Uma pequena capela a Santa Ana foi ereta com provisão do bispo do Rio de Janeiro de 30 de julho de 1735, a requerimento dos homens pretos da cidade e de outros devotos da mesma santa, como os soldados do regimento dos pardos. Estava colada no templo de São Domingos, em terras da chácara do arcediago da Sé, Antônio Pereira da Cunha, no campo chamado de São Domingos (depois Largo da Aclamação, Largo da Cadeia nova e hoje Praça da República).
Irremediavelmente arruinada, a igreja recebeu do coronel Vicente José de Velasco Molina auxílio financeiro (e provavelmente de braços) para ser reabilitada e ali se celebrar anualmente a festividade de seu orago pelo corpo militar que comandava.
Foi elevada a freguesia de Santa Ana do Campo por alvará de 5 de dezembro de 1814, desmembrada da freguesia de Santa Rita. Atendia às populações do Valongo, Gamboa e Saco do Alferes.
O vigário de Santa Rita protestou pela criação da nova paróquia, que ia tirar rendas de enterramentos e terras de Santa Rita.
O edifício foi remodelado em 1840.
Em 1845, a igreja recebeu em procissão as relíquias de Santa Prisciliana, trazidas ao Brasil pelo padre Manuel Joaquim de Miranda Rego (depois vigário de Santa Ana), que as recebeu como dádiva do Papa Gregório XVI, e que foram inicialmente depositada na extinta igreja de São Francisco da Prainha.
O edifício da igreja foi demolido em 1855 para a construção da estação ferroviária hoje conhecida como Central do Brasil. Foi reconstruída onde hoje se encontra, na Praça D. Sebastião Leme e rua de Santana. E em 1939, remodelada com projeto de Ângelo Alberto Murgel.
Dividia-se com as freguesias de Santa Rita e de São Francisco Xavier do Engenho Velho.
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
(desconhecidos) | |||
VIGÁRIOS | |||
Antônio Ferreira Ribeiro (1) | colado | 1817-1839 | |
Manuel Joaquim de Miranda Rego, monsenhor, dr. | colado | 1839-1845 | |
Fernando Pinto de Almeida | encomendado | 1845 | |
Manuel Joaquim de Miranda Rego, monsenhor, dr. (2) | colado | 1845-1850 | |
Manuel Ramos Duarte | encomendado | 1851-1852 | |
Pedro de Melo Alcanforado (3) | colado | 1853-1880 | |
Nuno de Faria Paiva e Melo, monsenhor (4) | pro paroco e vigário encomendado | 1881-1890 | |
João Carlos da Cunha, cônego | 1891-1903 | ||
Epaminondas da Cunha Rolim | encarregado da paróquia | 1903-1904 | |
Antônio Lopes de Araújo, monsenhor | encomendado | 1904-1932 | |
Tito Zazza | 1932-1939 | ||
Dante Cocquio | 1940-1942 | ||
Jerônimo Billiouw | 1942-1949 | ||
José Carlos de Macedo | 1951-1957 | ||
Guilherme Vanotti | 1964-d.1967 |
(1) De 1818 a 1824 o coadjutor José Joaquim da Costa Mayrink e depois o coadjutor Leovigildo Gomes de Brito Serpa costumavam assinar os assentos paroquiais. Por vezes, o coadjutor Manuel Gonçalves de Souza também o fazia. Por volta de 1838, era o coadjutor José Joaquim Vieira ou o coadjutor Fernando Pinto de Almeida que os fazia;
(2) Ele estava ausente em 1853, mas ainda era considerado vigário de Snata Ana (LAEMMERT, 1853, p. 122). Só em 1854 o cargo foi considerado vago (ibidem, 1854, p. 144);
(3) Entre 1877 e 1880 assinava os assentos o coadjutor Nuno de Faria Paiva e Melo, pois o vigário foi autorizado a se afastar para cuidar da saúde;
(4) Em fins de 1890 e em 1891 assinava os assentos o coadjutor João Francisco de Paula e Silva;
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