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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de N. Sra. da Candelária

Histórico

 

Consta que a capela de N. Sra. da Candelária foi fundada na várzea da cidade por Antônio Martins da Palma e sua mulher Leonor Gonçalves, em cumprimento a uma promessa por ter a Senhora os salvado de um naufrágio em sua viagem pelas Índias Espanholas. Prometeram reverenciar a mãe de Deus na primeira terra em que aportassem a salvo.

Os registros paroquiais mais antigos da igreja da Candelária estão no livro de batismos de 1634-1662, quando ela se destacou da freguesia de São Sebastião.

Quando a igreja foi elevada à categoria de colativa, seus fundadores, desgostosos, entregaram-na à Casa de Misericórdia, segundo escritura de 4 de julho de 1639.

A igrejinha paroquial da Candelária foi reformada em 1710, mas, na segunda metade do século XVIII, necessitava de ampliação. A Irmandade do Santíssimo decidiu reerguê-la no mesmo local, iniciando as obras em 1775. O sargento-mor Francisco João Roscio, engenheiro militar português, desenhou os planos para uma nova igreja. As obras utilizavam as pedras extraída da Pedreira da Candelária, no Morro da Nova Sintra, no atual bairro do Catete.

A igreja foi sagrada em 8 de setembro de 1811, ainda inacabada. No dia 18, uma procissão trouxe o Santíssimo Sacramento e as imagens. No dia seguinte, foi nela celebrada a primeira missa solene, com a presença de D. João VI.

 

Limites

 

A área da rua dos Ourives, no Rio de Janeiro, até a outra banda da baía, incluindo São Gonçalo e Icaraí.

 

Capelas

 

  • São José, depois elevada a paróquia;
  • Santa Rita, igualmente elevada a paróquia;
  • Nossa Senhora Mãe dos Homens, na rua da Alfândega. Ereta com provisão de 9 de janeiro de 1758;
  • São Pedro (Rua de São Pedro). Ao lado da Epístola da antiga matriz houve uma capela a São Pedro, erguida pelo casal Pedro Martins Negrão e Maria de Moura, que por escritura de 13 de novembro de 1636, a doaram ema propriedade de casas na rua do capitão Mateus de Freitas (depois rua Sucuçarará e mais tarde rua da Quitanda). Quando os fundadores morreram (ele em 30 de outubro de 1646 e ela em 19 de fevereiro de 1680), seu filho Antônio Gomes Palhano assumiu a administração da capela;
  • N. Sra. da Conceição do Hospício, na rua do Rosário. Fundada antes de 1721 por Francisco de Seixas da Fonseca. Foi sede de parte da Ordem de São Francisco entre 1721 e 1725. Em escritura de 9 de janeiro de 1729, foi vendida à Irmandade de N. Sra. da Conceição dos Homens Pardos Libertos. Nela foi admitida a Irmandade de N. Sra. da Boa Morte, que ganhou uma capela na igreja. Mas isso causou litígios até 1820;
  • N. Sra. do Carmo, na rua Direita. A Ordem Terceira do Carmo, fundada em 1648, depois de se instalar provisoriamente numa ermida, deu início, em 1755, à construção de sua igreja, ao lado da que era conventual, com frente para a rua Direita atual Primeiro de Março. Edificada por Mestre Manuel Alves Setúbal, foi sagrada em 1770. A capela serviu à família real sob o título de Capela Real;
  • Santa Cruz e São Pedro Gonçalves, hoje Santa Cruz dos Militares. na rua Direita. Já existente em 1643 no antigo forte Santa Cruz;
  • Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores (Rua do Ouvidor). Fundada em 1747 pelo Corpo dos Mascates da cidade;
  • Santa Ana do Campo de São Domingos;
  • São Francisco de Paula, da Ordem Terceira de São Francisco;
  • N. Sra. da Lampadosa, ativa em 1809;

 

Oratórios

 

  • do capitão Tomás Fernandes Novais, em uso em 1792;

 

Conventos

 

  • Santo Antônio;

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
(desconhecidos)    
VIGÁRIOS
Pablo Santi   a.1624-1635
Manuel de Araújo   1635-1636
Pedro Homem de Albernaz   1636-1637
João Manuel de Melo colado 1637-d.1665
Sebastião Barreto de Brito   a.1673-1683
Tomé de Freitas da Fonseca   1683-1712
Estêvão de Barros Pacheco (1)   1712-1715
Manuel Álvares de Oliveira, cônego (1)   1715-1718
Bartolomeu Pereira do Vale (1)   1718-1721
João de Bessa Passos (1)   1721-1724
Inácio Manuel da Costa Mascarenhas, dr. vigário 1724-1762
(coadjutores)    
João Pereira de Araújo e Azevedo   1763-1776
Joaquim José de França (2)   1776-1801
Luís Mendes de Vasconcelos Pinto e Menezes (3) colado 1802-1834
Sebastião dos Reis Saraiva   1834-1857
João Rodrigues da Purificação encomendado e depois colado 1857-1867
José Raimundo da Cunha, cônego, dr. colado 1867-1871
João Manuel de Carvalho   1872-1874
Manuel da Costa Honorato, cônego, dr.   1874-1876
Antônio de Pádua e Silva   1877-1891
José Gurgel do Amaral Barbosa, cônego encomendado 1892
Antônio de Pádua e Silva encarregado 1892-1894
José de Souza Borges Accioli (4)   1894
José Antunes de Oliveira, cônego   1894-1895
Agostinho Francisco Benassi   1895-1896
Vitorino José da Costa e Silva, monsenhor encomendado 1896
Francisco Hildebrando Gomes Angelim, cônego   1896-1900
Eurípedes Calmon Nogueira da Gama Pedrinha, monsenhor interino e depois titular 1900-1902
Tomás Aristóteles Guizan, cônego   1902-1904
Luís Pinto de Almeida encarregado 1904
Tomás Aristóteles Guizan, cônego   1904-1905
José Augusto de Freitas   1905-1915
Francisco de Almeida, cônego   1915-1929
Henrique de Magalhães, monsenhor, dr. (5)   1929-1964
Fernando Ribeiro, monsenhor, dr.   1964-d.1984

(1) Não se identificava como vigário;

(2) Entre 1781 e 1807, o coadjutor Alexandre Fidele de Araújo assinou a maioria dos assentos paroquiais;

(3) Era homem muito doente e quase não exercia sua função de vigário desde 1817, sendo dispensado mesmo de ir à igreja (Correio Mercantil, ed. 103, de 14 de abril de 1856, e Jornal do Commercio, ed. 46, de 16 de fevereiro de 1856). A maioria dos assentos paroquiais entre 1809 e 1834 foram assinados pelos coadjutores José Ribeiro de Faria, Manuel Dias de Castro, Antônio Joaquim de Morais Pimentel, Domingos da Rocha Viana, Sebastião dos Reis Saraiva e outros;

(4) Por impedimento do vigário Pádua e Silva;

(5) Destacado orador sacro, participava de inúmeras solenidades com sua oratória. Tinha programa na Rádio Jornal do Brasil;

 

Fontes

 

  • ARAÚJO, monsenhor José de Souza de Azevedo Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdicção do Vice-Rei do Estado do Brasil, dedicadas a El-Rei Nosso Senhor D. João VI, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1820, vol. II, pp. 43;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994;
  • Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro, livros paroquiais;
  • Biblioteca Nacional, Hemeroteca Digital, jornal Correio Mercantil;
  • Biblioteca Nacional, Hemeroteca Digital, jornal O Apóstolo, diversas edições;
  • Biblioteca Nacional, Hemeroteca Digital, jornal Jornal do Brasil, diversas edições;
  • CAVALCANTI, Nireu, em comunicação pessoal;
  • http://literaturaeriodejaneiro.blogspot.com/2008/06/igrejas-histricas-do-centro-do-rio_24.html?m=1 (igreja da Candelária);

 

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