O templo dedicado a São José teve sua origem em uma pequena ermida construída pelo ermitão Egas Muniz. Em 1633 já existia, segundo batismos feitos na matriz de São Sebastião.
Estêvão de Vasconcelos e sua mulher deram em 1640 ou 1641 ao governador General Salvador Correia de Sá e Benevides, também juiz da confraria de São José, um terreno com 5 ou 6 braças de testada e fundos até o mar.
O morro do Castelo perdeu população, que se mudou para a planície costeira. Nela, a capela de São José foi elevada a sede paroquial em pastoral datada de 30 de janeiro 1751, obedecendo a ordem real de 9 de novembro de 1749.
Com a criação dessa freguesia, o território da jurisdição de São Sebastião diminuiu de tamanho, até que, em 1753, o morro do Castelo, com seus templos, passou a pertencer à nova freguesia.
Para ocupar a vigararia, foi nomeado o padre Antônio José Malheiro, como vigário encomendado. Todavia, também requereu o posto o padre Luís Jaime da Magalhães Coutinho Cardoso, vigário de N. Sra. de Nazaré do Inficionado (MG). A disputa foi para ser solucionada em Lisboa. O Rei pendeu para o lado do padre Cardoso.
Em alvará de 8 de maio de 1753, a igreja entra no rol das paróquias perpétuas.
Em 1807, a Irmandade de São José deu início às obras da atual igreja sob a responsabilidade do Mestre Félix José de Souza, substituído, em 1815, pelo arquiteto do Paço, João da Silva Muniz, sendo inaugurada em 1842. A igreja de estilo barroco tardio possui nave única e corredores laterais onde se localizam um púlpito e três tribunas. Na capela-mor tem abóbada semelhante à da nave, e possui duas tribunas por banda. Seu interior é decorado com talha de estilo rococó de autoria de Simeão de Nazaré, discípulo do Mestre Valentim. Em seu frontispício pesado predominam os elementos horizontais de cantaria, compostos pela cimalha [arremate superior saliente da fachada], pelo embasamento das duas torres sineiras e do acrotério central. Numa delas está instalado o famoso carrilhão, ali existente desde 1883.
De sua oconografia, destacou-se a imagem de São José procedente da França e doada à Irmandade pelo Comendador José Pinto de Oliveira, em 1884.
Com a freguesia de N. Sra. da Candelária e com a freguesia da Sé. E, mais tarde, com N. Sra. do Loreto e Santo Antônio de Jacarepaguá.
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
João de Barcelos Machado | a.1690-1700 | ||
João de Lima | cura da Sé | 1700-1704 | |
Manuel Boucão do Canto | cura da Sé | 1704-1709 | |
Bartolomeu de França | cura da Sé | 1709-1721 | |
Manuel Rodrigues Cruz (1) | cura da Sé | 1725-1748 | |
Antônio José Malheiros | 1749-1751 | ||
VIGÁRIOS | |||
Antônio José Malheiros (2) | <1751-1753 | ||
Luís Jaime da Magalhães Coutinho Cardoso | <colado | 1753-1790 | |
Inácio Pinto da Conceição | <colado | 1790-1807 | |
João Batista Gervásio Picaluga, cônego | <colado | 1807-1813 | |
Bernardo José da Silva e Veiga (3) | <colado | 1814-1855 | |
João Procópio da Natividade Silva (4) | <colado | 1856-1886 | |
Raimundo da Purificação dos Santos Lemos, cônego | <encomendado | 1886-1891 | |
Antônio José de Souza | <1891-1893 | ||
Vitorino José da Costa e Silva, monsenhor | <encomendado | 1893-1903 | |
Antônio Jerônimo de Carvalho Rodrigues | <1903-1908 | ||
José Gonçalves Serejo, cônego | <interino | 1908 | |
Antônio Jerônimo de Carvalho Rodrigues | <1909-1911 | ||
José Gonçalves Serejo, cônego | <interino | 1911 | |
Benedito Marinho de Oliveira, dr., cônego | <1912-1962 |
(1) Inúmeros assentos neste período foram assinados pelos coadjutores da Sé Jerônimo Barbosa, Henrique de Souza Caldas, Antônio Pereira Neves além de outros menos frequentes;
(2) De 1752 a 1753 os assentos paroquiais foram geralmente assinados pelo coadjutor José da Fonseca;
(3) entre 1852 e 1856 os coadjutores José Homem de Almeida, José Domingues Nogueira da Silva e outros assinaram muitos dos assentos paroquiais;
(4) Os assentos paroquiais eram assinados pelos coadjutores Lourenço Viola e Antônio Carlos da Silva entre 1883 e 1885;
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