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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de N. Sra. do Desterro

Histórico

 

No século XVI os jesuítas receberam do rei D. Sebastião terras para nelas estabelecerem aldeias indígenas, como a aldeia de Cabuçu, depois passada a José Coelho e que em fins do século XVIII ainda era conhecida como Aldeia Pequena, e a de São Barnabé.

Às margens do rio Itambi foi erguido ainda no século XVI um oratório, jurisdicionado primeiramente pela freguesia da Candelária, no Rio de Janeiro, e depois pela paróquia de Santo Antônio de Sá. Medidas as terras da aldeia de São Barnabé, o oratório ficou entro do perímetro da sesmaria. Descontente, o povo decidiu abandoná-la e a pia batismal foi transferida para a ermida de N. Sra. do Desterro, fundada por Gonçalo Teixeira Tibáo em sua fazenda, muito antes de 1627.

Em 1601, João Gomes comprou o sítio do padre (...) Machado, cura da capela do rio abaixo do Porto das Pedras. O rio referido era o Macacu e o porto depois passou a se chamar Porto da Vila Nova.

Em 1655, F. Sampaio, senhor do engenho de Itambi, mudou a sede de suas terras e engenho para o Ribeirinho local. Na sede antiga deixou a capela de N. Sra. do Desterro e na nova sede ergueu uma capela a N. Sra. da Conceição.

A capela do Desterro foi doada para ser sede paroquial. O relato do padre visitador José de Souza Ribeiro de Araújo, que esteve em 1733 no lugar, ainda, chamava a igreja do Desterro de capela curada. Ela teria sido elevada a sede paroquial por Portaria de 15 de novembro de 1759.

 

Limites

 

Tinha como divisa a freguesia de Santo Antônio de Sá e com São Gonçalo. Depois, passou a se confrontar também com a de São João de Itaboraí. O bispo D. Antônio do Desterro atendeu ao povo morador no Porto das Caixas e transferiu a região do Barro Vermelho para a freguesia de Itaboraí.

 

Capelas

 

  • N. Sra. da N. Sra. da Conceição, no Ribeirinho. Ereta em 1655 por F. Sampaio , quando este mudou a sede de suas propriedades. Ele foi sucedido por seu sobrinho cap. João de Souza Lobo. Nas Memórias Históricas..., o mons Pizarro apresenta como fundador Estêvão Manuel Tourinho, na margem do rio Macacu. A fazenda e a capela passaram a Antônio de Sampaio, que a reedificou em autorização episcopal de 4 de abril de 1772 e a embelezou. Também singularizou-a em um Breve Apostólico, o que permitiu o uso de sacrário. João de Souza Lobo foi sucessor e herdeiro do Macedo.;
  • N. Sra. do Carmo, antes Santa Ana. Ereta pelo capitão Domingos Luís Lousada. Em 1794 era administrada pelo capitão Brás Carneiro Leão;
  • N. Sra. da Glória, do padre Francisco da Fonseca Barreto;
  • uma capela curada sem identificação. Dela foi capelão o padre F. Machado. Depois, ela foi transferida para a jurisdição da capela de Itambi;

 

Oratórios

 

  • sem informação

 

Conventos

 

  • sem informação

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
(...) Machado

 

1601
Gregório Pereira Mouzinho

 

1674-1678
Gaspar Pereira Jardim   1678
Gregório Pereira Mouzinho   1679-1684-
Domingos Rabelo   1684-1689
Manuel Ribeiro de Oliveira   1689-1693
Ventura de Alvarenga Mariz   1693-1702
João Barbosa   1702-1704
José da Fonseca Rangel   1704-1711
José Pereira Sodré   1711-1719
Custódio Cardoso Cortês (1)   1719-1721
Zeferino de Andrade Costa   1721-1723
Florêncio Cide da Rosa   1723
Manuel Brás Cordeiro   1723-1724
José Mendes   1724-1738
Zeferino de Andrade Costa   1738-1742
Henrique de Souza Caldas   1742-1745
Manuel de Morais Pequeno   (...)-1746
VIGÁRIOS
Zeferino de Andrade Costa encomendado e depois colado a.1748-1762
Nicolau Antunes de Alvarenga Matos   (...)-1764
Joaquim Nunes Cabral encomendado e depois colado 1764-1770
Marcelo Correia de Macedo encomendado (...)-1771
Manuel Álvares de Carvalho encomendado e depois colado (...)-1774
Antônio Lopes de Amorim encomendado (...)-1776
João da Costa Pereira encomendado (...)-1777
Bartolomeu Martins da Mota encomendado 1779-1782
Antônio Pedro Laet encomendado 1782-(...)
José Borges Barreto e Pinto encomendado e depois colado (...)-1816
Joaquim de Santa Ana e Silva   1806
Joaquim José da Costa   1826
Manuel Simões da Fonseca   1848
João Inácio de Mesquita   1851-1859
José Emídio Jorge de Lima colado 1860-1863
Tito Pereira de Carvalho colado 1864-1865
Joaquim Freire de Azeredo Coutinho   1866-1877
Rufino José Álvares encomendado 1878-1879
Joaquim Freire de Azeredo Coutinho encomendado 1879-1890
Antônio Martucci   1899-1902
Joaquim Mariano de Castro Araújo   1903-1907
Egídio Cavuoti   1907-d.1936

(1) Ele transcreveu o livro de batismo de 1675 a 1702, posto que o original estava todo desbaratado de cupim.

 

Fontes

 

  • Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, O Rio de Janeiro nas Visitas Pastorais de Monsenhor Pizarro - Inventário da Arte Sacra, vol. II, p. 183;
  • ARAÚJO, monsenhor José de Souza de Azevedo Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Provincias Annexas à Jurisdicção do Vice-Rei do Estado do Brasil, dedicadas a El-Rei Nosso Senhor D. João VI, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1820, vol. II, pp. 107 e ss.;
  • COSTA ABREU, Antonio Izaías da, Municípios e Topônimos Fluminenses-Histórico e Memória, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994, p.197;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994;
  • Arquivo da Cúria Metropolitana de Niterói, livros paroquiais;

 

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