GENEALOGIA PAULISTA
Fontes Primárias - Descrição

        Para uma visão mais detalhada do conteúdo geral dos diversos documentos que servem de fonte de pesquisa genealógica, visite a Apresentação deste espaço.

        Os documentos religiosos são geralmente arquivados nas igrejas paroquiais e arquivos diocesanos. Os principais deles são os livros de registros de batizados, de casamentos e de óbitos. Há livros distintos para pessoas livres e pessoas cativas. Em São Paulo, a documentação religiosa pode ser encontrada nos arquivos das Cúrias locais, sendo que o Arquivo Arquidiocesano guarda também:

• Os processos de dispensas matrimoniais a partir de fins do século XVII;
• os processos de genere et moribus, que examinava a vida dos candidatos ao sacerdócio no bispado;
• os processos de divórcio;
• inúmeros livros de assentos e de registros relativos a paróquias da cidade de São Paulo e adjascências;

        Os documentos cartorários compreendem o conjunto de papéis arquivados nos cartórios, a saber, processos de inventários, livros de notas dos tabeliães (onde se registram as compras e vendas de terras, as doações de bens em dote para as filhas casadouras, as procurações, os alugueres de terras e outros atos jurídicos do gênero), os processos para apuração da autoria de crime e os processos de indenizações cíveis por danos causados a terceiros. Os processos cartorários mais antigos estão guardados no Arquivo do Estado de São Paulo (séculos XVI a XVII) ou no Arquivo da Vila Leopoldina (fins do século XVIII em diante).

        Os documentos oficiais estão basicamente guardados no Arquivo do Estado. Em particular, se destacam as Atas de Vereança, processos crimes e registros paroquiais de terras. Outra coleção interessante de fontes genealógicas são os livros de sepultamentos em cemitérios públicos, que informam nomes, causa mortis, idades e parentescos dos mortos. Dizem também qual o cartório que registrou o óbito, nos quais se pode encontrar muitas outras informações sobre o falecido. Tais livros são guardados nos arquivos dos próprios cemitérios a partir do início do século XX. Aqueles entre o final do século XIX e o século XX estão no arquivo municipal situado no Viaduto Maria Paula. Os livros dos óbitos ocorridos entre o início dos sepultamentos em cemitérios públicos e o final do século XIX estão no Arquivo Histórico Municipal Washington Luiz, da Prefeitura do Município de São Paulo.

        Quanto aos jornais, convém registrar que o Arquivo do Estado de São Paulo guarda diversas coleções de jornais, alguns de circulação restrita.

        Dentre as coleções particulares mais interessantes está o Arquivo Aguirra, estabelecido no prédio do Museu do Ipiranga, uma coleção de fichas resumindo processos cartoriais do século XIX. Nesse arquivo há também algumas excentricidades, como alguns dos livros paroquiais de Porto Feliz (séculos XVIII e XIX).

Criado e administrado por Marco Polo T. Dutra P. Silva