Nos primórdios da exploração do norte da baía de Guanabara, foi criada a aldeia de São Barnabé para abrigar parentes e amigos dos índios da aldeia de São Lourenço, que teriam chegado de outras regiões próximas. Tendo em vista que as terras doadas pelos portugueses eram poucas, requereram terras da banda d’além do rio Macacú para constituir uma nova aldeia.
Inicialmente foi instalada em terras do Colégio, em Cabuçu, mas foi transferia para a região do Macacu. As terras foram concedidas em 1578 por despacho de Salvador Correia de Sá.
Em 1583, os próprios índios solicitaram a confirmação da sesmaria, que lhes foi concedida no mesmo ano em Lisboa. Foi administrada por jesuítas e reunia, além dos índios temiminós, os moromomins, goitacazes, entre outros. É provável que os índios tupiniquins e tupinambás também tenham vivido em São Barnabé, já que haviam se misturado com os temiminós nas aldeias no Espírito Santo.
Há pouca informação sobre a supressão da aldeia de São Barnabé.
Ali foi ereta uma capela nas terras baixas, nas vizinhanças do rio Macacu. Mas em pouco tempo, tais terras foram consideradas inadequadas à agricultura e os fazendeiros levaram suas roças para terras mais altas e, com elas, a antiga capela, dando origem à freguesia de Itambi.
De pronto, as terras baixas perderam valor. Tempos mais tarde, as terras baixas voltaram a ter valor econômico e os jesuítas passaram sua aldeia para lá, na paragem de Cabuçu, a cerca de 2 km da foz do rio Macacu, e nela ergueram uma outra capela, esta em louvor a São Barnabé, completada em 1705, conforme inscrição lapidária.
As terras e a capela ficaram com os jesuítas até a extinção da ordem, em 1759. Com isso, os índios se foram para a Aldeia Velha, terra que antes ocupavam.
Ordem Régia de 8 de maio de 1758 determinou que as aldeias antes administradas pela Companhia de Jesus fossem elevadas a paróquias, conduzidas por clérigos seculares.
Em 15 de novembro de 1759, o bispo elevou a capela a sede paroquial. Junto à igreja ficou a Vila Nova de São José del Rei (criada por alvará de 21 de agosto de 1772), posteriormente incorporada ao município de Itaboraí.
Ordem de 22 de dezembro de 1795 a elevou à classe das igrejas permanentes.
Encravada na freguesia de N. Sra. do Desterro de Itambi.
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
(desconhecidos) | |||
VIGÁRIOS | |||
Narciso Pinto Lobato | 1759-1768 | ||
Eusébio da Silva Barbosa | 1768-1773 | ||
Antônio Lopes de Amorim | 1773-1777 | ||
José de Oliveira Barreto | 1777-1778 | ||
João de Almeida Cardoso | 1778-1780 | ||
Luís Inácio de Pina | 1780-1781 | ||
João da Costa Pereira | (...)-1781 | ||
Manuel Teixeira de Paiva | 1792-1795 | ||
Joaquim José da Silva (1) | 1795-(...) |
(1) Renunciou à vigararia em 1806 para paroquiar a ilha de Paquetá, mas esta freguesia não foi confirmada.
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