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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de N. Sra. da Conceição

Histórico

 

Com o aumento da população que se estabeleceu no Caminho de Minas, onde hoje é Paty do Alferes, principalmente para servir aos viajantes, o capitão Francisco Tavares mandou erguer em 1726 um oratório a N. Sra. da Conceição para prover os sacramentos a estes habitantes.

A capela foi elevada a curada em 1726. Em 1734 foi designado um lugar para o estabelecimento da capela, que foi benta em 26 de abril de 1739 pelo padre Manuel da Costa, vigário de São Pedro e São Paulo da Paraíba. Para seu patrimônio concorreram tanto o capitão Tavares quanto o alferes e tabelião Leonardo Cardoso da Silva, que ali tinha seu sítio.

Ela foi elevada a sede de paróquia por volta de 1750, eis que em 13 de dezembro desse ano se consultava a Mesa da Consciência sobre atribuir-lhe natureza colativa. Alvará do rei D. José I, datado de 11 de janeiro de 1755, a transformou em colada.

Inicialmente conhecida como freguesia da Roça do Alferes, depois apenas freguesia do Alferes, em referência ao alferes Leonardo Cardoso da Silva.

Mais tarde, José de Oliveira Ribeiro e sua mulher Maria Vitória da Conceição deram, relutantemente, um terreno de 8 braças de testada por 12,5 braças de fundos  para a construção de um novo edifício para a igreja matriz. A construção durou de 1795 a 1801.

Uma nova igreja foi ereta a partir de 1840 em terras e com recursos do capitão mor de ordenança Manuel Francisco Xavier e de sua esposa D. Francisca Elisa Xavier. Em estilo colonial, a matriz foi construída com estruturas em madeira, paredes frontais de pau-a-pique e decorada com importantes peças trazidas para compor seu acervo tanto de mobiliário quanto de imagens, tais como a da Nossa Senhora da Conceição e da Nossa Senhora do Rosário, ambas do século XIX, que ainda hoje adornam os altares da igreja. Foi inaugurada em 31 de maio de 1844 e administrada pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição.

Em 1943, foram iniciadas as reformas para a comemoração do centenário da matriz. A restauração, concluída em 1944, ainda trouxe para a igreja a imagem de Nossa Senhora da Piedade, do século XVIII, padroeira da Fazenda de mesmo nome, que pertencera a Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, o Barão de Paty do Alferes. Nesta ocasião também foram inauguradas a Praça da Matriz e a Galeria dos Fundadores.

Com orientação franciscana desde 1937, a Matriz, em 1973, foi tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, superando os limites municipais dada sua relevância histórica para o país.

 

Limites

 

Ao norte, confronta-se com São Pedro e São Paulo da Paraíba, ao sul com N. Sra. do Pìlar e N. Sra. da Piedade do Iguaçu. A leste, com N. Sra. da Piedade de Imerim (Inhomirim) e a oeste com a Sacra Família de Tinguá.

 

Capelas

 

  • sem informação

 

Oratórios

 

  • de Santa Ana, na fazenda do capitão Inácio de Souza Werneck;
  • do vigário;
  • da fazenda do Pau Grande, criada por breve de 1779 do Papa Pio VI, a pedido de Antônio Ribeiro de Ávila e sua mulher Antônia Maria. Depois, a requerimento de José Rodrigues da Cruz (irmã de Antônia Maria) e sua mulher, foi estendida a mesma graça a 20 de fevereiro de 1779;

 

Conventos

 

  • sem informação

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
Miguel Antônio da Fonseca    
Manuel da Costa (1)    
Bartolomeu da Costa    
Manuel Álvares   1742
VIGÁRIOS
Manuel Álvares encomendado c. 1750
Bartolomeu Vaz Ferreira Barcelos encomendado  
Manuel de Bitencourt encomendado  
Alberto Caetano Álvares de Barros colado 1755-(...)
José Pereira de Almeida encomendado  
João Álvares de Barros encomendado e depois colado a.1771-1799
Manuel Gomes Leal    
Joaquim José Pereira Furtado encomendado 1799-d.1808
José Joaquim de Macedo colado a.1815-1818
Manuel Felizarddo Nogueira, cônego colado 1818-1868
Albino de Brito Arrais encomendado 1869-1870
Francisco Madeira de Brito   1871-1880
Manuel Luís Coimbra encomendado 1880-1886
Joaquim José Diniz Lage encomendado 1886-1888
Joaquim de Paula Vasconcelos (1)   1888-1891
Eurípedes Calmon Nogueira da Gama Pedrinha (1)   1891-1895
Leonardo Felipe Fortunato   1897-a.1939
(desconhecidos)    
Aurélio Stultzer   1943

(1) intitulava-se pároco;

(2) Vigário também de São Sebastião de Ferreiros;

 

Fontes

 

  • Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, O Rio de Janeiro nas Visitas Pastorais de Monsenhor Pizarro - Inventário da Arte Sacra, vol. I, pp. 293 e ss.;
  • ARAÚJO, monsenhor José de Souza de Azevedo Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Provincias Annexas à Jurisdicção do Vice-Rei do Estado do Brasil, dedicadas a El-Rei Nosso Senhor D. João VI, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1820, vol. IV, pp. 109 e ss.;
  • COSTA ABREU, Antonio Izaías da, Municípios e Topônimos Fluminenses-Histórico e Memória, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994, p. 202;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994;
  • Arquivo da Cúria Diocesana de Valença e copiados pelo site FamilySearch (familysearch.org), verbete Paty do Alferes;
  • site da Prefeitura de Paty do Alferes, https://patydoalferes.rj.gov.br/pontos-turisticos/igreja-matriz/#:~:text=A%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20Igreja%20Matriz,Francisca%20Elisa%20Xavier., consultado em 2024;
  • História de Paty do Alferes, publicada em PDF na internet: https://www.patydoalferes.rj.leg.br/institucional/historia/historia-de-paty-do-alferes;
  • Biblioteca Nacional, Hemeroteca Digital, diversos jornais e edições;

 

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