No vice-reinado de D. Marcos de Noronha foi estabelecida às margens do rio Paraíba, rio Pomba acima, uma aldeia de indígenas coroados e nela uma capela a Santo Antônio de Pádua foi erguida pelo padre Antônio Martins Vieira.
Em visita à região, o bispo criou em 24 de novembro de 1812 um curato em tal aldeia. E em 1° de junho de 1843, a Lei Provincial n° 296 a concedeu status de sede de freguesia. O Anuário da Diocese de Campos dá esta data como 13 de junho de 1842.
Diz a Wikipedia, verbete Santo Antônio de Pádua (Rio de Janeiro), https://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B4nio_de_P%C3%A1dua_(Rio_de_Janeiro), consultado em novembro de 2024:
A cidade de Santo Antônio de Pádua, foi fundada por Frei Florido de Città di Castelli (da cidade de Castelos) no dia 26 de julho de 1833. Acrescentando, ainda, que o consolidador de sua fundação foi Frei Bento Giovanni Benedetta Libilla, Bento de Gênova como assinava e era conhecido. Considerando que o documento mais antigo de que se tem notícia que consta na história de Santo Antônio de Pádua é a escritura, passada em cartório, da doação das terras a Frei Florido de Città di Castelli feita por João Francisco Pinheiro e sua mulher, Maria Luiza, ampliada por João Luíz Marinho, para fazer a divisa “de valão a valão”, entre o valão que corre da Rua Nilo Peçanha, antiga Rua da Chácara e outro, o valão do Botelho que havia na saída para Miracema. Essas terras foram doadas para Frei Florido aldear, ali, os índios Puris e os catequizasse, em sua missão evangelizadora, convertendo-se ao cristianismo.
O proprietário João Francisco Pinheiro deu liberdade a Frei Florido de escolher o local que desejasse e ele escolheu as terras ao lado da Cachoeira, à margem esquerda do Rio da Pomba, como era, então, chamado o rio Pomba, e que essas terras mediam cerca de cento e sessenta braças, portanto, 352 metros lineares. Quando estava prestes a ser lavrada a escritura, outro fazendeiro, João Luiz Marinho, que tinha suas terras limítrofes a essas, deu, a pedido de Frei Flórido, outra igual porção de terra, isto é, mais 160 braças, portanto, totalizando 320 braças equivalendo, no cumprimento, ao total de 704 metros lineares de terra margeando o rio e, de largura, as terras eram para Frei Florido fazer, ali, sua moradia e assim a divisa ficar “de valão a valão”, no local onde, em 1850, 17 anos depois, foi construído o sobrado no qual moravam os párocos, os padres da paróquia de Santo Antônio de Pádua, denominado, mais tarde, “Sobrado do Padre Domingos” por ter esse sacerdote morado nele durante 26 anos, denominação essa que perdurou durante longo tempo, prédio que ainda existe, situado à Rua Dr. Ferreira da Luz, nº 455, antiga Rua de Cima, ex-residência da família de José Ferreira.
A escritura desse primeiro lote de terra doado e demarcado na mesma hora, foi passada em 26 de julho de 1833 pelo escrivão Domingos Garcia de Melo, de São José de Leonissa da Aldeia da Pedra (Itaocara), trazido, ao local, por Frei Flórido e que o segundo lote teve a escritura passada pelo mesmo escrivão em 28 de setembro do mesmo ano. João Francisco Pinheiro, por ser devoto de São Félix, pediu que Frei Flórido erguesse a capela em louvor a esse santo de sua devoção e assim foi feito pelo Frei, usando mão de obra dos índios Puris, habitantes dessas terras, construindo a capela em um morrote que havia onde hoje é a Praça Visconde Figueira, morrote esse removido em 1883, como consta em ata lavrada, naquela época, por essa Câmara. João Francisco Pinheiro exigiu de Frei Florido que o lugar se chamasse Arraial da Cachoeira, e que ficasse sob invocação de São Félix, seu santo de devoção. Assim foi feito e surgiu a localidade que passou, tempos depois a se chamar Arraial de São Félix. Mais tarde em 1841, graças à dedicação de outro capuchino não menos Frei Bento Ângelo de Gênova, surgiu a capela de Santo Antônio e a localidade passou a ser chamada Arraial de Santo Antônio de Pádua.
Em 1857, uma comissão providenciava a construção de um templo no local.
Sem informação
Nome | Função | Período | |
---|---|---|---|
CAPELÃES | |||
Antônio Martins Vieira | 1812 | ||
Bento Giovanni Benedetta Libilla, frei (1) | 1842 | ||
VIGÁRIOS | |||
Bento Giovanni Benedetta Libilla, frei | 1843-1854 | ||
José Joaquim Pereira de Carvalho | 1854-1856 | ||
Joaquim da Rocha Cristalina (2) | 1856-1862 | ||
Torquato Antônio Leite | colado | 1863-1871 | |
Eduardo Giebeles, dr. | 1875-1877 | ||
José Marcelino do Vale | 1877-1891 | ||
João Felipe Pinheiro | 1891 | ||
Domingos José de Maio | 1893-1918 | ||
Otávio Pontes Cunha | pro paroco | 1918-1919 | |
Ângelo Alberto Bruno | pro paroco e depois encomendado | 1922-1924 |
(1) Assinava como Bento de Genova;
(2) Ausente em 1862;
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