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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de N. Sra. da Piedade

Histórico

 

O Almanak Laemmert diz que João da Mota obteve uma sesmaria em 7 de setembro de 1565 na banda de além da baía de Guanabara e ali teria erguido uma capela. Mas a versão mais aceita é a de que o capitão João Dantas erigiu por volta de 1640 uma capela a N. Sra. da Piedade no Magepe, sobre um monte próximo ao mar, no fundo da baía de Guanabara, na paragem depois conhecida como Piedade Velha. Ela foi curada pelos anos 1650.

Alvará de 18 de janeiro de 1696 elevou a capela à condição de sede paroquial, com natureza colativa.

Depois de 1737, os frades carmelitas se meteram de posse da igreja em 100 braças das terras doadas por João Dantas à igreja, bem como de outras 200 braças de terras de mar a mar, doadas por d. Maria Dantas à mesma igreja. Ela também foi benfeitora do Convento do Carmo, ao qual deixou em testamento a fazenda de Iriri.

A igreja matriz arruinou-se com o tempo e foi refundada uma légua distante da localização original, em 50 braças terras para isso doadas por d. Joana de Barros, viúva do capitão Inácio Francisco de Araújo, na paragem do Caminho Grande. Tal doação foi escriturada em 21 de dezembro de 1754. O bispo emitiu provisão em 10 de agosto de 1748 autorizando a obra, que foi concluída em 1749 ou 1750.

A freguesia de N. Sra. da Piedade de Magé jurisdicionava também a ilha de Paquetá.

O capitão Sebastião Pereira Lobo e sua esposa Maria Dantas doaram, a título de esmola, 40 braças de terras em quadro a Inês Dias da Silva. Esta doou tais terras aos párocos de Magé em seu testamento, com a condição de que 2 partes dos rendimentos de tais terras seriam destinadas a missas por alma dela e de seu primeiro marido Francisco Correia.

 

Limites

 

A freguesia chegava em sua fundação até a serra dos Órgãos, onde divide com N. Sra. da Piedade de Inhomirim. Passando pelos limites com N. Sra. da Ajuda de Aguapeí-mirim, continua pela serra, pelas três fazendas que foram de João do Couto e que por sua morte passaram ao coronel de milícias João Bento. A leste, alcança a freguesia de São Nicolau de Suruí e a barra do rio de Magepe. Toca a freguesia de São Gonçalo nas ilhas Jerobaíbas.

 

Capelas

 

  • Santa Ana, em Iriri. Em 1794, estava na fazenda do capitão mor Domingos Viana de Castro;
  • N. Sra. de Nazaré, também em Iriri. A requerimento de Manuel Ferreira Feital e sua esposa Antônia de Alvarenga, foi criada por um breve apostólico de Clemente XII, de 14 de julho de 1733, nas terras deles. Foi benta em 15 de dezembro de 1734. Em 1794 estava na fazenda de José dos Santos;
  • Santo Aleixo, junto à serra. Fundada a pedido de José dos Santos Martins na fazenda que herdaram de seu pai João Martins de Oliveira. Ereta após provisão de 4 de setembro de 1743 e benta em abril de 1747;
  • Santa Ana, dos carmelitas. Em 1794 estava arruinada e foi interditada;
  • São Roque, na ilha de Paquetá. Fundada em 24 de novembro de 1698 pelo padre Manuel Antunes Espinha. O povo a reedificou em 1747. Manuel Ferreira Camelo intitulava-se padroeiro e quis impedir, sem sucesso, o conserto da sacristia dela. Foi capela da efêmera freguesia do Bom Jesus do Monte;
  • Senhor Bom Jesus do Monte. Fundada pelos anos 1758 por José Cardoso Ramos, em terras que ele doara para o patrimônio dela no dia 25 de novembro desse ano. Originalmente de pau-a-pique, foi renovada em 1770 em tijolo. Com a notícia de que sua capela poderia ser elevada a sede paroquial, José Cardoso deu a ela outra porção de terras em 12 de junho de 1769. De fato, ela ganhou o status de sede de freguesia em edital de 21 de junho de 1769, desanexada de N. Sra. da Piedade de Magé. A ela foram anexadas as ilhas Jerobaíbas e o território de Itaoca (então pertencente à freguesia de São Gonçalo). Foram párocos os padres José da Silva Furtado e João de Araújo de Macedo. Por oposição do vigário de São Gonçalo e outros, ela foi revertida à condição de capela, pois o povo pobre não conseguia sustentá-la como igreja matriz;

 

Oratórios

 

  • dos carmelitas, em Iriri;
  • do capitão José da Costa Barros;
  • de José Gomes Costa Pacheco e esposa Sebastiana Joaquina da Silva, na ilha de Paquetá. Aprovada por breve de 2 de abril de 1787, que beneficiava o casal e seus filhos Manuel Gomes da Costa e Francisca Joaquina das Dores;
  • do engenho dos Prazeres, do capitão José da Costa Barros Rocha do Amaral;

 

Conventos

 

  • sem informação

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
Manuel Álvares Cortês   1669-1675
VIGÁRIOS
Salvador de Lemos   1675-1689
Miguel Antunes Espinha, licenciado   1689-1691
Simão de Vasconcelos (1)   1691-1695
José de Carvalho encomendado e depois colado 1695-d.1697
Antônio Gomes Homem colado 1700-(...)
Baltazar de Oliveira (2) colado 1701-1745
Henrique de Souza Caldas encomendado 1745
José de Oliveira encomendado 1746
Manuel Peixoto de Vasconcelos encomendado 1747
José Francisco de Faria encomendado 1747
João Mendes da Silva encomendado (...)-1750
Antônio de Almeida e Silva colado 1750-1752
José Teixeira encomendado 1752-1753
Antônio de Almeida e Silva colado 1753-1755
Eusébio de Matos Henriques colado 1755-1756
José de Oliveira colado 1756
Simão José de Oliveira encomendado (...)-1771
Felipe de Siqueira Unhão colado 1771-1785
Nicolau de Jesus Teixeira encomendado 1785-1786
Baltazar dos Reis Custódio colado 1786-(...)
José Gomes Sardinha    
Bento José Caetano Barroso Pereira   1789-1791
Bento José Ferreira da Mata encomendado 1792-(...)
João Luís Bezerra Cavalcanti   a.1846-1853
João Pedro do Espírito Santo Leitão   1854-1856
Agostinho de Matos Rocha   1858-1887
João Felipe Pinheiro, cônego   1888
Miguel Rogério (3) encomendado 1893-1896

(1) Com impedimentos, era substituído pelo licenciado Miguel Antunes Espinha;

(2) Nos banhos (RJ00.M1, HM 76.5580), foi chamado de BELCHIOR de Oliveira;

(3) Acumulando com a função de vigário de N. Sra. da Ajuda de Guapimirim;

 

Fontes

 

  • Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, O Rio de Janeiro nas Visitas Pastorais de Monsenhor Pizarro - Inventário da Arte Sacra, vol. II, p. 99;
  • ARAÚJO, monsenhor José de Souza de Azevedo Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Provincias Annexas à Jurisdicção do Vice-Rei do Estado do Brasil, dedicadas a El-Rei Nosso Senhor D. João VI, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1820, vol. III, pp. 150 e ss.;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994;
  • COSTA ABREU, Antonio Izaías da, Municípios e Topônimos Fluminenses-Histórico e Memória, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994, p. 199;
  • BIBLIOTECA NACIONAL, Hemeroteca Digital, jornal A Assembléia Legislativa do Espírito Santo, ed. 1732, de 23 de agosto de 1888;

 

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