Os índios puris, também chamados coroados, foram os primeiros habitantes naturais dessa região. A ocupação teve início quando se procuravam caminhos pelas serras até as Minas Gerais, através do Rio Paraíba do Sul, para o escoamento do ouro descoberto naquela região, o que propiciou a criação de estalagens para a pousada dos viajantes, ranchos, roças e pequenos locais que subsistiam com suas casas de comércio, que davam apoio aos bandeirantes que ingressavam pelo interior da colônia.
Poucos e pobres sesmeiros se estabeleceram na região, que ia até a freguesia de N. Sra. da Conceição de Angra dos Reis. Ali foi erguida uma capela em 1739 por João Machado Pereira no local conhecido por Velhacos. Tal capela não era jurisdicionada por qualquer freguesia por distar de Mariapicu e Mangaratiba três dias de viagem, através de caminhos ruins e muitas passagens de rios.
Por seu isolamento, ela recebeu em 3 de dezembro de 1742 provisão para funcionar como capela curada. Ela foi elevada pelo alvará geral de 12 de janeiro de 1755, do rei D. José I, a igreja paroquial colativa.
A construção não resistiu muito e com provisão de 18 de outubro de 1763, começaram as obras para nova igreja, agora de alvenaria. Mas por desgostar da localização, o povo suspendeu suas contribuições e apenas se reparou as partes mais arruinadas da igreja. Em 1796, o frei capuchinho Antonio d'Alba Pompeia ajudou o povo a escolher o lugar de Panelas para a nova igreja. A casa foi inaugurada em 1° de novembro de 1801 e seu orafgo passou a ser São João Marcos.
A região foi evacuada às pressas na década de 1940, para ser inundada pela represa no ribeirão das Lajes, pertencente à concessionária de energia elétrica Light S.A., que a tornou produtora de nergia elétrica para o Rio de Janeiro. Com isso o antigo distrito de Itaverá Velho, hoje Rio Claro, recebeu sua população.
Os limites com a freguesia de do Campo Alegre não eram muito bem delimitadas. Em 26 de fevereiro de 1766, o bispo frei D. Antônio do Desterro definiu o rio Piraí como divisa. Ao norte com Santa Ana das Areias (bispado de São Paulo) e N. Sra. da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova (hoje Resende). A leste com São Francisco Xavier de Itaguaí Ao sul com N. Sra. da Guia de Mangaratiba, e N. Sra. da Conceição da Ilha Grande, até a serra do Mar. A oeste com a Sacra Família de Tinguá e Santa Ana do Piraí.
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
Antônio Fernandes da Cruz | 1742-1755 | ||
VIGÁRIOS | |||
Antônio Fernandes da Cruz | colado | 1755-1785 | |
José Soares Antunes | encomendado | 1785-1786 | |
Bento José de Souza | colado | 1786-1809 | |
Joaquim Gonçalves Pinto | |||
José Joaquim Botelho | colado | 1815 | |
José Saveira Neiva Bitencourt | |||
José Alves Couto | |||
Antônio Ezequiel Pereira | |||
Bento José de Souza e Silva, cônego (1) | colado | a.1846-1875 | |
José Peres de Souza, cônego | encomendado | 1875-1899 | |
Antônio Pereira Colaço Dias (2) | 1901-1902 | ||
João Francisco Giudicelli (2) | 1904-1906 | ||
Henrique de Magalhães | 1909 |
(1) Em setembro de 1872 foi concedida licença para ele tratar de sua saúde. A licença foi prorrogada por 6 meses (BN, HD, O Apóstolo, ed. 17. Em sua ausência, o padre José Peres de Souza foi nomeado para paroquiar a igreja em 1875 (ibidem, ed. 19). O colado renunciou e o coadjutor interino assumiu a freguesia;
(2) Simultaneamente, era vigário de N. Sra. da Guia de Mangaratiba;
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