Quando da ocupação portuguesa do território de Cabo Frio, foi ali erguida uma capela a Santa Helena, para servir de matriz.
Junto à barra da Passagem foi ereta em 1615 por Manuel Pereira Pinto uma capela a N. Sra. da Assunção, que atendia às populações de pescadores, salineiros e pecuaristas da Ponta Negra, Saquarema, Bacaxá, Cabo de Parati, São Mateus, Búzios e Macaé. A capela foi elevada a sede paroquial por Alvará de 13 de novembro de 1615.
Foi sede de uma Vara Eclesiástica que abrangia as freguesias de Cabo Frio, Iraruama, Saquarema, Aldeia de São Pedro, Sagrada Família de Ipuca e Lapa de Capivari.
A freguesia original se estendia da Ponta Negra e Saquarema até o Espírito Santo, então limitado ao sul pelo rio Itapemirim. Mais tarde, no século XIX, o limite norte passou a ser a freguesia de N. Sra. do Desterro de Capivari. Ao sul, dividia-se com N. Sra. de Nazaré de Saquarema e no oeste com São João de Itaboraí. Quando Rio Bonito se destacou de Itaboraí, em 1760, passou a ser esta o limitante oeste da freguesia.
A situação novamente se alterou quando em 1799 foi criada São Sebastião de Iriruama e em 1801, quando criada N. Sra. da Lapa de Capivari.
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
(desconhecidos) | |||
VIGÁRIOS | |||
João Pereira | colado | >a.1675-1679 | |
Antônio Pereira Pinto | >1679-1681 | ||
Antônio de Pina | >1681-1685 | ||
Lucas da Conceição, frei (1) | >1686-1691 | ||
Miguel Luís Freire, doutor | comissionário do vigário | >1691 | |
Simão de Souza Ribeiro | >1692-1709 | ||
João de Deus, frei | >1710 | ||
Manuel Correia (2) | >1711-1714 | ||
João de Deus | >1714-1715 | ||
Rosendo do Rosário, frei | >1715-1716 | ||
João de Santa Maria Moura, frei | >1716 | ||
Francisco Correia Vidigal | >1717 | ||
Rosendo do Rosário, frei | >1718-d.1719 | ||
José Pereira Sodré | colado | >1720-d.1727 | |
Francisco Correia Vidigal | >1732 | ||
Antônio Ribeiro do Amaral | encomendado | >1733-d.1736 | |
José de Souza Barreto | colado | >a.1750-1782 | |
Narciso Freire de Jesus (3) | colado | >1782-1798 | |
Manuel de Almeida Barreto | colado | >1798-1805 | |
Antônio Pereira Ribeiro | >1805 | ||
Manuel de Almeida Barreto | >1806-1821 | ||
Antônio Gonçalves Dias | encomendado | >1823 | |
Miguel Lopes de Castro | >1823-1847 | ||
José Francisco Marques | encomendado e depois colado | >1847-1895 | |
Antônio Martucci | >1895-1896 | ||
Alexandre Perilli | >1896-1897 | ||
Antônio Martucci | >1897 | ||
Cipriano Bernhard (ou Bernhanz?), doutor | >1897-1898 | ||
Antônio Chiormonte (4) | interino | >1898-1899 | |
José Joaquim de Brito, cônego | >1899-1907 | ||
Vicente (Fenera) Gallade | >1907-1913 | ||
Henrique Ambrósio Mayer | >1913 | ||
Urbano C(...) Martins | >1913 | ||
Domingos da Rocha Mendes | encarregado da paróquia, depois vigário | >1914-1916 | |
Paulo Stamile | >1916-1917 | ||
José Duarte Nunes | >1917-939 | ||
Afonso (Jonges?) | >1939-d.1944 |
(1) Neste período alguns padres assinaram os assentos paroquiais, sem dizerem-se vigários. Além do frei Lucas, há assinaturas também do padre Antônio de Pina, do padre Mateus da Silveira de Ávila (em1689), do frei Bento da Piedade, do doutor Miguel Luís Freire (como comissionário do vigário);
(2) Em 1711, assinava como vigário o padre Manuel Correia (RJ00.M1, HM 73.423). E em 1714, assinava como vigário o frei João de Deus (RJ00.M1, HM 73.408). Em 1717 era vigário confirmado o padre Francisco Correia Vidigal (RJ00.M1, HM 77.365);
(3) Em 1795, talvez o vigário já estivesse doente, pois entre abril desse ano e maio de 1798, o coadjutor João Manuel da Costa e Castro assinava os assentos de batismos. Em maio e parte de junho, ele assinou como vigário encomendado. A partir de junho, voltou a assinar como coadjutor. E em janeiro de 1800, a função passou a ser exercida pelo coadjutor Silvestre Luís Barbado;
(4) O frei Diogo Freitas batizava em 1898 e 1899 sempre com licença do Bispo diocesano. Talvez pelo afastamento do vigário;
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