No âmbito da freguesia de São Pedro e São Paulo da Paraíba do sul, no alto da serra do mar, foi erguida uma capela a São Pedro de Alcântara. Quando criado o município da Estrela, a capela passou a ser filial da igreja de N. Sra. da Estrela.
Quando a família imperial fez do lugar sua região de veraneio, a igreja de São Pedro de Alcântara era um modesto edifício localizado em frente ao Palácio Imperial, em Petrópolis, mas a construção de um novo templo já estava prevista, no lugar atual, no plano de urbanização de Petrópolis, datado de 1843, de autoria do Major Júlio Frederico Koeler.
A igreja era um simples curato da freguesia de São José do Rio Preto até que a Lei Provincial n° 397, de 20 de maio de 1846 a transformou em igreja matriz da vila, então pertencendo ao município de Estrela.
Na década de 1870 volta-se a considerar a construção da nova igreja, graças ao interesse de D. Pedro II e sua filha, a Princesa Isabel. Em 1871 foi decidida oficialmente a construção de uma nova matriz, que, porém, ainda demoraria a materializar-se.
O atual prédio começou a ser construído apenas em 1884. O projeto foi encomendado ao engenheiro e arquiteto baiano Francisco Caminhoá, que concebeu um edifício em estilo neogótico, muito em voga na época, inspirado especialmente nas antigas catedrais do norte da França. A obra ficou a cargo da empreiteira de Manuel Pereira Jerônimo, filho de uma das primeiras famílias a se instalarem na cidade, vindas da Ilha do Pico, nos Açores.
Finalmente, em 29 de novembro de 1925, é inaugurada a nova matriz de Petrópolis.
Em 1920, foi anulado o decreto que bania a Família Imperial do Brasil, e já em 1921 os restos de D. Pedro II e D. Tereza Cristina foram trazidos do Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, para o Rio de Janeiro, onde foram alojados na Catedral Metropolitana. Em 1925 os restos foram transferidos para a sacristia da catedral de Petrópolis. Finalmente, em 5 de dezembro de 1939, o presidente Getúlio Vargas e outras autoridades inauguraram o Mausoléu Imperial, para onde foi transferido definitivamente o sarcófago do Imperador e da Imperatriz. Em 1971 também foram sepultados no mausoléu a Princesa Isabel e seu marido, o Conde d'Eu. Também outros familiares do imperador jazem ali.
Pela Bula “Ad universas orbis Ecclesias”, de 27 de abril de 1892, o Papa Leão XIII criou a Diocese de Niterói. A 16 de julho de 1897 o mesmo Papa desmembrou da Arquidiocese do Rio de Janeiro a paróquia de Petrópolis, e transferiu para ela a sede da Diocese de Niterói, posto que o Governo estadual havia se transferido para lá em 1894, diante do bombardeio da cidade pela esquadra sublevada. Em 25 de fevereiro de 1908 o Papa São Pio X fez retornar a sede da Diocese para Niterói.
A 13 de abril de 1946, pela Bula “Pastoralisquaurgemur”, o Papa Pio XII criou a nova Diocese de Petrópolis, estabelecendo a igreja de São Pedro como a catedral do novo bispado.
Sem informação
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
VIGÁRIOS | |||
Luís Gonçalves Dias Correia, cônego | 1846-1854 | ||
Antônio José de Melo, cônego | 1855-1856 | ||
João Higino de Camargo Lessa | 1856-1858 | ||
Nicolau Germain | 1859-1879 | ||
Teodoro Esch (1) | pro-vigário e depois encomendado | 1880-1890 | |
Antônio Maria Correia de Sá, cônego | 1891-1896 | ||
José Joaquim Valença | 1898-1901 | ||
Teodoro da Silva Rocha | cura da Catedral | 1902-1926 |
(1) Às vezes aparece como Teodoro Erch;
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