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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de São Nicolau

Histórico

 

Nicolau Baldim mandou erguer em seu engenho no Goia, perto do rio Suruí, uma ermida a São Nicolau, com patrimônio escriturado em 6 de novembro de 1628.

Uma outra capela, dedicada a N. Sra. de Copacabana, também existia em Suruí. Ela já estava em uso em 1647. No livro de óbitos n° 4 da freguesia de São Sebastião do Rio de Janeiro, a testadora Joana Correia, falecida em dezembro de 1655, mandara dizer missas na dita capela. No mesmo livro, Manuel Gonçalves, falecido em 16 de dezembro de 1658, pediu para ser enterrado nessa capela. O padre Francisco Gomes da Rocha doou terras às margens da lagoa de Maguariuba para seu patrimônio em 24 de setembro de 1669. Porém, talvez por ter-se arruinado, a pia batismal foi transferida para a ermida de São Nicolau.

A igreja foi elevada, antes de 1688, à natureza de capela curada, subordinada à freguesia de N. Sra. da Piedade de Magé.

Arruinada pelo tempo, uma outra igreja foi erguida ao mesmo santo no alto de um morro, em terras do capitão Félix de Proença de Magalhães  e sua mulher Águeda Gomes de Parada, com autorização de 4 de agosto de 1708 do bispo d. Francisco de São Jerônimo. Para lá foi transferida a pia batismal, quando as obras acabaram depois do falecimento do proprietário.

Talvez a instalação da freguesia tenha demorado, pois em documento de 1720, Águeda Gomes de Parada, viúva de Félix de Proença Magalhães, compradora da fazenda onde estava a igreja, a tratava como capela curada. Monsenhor Pizarro atribui este tratamento por ser ela freguesia encomendada e não colativa.

Por falta de rendimentos, as terras e a capela foram vendidas em 3 de agosto de 1705 a Romão de Campos Souza. Quando Romão faleceu, o vizinho Nicolau Viegas de Proença comprou aos herdeiros do finado.

Ao morrer Nicolau, as terras passaram a seus herdeiros, que se apropriaram também de uma tribuna ao lado da capela, por onde a família poderia assistir às liturgias, mas não podiam ser tratados como padroeiros.

Em alvará real de 29 de novembro de 1750, ela foi elevada à natureza de colativa. Nas Memórias Históricas..., afirma-se que alvará de 11 de janeiro de 1755 a elevou à classe das paróquias permanentes.

O mesmo Monsenhor Pizarro disse ter ouvido que a casa dos Proença junto à igreja tinha se decaído em local de prostituição às pessoas da família. Por isso, o monsenhor mandou tapar a tribuna com uma parede de pedras, uma vez que os Proenças não lhe queriam dar as chaves da casa anexa, nem deixar delas fazer cópia.

 

Limites

 

Serra acima dividia-se com N. Sra. da Piedade de Inhomirim. A leste, conforntava-se com N. Sra. da Piedade de Magé. A oeste com N. Sra. da Guia de Pacobaíba. Ao sul com a mesma Guia de Pacobaiba e Piedade de Inhomirim.

 

Capelas

 

  • N. Sra. de Copacabana. à qual já nos referimos acima. Moradores da região ainda se lembravam dela no alvorecer do século XIX;
  • N. Sra. da Conceição. Erguida por Antônio Nunes da Costa Paquetá e sua mulher Bárbara Correia e provida em 1720. Domingos Jorge Santarém comprou a fazenda na qual estava a capela. Sua viúva Maria de Souza ficou sua sucessora. Porém, sem rendas, a capela se deteriorou e foi devoluta ao povo. Reedificada em 1784 pelo capitão Luís de Souza Vaz e outros devotos, com provisão episcopal ordinária de 23 de abril de 1784. Em 4 de dezembro de 1794, a administração dela foi passada ao capitão Vaz;
  • São Francisco. Fundada por Francisco Dias Machado e sua mulher Isabel Esteves na fazenda que tinham. Já inexistente em fins do século XVIII;

 

Oratórios

 

  • de Manuel José de Oliveira. Em 27 de agosto de 1787, ele e a esposa d. Rosa Maria Felícia conseguiram um breve para ter oratório em sua casa. Nela foi encomendado o padre Pedro de Alcântara e Souza, filho do casal.

 

Conventos

 

  • sem informação

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
(desconhecidos)   1638 a 1667
Luís Álvares   (...)-1667
Belchior Borges da Silva   (...)-1671
José de Oliveira da Fonseca   (...)-1677
João Rangel de Macedo   (...)-1682
João Gomes da Silva   1694
Miguel Luís Freire   (...)-1695
Elias Duarte Ferreira curado a. 1706-1716
João Gomes da Silva curado 1716-1720
João Dias de Carvalho   1720-1721
Miguel Antônio Ascoli   1721-1722
Pascoal Moreira Falcão (1)   1722-1723
Florêncio Cide da Rosa   1723-1724
Salvador Ferreira Mendes encomendado 1724-1728
Luís Álvares encomendado 1729-1731
Agostinho do Couto encomendado (...)-1731
Custódio Leite encomendado a.1735-1745
Luís Pinto de São Jerônimo encomendado 1745-1751
Felipe de Siqueira Unhão encomendado 1751-1755
VIGÁRIOS
José Rodrigues Ferreira colado 1756-1756
Antônio Leite Ferreira colado 1764-d.1768
João de Andrade Veiga encomendado a.1776-1778
Bartolomeu Cesário Nogueira encomendado  
João Manuel da Costa encomendado  
João Álvares de Barros encomendado  
Antônio Xavier encomendado  
Manuel da Costa Maia colado 1783-1789
Luís Bernardes Barbosa Palhares encomendado 1789
Antônio Gomes Barbosa colado 1789-d.1803
Joaquim Valério Lizardo Rego    
Antônio Delgado Pinto   a.1846-1848
Antônio de Santa Madalena, frei   1848-1850
Dionísio José da Fonseca Bravo   1850
Geminiano da Piedade Miranda, frei   1851-1852
(vago)   1853
José Rodrigues Portela   1854-1858
José Pinto dos Reis colado 1859-d.1880

(1) A partir dele, muitos dos encarregados da igreja são tratatos como vigários, sugerindo a igreja que já levava o status de freguesia;

 

Fontes

 

  • Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, O Rio de Janeiro nas Visitas Pastorais de Monsenhor Pizarro - Inventário da Arte Sacra, vol. II, p. 81;
  • ARAÚJO, monsenhor José de Souza de Azevedo Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Provincias Annexas à Jurisdicção do Vice-Rei do Estado do Brasil, dedicadas a El-Rei Nosso Senhor D. João VI, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1820, vol. III, pp. 68 e ss.;
  • COSTA ABREU, Antonio Izaías da, Municípios e Topônimos Fluminenses-Histórico e Memória, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994, p.199;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994;
  • Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro, livros paroquiais;

 

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