O povoamento da região iniciou-se no século XVI, com a ocupação das margens do rio Macacu. A freguesia de Santo Antônio de Caceribu foi criada em 1647 e dentro dela, no Traimirim (depois Papucaia), logo foi ereta uma capela à Santíssima Trindade. Esta foi elevada á condição de capela curada em 10 de agosto de 1675, como informado no rosto do primeiro livro de batismos dela.
A igreja se arruinou e em 1727 e o povo foi estimulado a reerguê-la, sem resultados. Em 1737, foi deliberada sua restauração e a 3 de maio de 1743 ela recebeu todo o acervo da igreja velha e foi benta. Ampliações posteriores foram feitas, como a de 1755, quando foi aumentada. Por alvará real de 26 de janeiro desse mesmo ano, entrou no rol das igrejas paroquiais perpétuas, embora antes disso alguns capelães se assinassem como vigários.
Entre 1831 e 1835, por conta de uma febre endêmica conhecida como Febre de Macacu, provavelmente malária e febre amarela, houve grande perda de vidas e um significativo processo de êxodo rural, tendo se desorganizado as atividades produtivas na região.
Por Decreto Geral de 7 de agosto de 1834, foi dela desmembrada a freguesia de São José da Boa Morte, no Subaio (ibidem).
Em 1856, a Lei Provincial n° 517, de 4 de maio desse ano, desmembrou a capela de Santa Ana, em Japuíba, nas terras cedidas por Zózimo Ferreira da Silva, elevando-a a sede paroquial. No entando, a Lei Provincial n° 705, de 9 de outubro do mesmo ano, revogou o desmembramento, restituindo os antigos limites, mas mudou a denominação da freguesia para Santa Ana de Macacu e transferiu a matriz para o arraial de Santa Ana. Por fim, a Lei Provincial n° 883, de 30 de setembro de 1856, restabeleceu a invocação da Santíssima Trindade.
Em 1868, devido às febres na região, a sede do município e a igreja matriz passaram definitivamente para a vila de Santa Ana, em Japuíba, e a freguesia da Santíssima Trindade deixou de existir.
Em 1794, seus limites eram a freguesia do Santíssimo Sacramento de Cantagalo (ao norte) e as freguesias de Santo Antônio de Sá e da Madre de Deus (ao sul).
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
José Pereira | 1675-1677 | ||
Luís Ferreira Barbosa | 1683-1705 | ||
Manuel da Costa Moreira | 1705-1707 | ||
Luís Ferreira Barbosa | 1707-1719 | ||
João Álvares de Azevedo | 1722 | ||
Salvador de Sá | 1722-1723 | ||
Manuel Soares | 1724 | ||
Manuel da Costa Moreira | 1725 | ||
Salvador de Sá | 1726 | ||
João Clemente | 1729 | ||
José Rodrigues Paixão | 1731-1741 | ||
Anastácio Rodrigues de Barros | 1743 | ||
Bento Ferreira Pinto | |||
VIGÁRIOS | |||
Manuel da Silva Coelho | colado | 1755-1757 | |
José Ferreira da Silva | colado | 1758-1775 | |
Rodrigo Leite de Oliveira | colado | ||
Antônio José de Oliveira | encomendado | 1780 | |
Lourenço Córi | colado | 1781 | |
João Nogueira Duque | 1786 | ||
Antônio Joaquim Mariano Álvares de Castro | encomendado e depois colado | 1794-1829 | |
Manuel da Costa Gonçalves | 1829-1830 | ||
Francisco Fernandes de Amorim | 1830-1838 | ||
Francisco Antônio Soares de Medeiros (1) | 1838-1853 | ||
Virtulino Bezerra Cavalcanti | 1853-1856 | ||
Tito Pereira de Carvalho | 1856-1861 | ||
José Narciso Pereira | encomendado | 1861-1863 | |
José Emídio Jorge de Lima | colado | 1864-1868 |
(1) O Almanak Laemmert ainda o assinalava como vigário da Santíssima Trindade em 1855;
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