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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de Santo Antônio

Histórico

 

Uma aldeia indígena foi criada pelos frades capuchinhos franceses em 1659 defronte à vila de São Salvador. Em 1675, os nissionários italianos frei Giacomo e frei Paolo levaram os índios para aldeá-los perto da foz do rio Muriaé. Quando esses frades faltaram, o Rio de Janeiro enviou religiosos franciscanos para administrar a aldeia, que os estabeleceram na sesmaria obtida em 1672 pelos frades para nela aldearem os índios guarulhos do território ao norte do rio Paraíba. Nelas ergueram uma capela com o orago de Santo Antônio.

Era capela curada nos tempos do bispo Alarcão.

Em provisão de 3 de janeiro de 1759, foi elevada à categoria de paróquia amovível. Seu território original se resumia ao entorno da aldeia dos índios. Em edital de 11 de setembro de 1763, o bispo agregou a ela os moradores do Fundão para cima, os do lugar das Frexeiras e os do sertão do Nogueira, que antes pertenciam a São Salvador. Com isso, sua jurisdição ia do rio Paraíba ao Itabapoana e da freguesia de São João da Barra até a serra do Mar.

O cura padre Ângelo Pessanha levantou uma nova capela de pedra e cal na paragem de Laranjeiras, légua e meia abaixo do primeiro cachoeiro do Paraíba.

Um alvará de 22 de dezembro de 1795 tornou coladas todas as igrejas em aldeias indígenas.

Quando o padre Pessanha foi mandado para Minas Gerais, a aldeia foi desfeita, mas a igreja continuou servindo aos moradores da região.

O território da freguesia mais tarde foi diminuído com a criação das freguesias de Natividade do Bom Jesus, Monte Verde (Cambuci), Bom Jesus de Itabapoana e, por fim, de São José do Avaí (Itaperuna).

Mais recentemente perdeu outras porções, com a criação da freguesia de N. Sra. da Penha de Morro do Coco e e de São José do Avaí.

Por ficar longe do centro urbano campista, que passou a povoar também a margem setentrional do rio, o vigário cônego Pessanha Batista convenceu alguns fazendeiros a construir nova igreja defronte à cidade. Uma subscrição foi lançada entre 1853 e 1855. Uma primeira pedra foi conduzida em canoa enfeitada ao terreno comprado pelo mesmo Barão a seu genro e doado à Mitra. Em 6 de setembro de 1874, a nova igreja foi concluída e inaugurada para servir de sede da paróquia.

Em 1935, a paróquia já era assistida por padres agostinianos.

O distrito é hoje chamado de Guarus, para diferenciá-lo do município de Guarulhos (SP).

 

Limites

 

Seu território original se resumia ao entorno da aldeia dos índios. Em edital de 11 de setembro de 1763, o bispo agregou a ela os moradores do Fundão para cima, os do lugar das Frexeiras e os do sertão do Nogueira, que antes pertenciam a São Salvador. Com isso, sua jurisdição ia do rio Paraíba ao Itabapoana e da freguesia de São João da Barra até a serra do Mar.

 

Capelas

 

  • N. Sra. da Penha, em Morro do Coco. Depois elevada a freguesia;
  • São José do Avaí, em Itaperuna. Também virou freguesia;
  • N. Sra. da Natividade, junto ao rio Carangola. Elevada a sede de freguesia;
  • Bom Jesus de Itabapoana, que depois foi freguesia;
  • N. Sra. da Conceição do Travessão, no chamado Sertão do Nogueira;
  • Divino Espírito Santo;

 

Oratórios

 

  • sem informação

 

Conventos

 

  • sem informação

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
João Rabelo de Cária    
Ângelo Pessanha    
VIGÁRIOS
Antônio José Pereira Carneiro, dr.   1764
José de Morais    
Antônio Ramos de Macedo   1772
Francisco de Matos Pereira   1778-1779
José da Cruz Domingues   1780
Manuel Pereira da Mota   1784
(alguns vigários desconhecidos)    
Roque José Gomes colado 1808-d.1811
João Francisco Caldas colado (...)-1815
João José da Silva Pessanha Batista, cônego   a.1846-1860
Manuel Florentino Cassiano de Campos encomendado 1860
Joaquim José Pacheco Guimarães   1860-1900
Cândido Marinho de Oliveira, cônego   1900-1906
Frederico Rabble Keller    
Luís Salomondi    
José Chiaromonti    
Paulo di Santi    
Abílio Mendes   1935
Oto Campos Braga   1995

 

Fontes

 

  • ARAÚJO, monsenhor José de Souza de Azevedo Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Provincias Annexas à Jurisdicção do Vice-Rei do Estado do Brasil, dedicadas a El-Rei Nosso Senhor D. João VI, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1820, vol. IV, pp. 22 e ss.;
  • CARVALHO, Augusto, Apontamentos para a História da Capitania de São Thomé, Tipogr. e Litogr. de Silva, Carneiro & Cia., Campos dos Goytacazes, 1888;
  • COUTO REIS, Manoel Martins, Manuscritos Descrição Geográfica, política e Cronográfica do Distrito dos Campos dos Goytacazes (1785), Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011, pp. 102, 105 e 141;
  • COSTA ABREU, Antonio Izaías da, Municípios e Topônimos Fluminenses-Histórico e Memória, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994, p.195;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994,
  • SILVA, José Carneiro da, Memória Topographica e Histórica sobre os Campos dos Goytacazes, Imprensa Régia, Rio de Janeiro, 1819, p. 21;
  • SOUSA, Horácio, Cyclo Áureo-História do Primeiro Centenáro de Campos 1835-1935, Ed Damadá, Artes Gráficas e Editora Ltda, Itaperuna (RJ), 1935;
  • Anuário da Diocese de Campos, ano 1995, p. 18;
  • BIBLIOTECA Nacional, Manuscritos, Relação do Capitão Mor João José de Barcelos Coutinho, 1779, cód. 9-2-11, n° 9;

 

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