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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de N. Sra. dos Remédios de Parati

Histórico

 

O frei Vicente do Salvador em sua crônica, escrita pelos anos 1598, refere-se inúmeras vezes a uma igreja no local.

A vila foi mudada de sítio por volta de 1646 e, com ela, a sua igreja, agora dedicada a N. Sra. dos Remédios. Esta igreja nova foi assentada em terras a ela doadas por Maria Jácome de Melo.

Nos livros de vereança consultados por Monsenhor Pizarro, há correição de 26 de julho de 1654, com instruções para os moradores, o que sugere a existência de ao menos uma capela, sujeita a N. Sra. da Conceição da Ilha Grande.

Em ordem do Governador Geral das Capitanias, datada de 21 de agosto de 1660, Parati já era tratada como vila e possivelmente a igreja de São Roque era sua paróquia. Na outra parte do rio Piraqueguaçu há um morro que antigamente era chamado de Vila Velha, onde a memória guarda que ali houve uma igreja a São Roque.

A igreja de N. Sra. dos Remédios foi elevada a matriz paroquial pela carta régia de 28 de fevereiro de 1667.

Uma inscrição achada por Mons. Pizarro na verga de uma casa bem antiga na nova vila, que pertencia ao coronel Afonso de Morais da Fonseca e depois a Salvador Homem de Morais, trazia a data de 1699. Já na verga que servia de porta principal da igreja se lia o ano de 1712.

O vigário encomendado Manuel Brás era severo com os maus costumes dos seus paroquianos. Por isso foi removido para a paróquia de N. Sra. do Desterro de Itambi em 1723. Mas em dezembro de 1724, reassumiu a paróquia, agora como vigário colado. Isso desagradou seus adversários. Os vereadores escreveram ao rei, pedindo que os livrasse do vigário, reclamando dos dízimos cobrados. Conseguiram afastá-lo de suas funções e o padre Cordeiro mudou-se para Ubatuba (SP), onde morreu.

Em 1798 começou o lançamento das bases para a construção de nova igreja matriz, próxima à igreja deteriorada.

 

Limites

 

Ao norte com as freguesia de N. Sra. da Conceição da Ilha Grande (pelo rio Marambocaba) e ao sul com a Santa Cruz da vila de Ubatuba (SP), na Calheta das Laranjeiras, e com a freguesia da vila de Cunha.

 

Capelas

 

  • N. Sra. do Rosário e São Benedito dos Pretos, na vila. Levantada a requerimento dos irmãos Manuel Ferreira dos Santos e Pedro Ferreira dos Santos;
  • Santa Rita de Cássia, fundada como Menino Deus, Santa Rita, e Santa Quitéria, na vila em 1722 pelos homens pardos libertos do distrito. Foi reparada por devotos brancos, que simplificaram o nome do orago;
  • N. Sra. da Conceição de Parati-mirim, que foi elevada a sede paroquial;
  • N. Sra. das Dores, na orla marítima, para os lados do rio Piraqueguaçu, sem provisão alguma. Suas obras pararam com o falecimento do fundador;

 

Oratórios

 

  • sem informação

 

Conventos

 

  • sem informação

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
     
VIGÁRIOS
Anacleto Lobo de Oliveira   1668
João de Souza da Fonseca   1674-(...)
Paulo Pinto da Costa   1687-1700
Simão Peres de Almeida Coronel   a.1707-1721
Manuel Brás Cordeiro encomendado 1720-1723
Gabriel Gonçalves Lobo (1)   1723-1725
Manuel Brás Cordeiro colado 1725-1730
Manuel Rodrigues Carvalho colado 1734-1745
Manuel de Oliveira Nogueira encomendado 1748-1749
Antônio José Batista   1749-1766
Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, bacharel   1766-1773
Manuel Rodrigues Carvalho (2) colado 1763-1772
(..)  

 

Antônio Jorge da Costa (3) colado 1808-1842
José Alberto da Silva encomendado e depois colado 1846-1877
Francisco Justino do Amaral Viana (4) encomendado 1877-1892
Alexandre Perilli   1897-1898
José dos Santos Reis   1899
César João Sera (!)   1899-1902
Francisco Justino do Amaral Viana encarregado e depois vigário 1902-1904
César João Sera (!)   1904-1906
Serapião de Lange, frei   1906-
Wildebrando van Eÿk, frei (5)   1906-1907
Constâncio (Lonnus?), frei   1907-1909
Hélio Bernardo Pires   1908-1924
José (Laurey?)   1924-1925
Hélio Bernardo Pires   1925-d.1946

(1) ausentou-se por crimes de que foi acusado;

(2) Não confundir com seu antecessor homônimo;

(3) Em 1814 e 1815 assinava os assentos o coadjutor Modesto de Souza Albino. Em 1821 a 1826, assinava o coadjutor Marcelino José Bragança. Em 1827 a 1835, o coadjutor Modesto de Souza Albino volta assinar os assentos. De 1842 a 1845, o coadjutor José Alberto da Silva Assinava os assentos;

(4) Em 1877, ele assinava os assentos como ora como vigário, ora como coadjutor;

(5) O Almanak Laemmert diz que ele regia a paróquia em 1909, junto com a de Paratimirim;

 

Fontes

 

  • Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, O Rio de Janeiro nas Visitas Pastorais de Monsenhor Pizarro - Inventário da Arte Sacra, vol. I, pp. 123 e ss.;
  • ARAÚJO, monsenhor José de Souza de Azevedo Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Provincias Annexas à Jurisdicção do Vice-Rei do Estado do Brasil, dedicadas a El-Rei Nosso Senhor D. João VI, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1820, vol. III, pp. 24 e ss.;
  • COSTA ABREU, Antonio Izaías da, Municípios e Topônimos Fluminenses-Histórico e Memória, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994, p. 201;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994;
  • Arquivo da Cúria Diocesana de Itaguaí e copiados pelo site FamilySearch (familysearch.org), verbete Parati;
  • Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo, Habilitações Matrimoniais;

 

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