, arrumou
emprego na casa comercial Oliveira, Vaz & Cia., no Rio de Janeiro. Na mesma
cidade, tempos depois, no estabelecimento do Sr. Costa Sol de quem se conservou
fiel amigo mesmo após deixar o emprego.
Com cerca de vinte
anos foi para Campos a 29 de abril de 1908, parece-nos que contra o desejo do
pai, pois em carta de agosto de 1917 declara-se sentir exilado desde 1908. Lá
se ocupou do laboratório químico da Societé Brasiliense Sucrerie "Usina
Cupim". Nessa época, por amizade ao telegrafista da "The Leopoldina
Railways", ficava, às vezes, no posto para que seu amigo fosse namorar.
Alberto Antônio
sempre aliou seu caráter forte, impoluto e reto a um espírito empreendedor e
dedicado. Conquanto não tivesse mais que o curso primário -- sempre dizia que
estudara apenas até o quarto livro de Felisberto de Carvalho, eminente educador
da época --, foi autodidata e, por isso, muito pôde construir. Chegou mesmo
a orientar advogados em várias causas. Dotado de raro pendor para o desenho,
arquitetou diversas pontes e pontilhões que ainda hoje existem, tais como a
ponte sobre o rio Pomba, em Baltazar, na fronteira entre os Estados do Rio de
Janeiro e de Minas Gerais, outra em Dores do Macabu e uma terceira em Ururaí,
etc.
Em 1920, ainda
solteiro, adquiriu um engenho de álcool e vinte hectares de terras. Também teve,
nesses anos, pedreira em Niterói. Fornecia cana para usinas, dormentes para
a Leopoldina e pedras para construções.
Em Campos, foi
convidado por uma conhecida, de apelido "Moreninha", a visitar a fazenda
Lagamar, de Florentino Pereira de Souza. Essa fazenda era um modelo de propriedade
bem cuidada em Campos, daí o convite. Chegando à fazenda foi recebido pelo dono
com as honras de que os campistas tanto sabem recepcionar seus visitantes. Introduzido
na sala, estava conversando com Florentino enquanto as filhas deste, que estudavam
em outra sala com professora particular, procuravam "bispar" quem
havia chegado. Só Maria foi admitida na sala, e apenas para servir café. Instada
pelas irmãs para falar do moço bonito que conversava com seu pai, Maria nada
soube responder. Disse não ter observado como era o tal moço.
Maria, nascida
em Santo Amaro, distrito de Campos, filha de Florentino Pereira de Souza e Úrsula
Maria das Virgens, veio ao mundo no dia 25 de setembro de 1895. Essa data era,
até há poucos anos atrás, tomada erroneamente como setembro de 1897. A confusão
se explica da seguinte forma: indo a Vitória (ES), a negócios, Florentino encarregou
um sócio, cujo nome desconhecemos, de registrar no Cartório o nascimento da
filha. Por esquecimento deste e excessiva confiança de Florentino no amigo,
o registro não foi realizado e o caso esquecido até que em 1897 foi descoberta
a inexistência daquele ato e corrigida a deficiência. Daí em diante a data de
registro foi tomada como a de nascimento.
Ela, para que
os criados não a chamassem pelo nome, liberdade inadmissível naquela época em
Campos, recebeu o apelido de "Branca".
Desde moça, Maria vivia retirada em oração. Com isso se preocupava
o pai, que dizia: "Minha filha, eu gosto que você reze. Também minha mãe
era dada às orações. Mas, você precisa se distrair". Apesar das admoestações
dele, a única festa de que Maria realmente gostava era a de Santo Amaro, quando
havia cavalhada. Além de rezar, Maria era também muito dada à leitura de bons
livros e ao manuseio de seus dicionários dos idiomas de Descartes e de Camões.
Com isso adquiriu um bom vocabulário de francês e português. Gostava, também,
de música e poesia.
Nos anos 1906,
Maria e as irmãs tinham por professor o português Sr. Morgado. Branca era travessa,
mas como sempre obedecia ao mestre, mesmo quando esse errava, era sempre considerada
inocente "a priori". Ele dizia "Dona Marica não foi. Foram esses
capetas ...". Maria repetia "Portugale", "Brasile"
etc, arremedando o mestre, mas esse não percebia a caçoada. Quando mataram D.
Manuel, de Portugal, o Sr. Morgado ficou muito sentido. As meninas simularam
consternação, mas riam do sentimento do preceptor.
Depois, cerca
de 1908, elas eram acompanhadas por Benedita de Moraes. Foi ela quem foi beber
água e viu Dutra conversando com Flor Pereira. Comentou com Antonia, que logo
se interessou por vê-lo também.
Em 1910 Florentino
conversava numa farmácia com o Dr. Miranda (casado com Alexandrina, sobrinha
de Flor Pereira). Comentou que Branca sabia mais que os professores que tinha.
Ela era quem lia os jornais para ele quando o Dutra não estava. O dentista Antônio
Perestrelo indicou sua prima Domitília Nunes Perestrelo (viúva do desembargador
Francisco Perestrelo) para o ofício e ele aceitou a sugestão.
Alberto levava
namoradas para visitar a fazenda de Florentino. Uma ocasião quis namorar Antonia,
filha do dono da casa, mas Domitília (dona Neném), professora das meninas, aproximou
Alberto de Branca.
Os habitantes
de Santo Amaro tiveram suas atenções despertadas por quele rapaz de barba pequena
e bem aparada. Aquele tipo de moda Alberto Antônio trouxera do Rio e era absolutamente
nova em Santo Amaro. Como todo santamarense que se preze procura um apelido
para as pessoas, logo Alberto Antônio ficou conhecio como "Barbadinho".
Mas, embora ele ainda hoje seja lembrado com este apelido, a alcunha não vingou.
Maneco, filho natural de Florentino chamou-o de "Moninho", associado
a barba a pelos, Florentino então corrigiu para o menos ofensivo "Maninho",
que prevaleceu até sua morte.
No ano de 1920,
em Portugal, o pai de Alberto Antônio recebe carta do filho, onde este declara
em desejo "já antigo" de casar-se. De fato, no ano seguinte, a 29
de março, mesma data de aniversário do pai do noivo, Alberto Antônio e Maria
se recebem matrimonialmente na casa de José Antônio, em Cantagalo, com toda
pompa. Para que se aquilate a festa que se seguiu, basta contar que duas orquestras
animavam-na: uma no jardim e outra no salão.
Finda a comemoração,
o casal ficou em Cantagalo, mesmo com a inconformidade de Dona Úrsula, que queria
levar a filha de volta de qualquer maneira.
Alberto Antônio
foi proprietário da Agência Dutra, de despachos, a primeira do gênero em Campos.
Quando o pai faleceu, herdou uma fábrica de chapéus, que transferiu de Cantagalo
para Campos. Por esses anos, para evitar homônimos, Alberto passou a assinar-se
também DUTRA, apelido tomado ao avô materno.
O casal primeiro
morou em casa na Beira-Rio, onde é hoje do Clube Saldanha da Gama. Mudou-se
para a Rua Santos Dumont, onde nasceu a filha Maria Izabel. Em agosto de 1923
foram para chácara na Rua Formosa.
Em 1923 comprou
a Fazenda Panorama, em Dores de Macabu, onde plantou cana-de-açúcar. Essa fazenda
ficava perto da linha da "Leopoldina Railways". Alberto conseguiu
dessa companhia um desvio para descarga de vagões (na porteira da fazenda) e
um posto telegráfico. Assim, quando um trem saía com carga para o local, ele
era avisado pelo telégrafo. Nesse desvio, Alberto mandou instalar um posto de
fornecimento (aguardente, açúcar, sal, madeiras etc.). Desse modo, quando os
fazendeiros iam buscar produtos que vinham pelo trem, aproveitavam para se abastecer
sem ter de ir a Campos.
Conseguiu uma
autorização para que o "rápido" (trem de passageiro para o Rio) fizesse
uma parada de minutos nesse mesmo ponto, o que era útil para as famílias da
região.
Muitos anos depois,
em 1947, adquiriu as fazendas "Córrego do Viana" e "Socego"
(sic !) em Guarulhos (hoje Guarus).
Em novembro de
1924 mudaram-se para palacete assobradado na Praça São Salvador, onde pagavam
500 mil réis de aluguel. Em setembro de 1927 foram para uma casa na rua Alberto
Torres.
Em junho de 1928
Maria foi veranear em Friburgo. Alberto ficou cuidando de sua fábrica de chapéus.
Na volta, a família ficou hospedada em São Fidélis, na casa de Nilo Teixeira.
De volta a Campos, foram para casa na Rua dos Bondes, onde estavam vivendo no
tempo da guerra.
O artigo denominado
"O Judas", de Waldir Carvalho, rememorava esse tempo. Transcrevemos
um trecho dessa crônica:
" Próximo ao quartel da polícia, hoje dos bombeiros, morava uma filha de Florentino Pereira, nossa prima Branca. Não consigo esquecer das frondosas figueiras juntas do Paraíba, sempre repleta de pardais, em cuja sombra a banda militar costumava ensaiar seus dobrados. Mas, no quintal da prima Branca, havia, se não me engano, um pé de abio. Em seu tronco o Carlito e a Maria Izabel acharam de amarrar o Judas. Às dez horas, quando os sinos das igrejas começaram a tocar, o Tecido e a Carangola a apitar anunciando a Aleluia, fui chamado às pressas para participar do castigo ao Judas...".
Maria sempre gostou de música e aprendeu a tocar piano quando
menina. Nessa casa teve uma séria queda nas escadas e fraturou diversos ossos
da mão direita. Por isso, nunca mais pôde tocar esse instrumento. Restou-lhe
a religião. Em Campos pertencia à Associação de S. Vicente de Paula e à Associação
do Sagrado Coração de Jesus, da então Catedral de S. Salvador (hoje Basílica
Menor). Foi justamente a religião que lhe deu forças para suportar a ida de
seu primogênito para os campos de batalha da Itália. Sua fé no amparo do Coração
de Jesus era inabalável.
Em 1945 a família
ficou hospedada no Hotel da Estação. Daí foi para a pensão de Alberto Amaral,
na rua do Sacramento. Pouco depois foram para casa na rua Barão da Lagoa Dourada,
onde hospedaram o neto Marco Polo em 1955.
Alberto Antônio
bebia bastante, embora nunca tenha ficado trôpego ou cambaleante, nem dormindo
na rua por isso. Entretanto alguns casos pitorescos aconteceram por esse seu
fraco. Quando marcava uma conversa, dizia: "procure-me no escritório",
referindo-se ao boteco onde bebia.
Gostava muito
de levar o sobrinho Mário com ele. Mário era grande, ao contrário de Dutra.
Certa feita tomaram tantas, que Alberto chegou em casa com um paletó enorme,
enquanto Mário levou um pequeno. No dia seguinte destrocaram as roupas.
Já idoso, no Rio,
estava com o genro Pedro e a certa altura foi com ele para um barzinho que ficava
no "hall" de entrada do apartamento do filho Carlito, onde Dutra morava.
Pedro estranhou o descuido do sogro: "Seu Dutra, dona Branca não vai perceber
que estamos bebendo ?". Mas o velho não era bobo: "Calma! O vento
vem da cozinha para a sala. O cheiro não pode ir para lá."
Gostava muito
da companhia feminina e várias vezes levava a sobrinha Gilda para acompanhá-lo.
Ficava bebendo cervejas e contando anedotas num barzinho da Av. Rio Branco ou
noutro no cais de embarque da balsa Rio-Niterói.
Em 1956 o casal
deixou Campos, vendendo sua casa na rua Barão da Lagoa Dourada para viver com
o filho Carlos Alberto, recém-casado, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro,
vivendo de rendas, parcas por sinal.
Lembramo-nos do
vovô como uma pessoa relativamente baixa (cerca de 1,65 m de altura), muito
moreno, algo gordo e com ralos cabelos, que penteava de um lado para outro tentando
esconder a calvície.
Maria tinha mais
ou menos a mesma altura e cabelos fartos e brancos. Dizem que tinha gênio pacato
("sangue de barata", dizia Alberto) até a ida do filho para a guerra.
A partir daí passou a ficar muito encrenqueira, exceto para com os netos.
Nessa casa e sem ocupação outra que pequenos consertos na própria casa, a pitada
nos cigarros que ele mesmo fazia e a leitura de jornais, Alberto Antônio, homem
dinâmico, ia envelhecendo. Salvo algumas viagens à casa da filha em São Paulo
ou a Campos, onde morava o filho caçula, ele pouco saía da apartamento. Maria
ainda andava um pouco, indo diariamente à missa na igreja de Santa Terezinha.
Neste estado de
coisas, Alberto Antônio vivia até que, em agosto de 1968 sentiu-se muito mal.
O filho Carlos Alberto fiscal do INPS, estava a serviço em Cornélio Procópio
(PR). Sua filha e o genro Pedro foram ao Rio buscá-lo para recuperar-se em São
Paulo e souberam que fôra internado pelo sobrinho Nilson no Hospital Nossa Senhora
do Carmo, de cuja Ordem Alberto Antônio era irmão. Porém pouco pôde ser feito
e a 25 de agosto de 1968 ele desaparecia. Seu corpo foi sepultado no cemitério
da Ordem (no Caju), no Rio de Janeiro mesmo às exéquias compareceram inúmeros
parentes e amigos, inclusive o Dr. Ernane Galvêas, que, como Dutra profetizara
muitos anos antes, chegou a ministro, em janeiro de 1980.
Em fins de 1986 ela foi morar em São Paulo, com a filha que havia ficado viúva.
Como Maria Izabel morreu de repente (Branca só iria saber disso muitos meses
depois), os filhos disseram que a irmã estava internada em estado grave e, por
isso, iriam levá-la (Branca) para Campos, para a casa do filho Betinho.
Por azar, naquela
manhã faltou luz no prédio em que Maria Izabel morava. Branca. Branca foi descida
os seis andares em uma cadeira levada pelos netos Marco Polo e Paulo de Tarso.
Essa cadeira levou Maria Izabel ao hospital onde morreu e também Branca de São
Paulo, para sempre.
Ficou alguns poucos
meses no Rio, passando a morar na Casa de Saúde São Luis (no bairro do Caju)
a 6 de dezembro de 1987. Quase cega e surda, embora não de todo alienada do
mundo. Recebia visita diário do filho Carlos Alberto. Entretanto, não há como
negar, que ela vivia solitariamente. No Natal de 1988 os netos de São Paulo
foram comemorar a data com ela porém Branca não mais os reconheceu. Era o princípio
do fim. Debilitada por se recusar a comer ela foi levada à enfermaria do asilo,
onde era alimentada com soro. Poucos dias depois, a 8 de janeiro de 1989 entregou,
por fim, sua alma a Deus. Seu corpo foi depositado no cemitério do Caju, onde
o marido descansava.
Alberto Antônio
e Maria deixaram:
4.1 Carlos Alberto Teixeira Dutra
4.2 Maria Izabel Teixeira Dutra
4.3 Alberto Carlos Teixeira Dutra
3.3 Albano Teixeira, nascido em 8 de novembro de 1889 e batizado a 16 de feveriro
de 1890. Casou-se no dia 11 de março de 1911 com Esther Louro, filha de Joaquim
Fernandes Louro e Adelaide Pereira.
Albano, alguns anos
depois do casamento, abandonou a esposa e filhos e foi para Bauru, no Estado
de São Paulo e, de lá, para Corumbá, de onde chegaram as últimas notícias dele
na década de 30. O irmão Alberto acha que Albano morreu na guerra do Chaco ou
na Revolução de Vargas.
Desse casamento
procederam:
4.1 José, nascido em 1913 e falecido solteiro.
4.2 Jair Teixeira, casada com Maria Lúcia Teixeira, filha
de Artur de Castro Teixeira.
Moravam em Itaocara,
onde Maria Lúcia era professora no Ginásio Estadual.
Deixaram:
5.1 Márcia Patrícia Teixeira Viegas.
5.2 Mônica Patrícia de Almeida Teixeira.
4.3 Dario Teixeira, casado com Elza Teixeira Rimes, sua prima.
3.4 Diva Moraes Teixeira, nascida a 5 de abril de 1886 e batizada a 3 de junho do mesmo ano. Diva já era morta no ano de 1897.
2.1 (bis) Secundo e Etelvina tiveram:
3.5 Etelvira Teixeira, nascida a 2 de janeiro de 1891 e batizada em São Fidélis a 13 de novembro de 1892. Casou-se em São Fidélis (?) com Leonel Lessa. Viveu em Iconha e Chaves, no Espírito Santo.
2.2 Francisco Teixeira Pena, nascido em 22 de agosto de 1863
e falecido na Colônia, bairro de São Fidélis, no dia 12 de outubro de 1918.
Foi casado em Itaocara
a 3 de dezembro de 1883 com Josefa Francisca de Azevedo, filha de Constantino
Francisco de Azevedo e Maria Antunes Moça, a 3 de dezembro de 1883. A certidão
de batismo de Francisco, datada de 29 de janeiro de 1863, informa que ele era
nascido há quatro meses.
Eram moradores no
distrito de Colônia.
Deles vieram:
3.1 Emília da Silva Pena, que nasceu na Colônia às 8 horas da manhã de 14 de setembro de 1903.
2.3 Prudência da Silva Pena, batizada com 16 meses, no dia 26 de fevereiro de 1866, e casada em São José de Leonissa, Itaocara, a 19 de agosto de 1882 com o cap. Antônio José de Carvalho Bravo, natural de São Salvador, Campos, filho de Constantino Francisco de Azevedo e Maria Antunes Moça.
2.4 Florisbela da Silva Pena, nascida a 25 de janeiro de 1852
e batizada pelo avô paterno e pela avó materna a 6 de março do mesmo ano, foi
casada em São José de Leonissa de Itaocara ás 3 horas da tarde de 10 de janeiro
de 1874 com Carlos Augusto de Azevedo, natural de São José do Ribeirão (Bom
Jardim, RJ), filho de Manuel José de Azevedo e Justina Francisca de Azevedo.
Ela faleceu no dia
14 de novembro de 1874 e Carlos Augusto se casou com a cunhada Francisca (irmã
de Florisbela). Carlos, morreu no dia 7 de novembro de 1887.
2.5 Emília da Silva Pena, nascida a 22 de novembro de 1853 e
batizada a 25 de janeiro do ano seguinte pelo tio Bernardo Teixeira e pela segunda
mulher do avô, Sancha Maria. Era viúva, em 1884, de José Pereira de Oliveira
Durão.
Ao que parece depois
se casou com Deolindo Teixeira Pena.
O segundo casal
deixou:
3.1 Mandolinata, batizada em (Itaocara?) a 24 de dezembro de 1886.
2.6 Joaquim Teixeira Pena, nascido no dia 6 de agosto de 1856;
2.7 Francisca da Silva Pena, batizada com nove meses de idade,
no dia 20 de maio de 1861, na matriz de São José de Leonissa (Itaocara) e ali
casada às 11 horas da manhã de 7 de novembro de 1877 com Carlos Augusto, viúvo
de sua irmã Florisbela.
O casal teve:
3.1 Lauro, nascido em Itaocara a 26 de agosto de 1878 e batizado por Joaquim José Teixeira Pena e Ambrosina Augusta do Nascimento.
2.8 Miguel Teixeira Pena Jr., nascido em 1857.
2.9 Maria, batizada com um ano de idade no dia 14 de junho de 1859. Faleceu a 25 de novembro de 1870.
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