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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de São João Batista

Histórico

 

A igreja de São João Batista começou com uma ermida ereta em 1660 no sítio da Pedra, num morro junto ao campo de uma fazenda dos beneditinos, próximo à praia de Carií (étimo corrompido para Icaraí). Outros documentos chamam o lugar de Acaraí. Esta paragem está hoje na cidade de Niterói.

Era também conhecida como São João Batista do Saco ou como São Batista da Banda de Além, numa referência à baía de Guanabara.

Em 1683 já era curada, como consta de uma petição da Irmandade do Santíssimo Sacramento ao bispo Alarcão. Alvará de 18 de janeiro de 1696 foi criada a paróquia com natureza colativa.

O crescimento da população tornou acanhada a construção, o que motivou a mudança da pia batismal para a capela de N. Sra. das Necessidades, bem próxima a São João Batista. Logo uma nova edificação passou a ser levantada antes de novembro de 1726, concluída em 1744 e a nova igreja recebeu de volta a pia batismal e o sacrário.

Em 1726, o edifício passou por reformas e a sede da freguesia ficou sendo exercida na capela de N. Sra. das Necessidades. Em 28 de dezembro de 1744, a matriz voltou ao novo edifício.

 

Limites

 

Ao norte dividia com a freguesia de São Gonçalo e a leste com São Sebastião de Itaipu. Nas outras direções com o Oceano Atlântico e a baía de Guanabara.

 

Capelas

 

  • N. Sra. da Conceição da Praia Grande. Fundada antes de 1663 por Antônio Correia de Pina (homem pardo alcunhado de Pai Correia), como consta de escritura de 27 de agosto de 1671. Foi levantada com esmolas angariadas por Pai Correia;
  • São Domingos da Praia Grande. Levantada antes de fevereiro de 1652, como ermida, por Domingos de Araújo (falecido em 27 de fevereiro de 1652 e que deixou verbas testamentárias à igreja);
  • N. Sra. da Boa Viagem, sobre uma ilha junto à terra firme, com face à barra da baía. Era anterior à capela de N. Sra. da Conceição da mesma praia. Foi ereta por Diogo Carvalho da Fontoura, provedor da Fazenda Real no alto de um morro na paragem que chamavam Saco;
  • N. Sra. da Conceição, no saco da Jurujuba. Mais tarde, sede paroquial;
  • São Francisco Xavier, no Saco da Jurujuba. Mais tarde, sede paroquial;
  • Santa Rosa. Fundada por Pedro Barreiros de Souza, pai do vigário João Bento Barreiros de Souza. Mais tarde, o escrivão de crimes Pedro Henriques comprou a fazenda e a capela;
  • N. Sra. da Conceição de Pendotiba, no sítio Rio das Pedras. Havia uma desse orago no Engenho Velho, fundada por Gonçalo Morato, e que por desleixo se arruinou e foi substituída por esta da Pendotiba. A antiga capela tinha a graça de abrigar pia batismal para os domésticos da fazenda. A nova capela, fundada pelo capitão José Fernandes de Souza, senhor das terras onde ela se encontrava, por provisão de 12 de janeiro de 1787, foi benta em dezembro seguinte. Ela herdou o direito de ter pia batismal para seus empregados e senhores, por despacho do bispo, datado de 17 de novembro de 1795. Em 1794 era administrada pelo capitão José Dias de Castro, genro do fundador;
  • de Santa Ana. Fundada por João Martins de Brito, por provisão episcopal de 30 de dezembro de 1732, foi benta no ano seguinte. Passou pelas mãos do capitão Francisco Lopes de Souza, testamenteiro de Joaquim Martins de Brito (ou como tesoureiro dos ausentes). A capela foi restituída a Antônio Martins de Brito, juiz da Alfândega do Rio de Janeiro e irmão do falecido Joaquim Martins de Brito. Mais tarde passou ao tenente Antônio João Martins de Brito, herdeiro do juiz da Alfândega;
  • São Pedro, em Maruí. Sua construção foi concluída em 1752 pelo fundador arcediago da Sé, Manuel Pereira Correia, ou seu irmão José Pereira Ferreira , com provisão de 17 de agosto de 1751. Posteriormente passou ao capitão Francisco Vitorino Pereira e caiu em mãos do tesoureiro dos ausentes, capitão Francisco Lopes de Souza, quando os herdeiros do capitão Francisco Vitorino entraram em disputas. Em 1850, a fazenda com a capela fori vendida ao Governo do Estado, que ali instalou e cemitério público de Niteró, inaugurado em 1855 às pressas, em função da epidemia de cholera morbus;
  • N. Sra. da Conceição, na ilha de mesmo nome. Fundada com provisão episcopal de 16 de julho de 1711 a requerimento do padre Manuel Rodrigues de Figueiredo na ilha que ele recebera em sesmaria em 1688. A capela foi benta no dia 19 do mesmo mês da fundação. A administração da capela passou a seu filho padre João Rodrigues de Figueiredo. Depois foi reformada em 1766 pelo padre Sebastião Pereira de Figueiredo, herdeiro de seu irmão padre João Rodrigues de Figueiredo. Posteriormente, a capela pertenceu ao padre Inácio Pinto, vigário colado da igreja de São José, no Rio de Janeiro. Dele, passou a seu cunhado João Marques Ribeiro, escrivão do meirinho da Fazenda Real;
  • Santo Inácio ou N. Sra. da Conceição, na Armação das Baleias. Fundada pelo contratador das baleias Brás de Pina e pouco depois já estava arruinada. No mesmo local foi erguida outra capela em fevereiro de 1794 por ação de José Joaquim do Cabo e João Marcos Vieira;
  • N. Sra. da Assunção, na Prainha do Saco. Fundada por Manuel da Silveira Dutra, foi depois administrada por Francisco da Silveira Dutra e que em 1794 estava há pelo menos 12 anos sem uso;
  • N. Sra. do Pilar. Fundada por provisão de 9 de dezembro de 1706 , foi administrada por Paulo Martins Couto. Em 1794 já não mais existia.

 

Oratórios

 

  • do padre João de Santa Ana Correia Neves, por breve apostólico de 30 de setembro de 1788;
  • do mestre de campo Manuel Álvares da Fonseca Costa, no caminho para a Armação das Baleias;
  • de Luís Antônio da Silva. no Baldeador. Fora de Luís Gaspar de Almeida e, por falecimento dele, expirou a autorização, que foi pedida novamente por Luís Antônio;
  • de José Francisco Cardoso, no caminho para Pendotiba;
  • de d. Maria Sofia Cândida de Vasconcelos, em seu engenho do Fonseca;
  • de d. Rosa Maria da Cunha, no Gravatá;
  • de N. Sra. da Conceição, na fazenda de José Pereira da Silva. Em 1775 era administrada por sua viúva d. Maria Bernarda Pacheco (RJ00.M1, HM 35.503);

 

Conventos

 

  • sem informação

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
Bento Figueira   1660-1665
Antônio de Sampaio   1665-1670
José de Carvalho   1670-1672
João de Barcelos Machado   1672-1674
Mateus Marins   1674-1681
João de Mendonça   1681-1685
Lourenço Carvalho de Araújo (1)   a.1682-1691
João Álvares Maciel   1691-1694
Lourenço Carvalho de Araújo   1694-1695
João Rangel de Macedo   1695-1696
Lucas Vieira Galvão   1696-1698
VIGÁRIOS
Miguel Luís Freire encomendado e depois colado 1698-1727
Salvador Monteiro Resende encomendado 1727-1728
Antônio de Barros Cavalcanti encomendado 1728
José da Costa Peixoto encomendado e depois colado 1728-1735
Salvador Vieira de Souza encomendado 1735-1743
Antônio Francisco de Bitencourt encomendado 1743-1748
Fernando Machado de Souza encomendado 1748-1749
Francisco Esteves de Araújo colado 1749-1751
Bento José Caetano Barroso Pereira encomendado 1751-1752
José Rodrigues Ferreira encomendado 1752-1753
João Bento Barreto de Souza, bacharel colado 1754-1770
João do Bem encomendado 1770-1772
José da Costa Lopes encomendado 1772-1774
Francisco da Silva Trancoso (2) colado 1774-1784
José da Fonseca Valente encomendado e depois  colado 1788-1795
João Rebelo de Melo e Abreu (3) interino 1795-1796
José Joaquim de Ávila encomendado e depois colado 1796-1800
Luís Manuel Martins de Sá vigário substituto 1800-1801
José Joaquim de Ávila colado 1801-1828
Joaquim de Santa Ana Lamego   1828-1829-
Tomás de Aquino (4)   1829-1855
Antônio de Melo Muniz Maia (5) colado 1856-1871
Antônio Gomes Xavier (6)   1872-1873
Antônio da Imaculada Conceição, cônego   1873-1882
Manuel Correia de Figueiredo   1882
Luís Raimundo da Silva Brito, cônego   1882-1883
João Aureliano Correia dos Santos, monsenhor   1883-1903
Augusto Leão Quartim, monsenhor   1910-1916

(1) Citado como capelão curado em processo do Santo Ofício (PT00.W17, n° 134).

(2) Nas Memórias Históricas ..., diz-se que ele foi nomeado em outubro de 1771 e confirmado em fevereiro de 1772;

(3) Era coadjutor na igreja antes de assumir a vigararia;

(4) O Almanak Laemmert o dá como vigário ainda em 1858;

(5) Entre 1851 e 1856 assinava os assentos o coadjutor Francisco Manuel de Almeida Magalhães;

(6) Antes coajutor na paróquia;

(7) Em 1899 era também governador interino do bispado;

 

Fontes

 

  • Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, O Rio de Janeiro nas Visitas Pastorais de Monsenhor Pizarro - Inventário da Arte Sacra, vol. II, p. 281 e ss.;
  • ARAÚJO, monsenhor José de Souza de Azevedo Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Provincias Annexas à Jurisdicção do Vice-Rei do Estado do Brasil, dedicadas a El-Rei Nosso Senhor D. João VI, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1820, vol. III, pp. 179 e ss.;
  • COSTA ABREU, Antonio Izaías da, Municípios e Topônimos Fluminenses-Histórico e Memória, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994, p. 200;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994;
  • Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro, livros paroquiais;
  • Arquivo da Cúria Diocesana de Niterói, livros paroquiais;
  • BIBLIOTECA NACIONAL, Hemeroteca Digital, diversos jornais e edições;

 

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