A ilha de Paquetá foi dada em parte a Inácio de Bulhões, em sesmaria, a 10 de setembro de 1565. A outra metade foi doada, também em sesmaria, a Fernão Baldez, no dia 1° de novembro de 1566.
Nela havia uma capela a São Roque, fundada pelo padre Manuel Antunes Espinha, por provisão de 29 de dezembro de 1697. Tal capela restava na jurisdição de N. Sra. da Piedade de Magé.
Para facilidade dos moradores, o bispo permitiu que nela fosse usada pia batismal e conservar nela a extrema-unção, quando de visita em 17 de novembro de 1728. O bispo frei d. Antônio do Desterro ampliou esses direitos permitindo também a guarda do sacramento da Eucaristia e elevando-a a capela curada.
Manuel Cardoso Ramos construiu na ilha uma outra capela, ao Bom Jesus do Monte, dando-lhe 20 braças de terras de frente por 72 braças de fundos, em escritura de 29 de novembro de 1758.
Parecendo ao povo mais conveniente esta segunda capela, pediram para que nela fosse estabelecida nova paróquia. O bispo concordou e por edital de 21 de junho de 1769 a elevou a sede paroquial, sem qualquer oposição do vigário de Magé. Já o vigário de São Gonçalo, contrariado com a perda das ilhas Jerobaíbas e Itaoca, reclamou, embora tivesse assinado termo em janeiro de 1761, onde se comprometia a aceitar divisões do território mandadas fazer pelo rei. Para levar seu descontentamento ao bispo, valeu-se de Manuel Ramos de Azevedo e outros.
Um acórdão de 1770 mandava restituir a São Gonçalo as ilhas Jerobaíbas. Diante desse acórdão, os povos da ponta da ilha onde estava a capela de São Roque pleitearam sua reintegração a Magé, pelos mesmos argumentos. Mas requeriam ali conservar o sacrário,a pia batismal e a nomeação de capelão curado. E o conseguiram. Diante do caos, foi a ilha de Paquetá novamente incorporada à freguesia de Magé.
Alegando falsamente que a ilha de Paquetá tivesse novamente sido elevada a paróquia, o padre Joaquim José da Silva se demitiu da vigararia de São Barnabé e se apresentou para paroquiar Paquetá.
Por alvará de 16 de agosto de 1810, foi criada a freguesia do Bom Jesus, aprovada pelo Bispo em provisão de 18 de outubro seguinte, desmembrada da freguesia de N. Sra. da Piedade de Magé.
Fica no interior da baía de Guanabara.
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
Antônio Ramos de Macedo | curado | 1761 | |
José da Silva Furtado | 1770 | ||
período em que foi freguesia | 1770-1772 | ||
Manuel Homem de Azeredo | 1773 | ||
VIGÁRIOS | |||
João de Araújo Macedo | 1770-1772 | ||
período em que esteve como capela de Magé | |||
Manuel Teixeira de Campos | colado | 1810-1820 | |
Francisco José Álvares da Silva, cônego | encomendado | 1820-1861 | |
João Luís da Fonseca Osório | 1861-1866 | ||
Jacinto Messias Peixoto | 1866-1880 | ||
Manuel Dias do Couto Guimarães, cônego | encomendado | 1881 | |
João Ferreira Goulart, cônego | encarregado da paróquia | 1881-1885 | |
Manuel Cândido Pamplona de Carvalho (1) | 1885-1886 | ||
João Ferreira Goulart, cônego | encarregado da paróquia | 1886-1891 | |
João Evangelista dos Santos Castro, cônego | encomendado | 1892-1893 | |
Antônio de Pádua Silva | encarregado da paróquia | 1893-1894 | |
José de Souza Borge Accioli | encarregado da paróquia | 1894 | |
Juvenal Madeiro | 1894-1908 | ||
Domingos João Poutou | 1908-1914 | ||
João Pio dos Santos | interino | 1914 | |
Joaquim Moss de Almeida Brito | 1914-1922 | ||
Florentino Barbosa, cônego | 1922-1923 | ||
Antônio Pais Cintra | 1923-1924 | ||
Manuel da Assunção Castelo Branco | 1924-1929 | ||
José Newton de Macedo Soares Ribeiro de Almeida Batista | (...)-1934 | ||
João Batista Cavalcanti | 1934-1938 | ||
Humberto P. Cruz | 1939-1950 | ||
Luís ou Manuel | 1966 | ||
Carlos Martínez Esteban | 1967 | ||
Fernando Cascon Raposo | 1970-1972 |
(1) Curiosamente, o Jornal do Commercio, ed. 6, de 6 de janeiro de 1886 (Hemeroteca Nacional, https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=364568_07&pesq=%22vig%C3%A1rio%20de%20Paquet%C3%A1%22&pasta=ano%20188&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=14445) informava que há mais de três anos não havia vigário em Paquetá;
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