Manuel Nascentes Pinto e sua mulher d. Antônia Maria compraram um terreno em 1728 e nele providenciaram a construção de uma capela de pedra e cal a Santa Rita de Cássia, que entregaram a 13 de março de 1721 ao juiz, escrivão, tesoureiro e procurador da Festa de Santa Rita.
O casal era devoto desta santa, da qual tinham um quadro a óleo. Decidiram adquirir uma imagem em talha para ser o orago da capela. Essa imagem permaneceu na igreja de Nossa Senhora da Candelária enquanto a capela não ficou pronta.
A capela de Santa Rita foi elevada a freguesia por provisão de 9 de janeiro de 1749, desmembrada da freguesia da Candelária por pastoral datada de 30 de janeiro 1751, obedecendo a ordem real de 9 de novembro de 1749.
Em 1762, a capela de São Francisco do Engenho Velho saiu de sua jurisdição.
Em 1814, saiu de sua jurisdição também Santa Ana do Campo. Como compensação desta última perda, Santa Rita recebeu os paroquianos (antes paroquiados pela Sé) residentes na rua das Violas acima, até voltar pela rua da Vala e desta à de São Joaquim, acabando no largo so Seminário nela existente. O vigário reclamou, pois iria perder receitas importantes no Valongo, onde se encontrava o cemitério dos Negros Novos da Costa da África. Para agradá-lo, à freguesia foi juntada por Decreto de 6 de agosto de 1816 toda a marinha, desde quase o fim da rua do Valongo, caminhando pelo mar do Valongo até o Saco da Gamboa, território que abriga o cobiçado cemitério.
Dividia-se com a freguesia da Candelária e com a freguesia da Sé.
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
(desconhecidos) | |||
VIGÁRIOS | |||
João Pereira de Araújo e Azevedo | colado | 1751-1763 | |
Antônio José Correia | colado | 1764-1801 | |
José Caetano Ferreira de Aguiar (1) | colado | 1801-1829 | |
José Francisco da Silva Cardoso | colado | 1837-1851 | |
Manuel da Silva Lopes | 1851-1871 | ||
Simplício Bueno de Siqueira | 1871 | ||
Antônio Joaquim da Conceição e Silva | pro paroco | 1871-1875 | |
Urbano da Silva Montes, dr. | pro paroco e depois pároco | 1875-1890 | |
Joaquim Antunes de Oliveira, cônego | 1890-1901 | ||
Ananias Correia do Amaral, cônego | pro paroco e depois vigário | 1901-1906 | |
João Lira Pessoa de Maria | pro paroco | 1906 | |
João Rodrigues de Almeida | pro paroco | 1906 | |
Antônio Boucher Pinto, cônego | 1906-1908 | ||
Pedro Ribeiro da Silva | 1908 | ||
Francisco Miranda Curio, monsenhor | 1908-1911 | ||
Vítor Maria Coelho de Almeida, cônego, dr. (2) | 1911-1914 | ||
Clodoveu Cayres Pinto, cônego | 1914-1918 | ||
Álvaro Pio César, cônego | 1918-1934 | ||
João Carlos Bezerril, cônego, dr. | 1934-1955 |
(1) A maioria dos assentos era assinada pelo coadjutor Manuel Luís dos Reis Carril, João Duarte do Amaral, Manuel Pinto de Azevedo ou Reginaldo José Antunes entre 1829 e 1837;
(2) Dizem que deixou a batina (Biblioteca Nacional, Jornal do Commercio, ed. 253, de 1° de agosto de 1968, p. 4);
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