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GENEALOGIA BRASILEIRA

Fontes Primárias - Rio de Janeiro - História de Paróquias

Freguesia de São Fidélis e Sigmaringa

Histórico

 

Índios coroados foram estabelecidos na aldeia de Santo Antônio de Guarus e depois em outras localidades, até que fundada uma aldeia na Gamboa. Os padres capuchinhos Ângelo Maria di Lucca e Vittorio di Cambiasca foram mandados em 1781 para a tal aldeia pelo Vice-Rei para catequizar os habitantes dela. De imediato, ergueram uma choupana de canas e palmas secas para servir de capela. Ao redor dela, foram levantadas umas 40 choupanas residenciais.

Mais tarde, construíram uma capela mais adequada e consagraram-na a São Fidélis de Sigmaringa. Sua primeira pedra foi lançada em 8 de setembro de 1799. Ao lado dos frades, colaboraram para a construção d. Maria Faustina Madeiras e suas irmãs d. Maria Francisca e d. Quitéria. Também d. Maria de Souza Bueno e Bernardo Pinto Homem (que cedeu um negro seu para trabalhar na obra).

Concluída em 23 de abril de 1809, em 1812, ela foi constituída em capela curada pelo bispo do Rio de Janeiro.

Pela Lei Provincial n° 177, de 2 de abril de 1840, foi elevada à categoria de sede de freguesia.

Esteve em reformas pelos anos 1844-1845, quando os ofícios religiosos foram celebrados na capela de N. Sra. do Rosário. Também pelos anos 1885 a igreja estava em reparos.

Dentre os vigários de São Fidélis, ganhou destaque o monsenhor Ovídio, da linha tradicionalista do clero, alinhado com o bispo Castro Mayer e com o teólogo francês Lefrève. O monsenhor envolveu-se em disputa com a direção do Colégio Fidelense, que denunciou que "o colégio estava entregue à sanha desenfreada do padre, intimidando os alunos e seus pais (BN, Hemeroteca Digital, jornal Diário Carioca, ed. 10029, de 5 de março de 1961.

Ele também revoltou os paroquianos ao suspender a procissão no dia do padroeiro (ibidem, jornal O Fluminense, ed. 20756, de 28 de abril de 1971). Igualmente proibiu o uso de minissaias, maxissaias, calças compridas e botinhas dentro da igreja (ibidem, ibidem, ed. 20830, de 23 de junho de 1971). No mesmo ano, teve a luz da igreja cortada por não pagar suas contas. Ele entendia que a igreja deveria ter energia elétrica gratuita por não ter renda e estar a serviço de Deus (ibidem ibidem, ed. 20855, de 21 de agosto de 1971). Em 5 de julho de 1972 recusou-se a realizar procissão fluvial em homenagem a São Pedro por estar descontente com uma quadrilha de festa junina realizada dias antes, onde um rapaz no papel de padre apresentou-se de forma muito alegre, contrastando com a imagem de padres conservadores (ibdem, ibidem, ed. 21119).

Ele passou a realizar casamentos a portas fechadas em 1973. Ele declarou ser membro da TFP-Tradição, Família e Propriedade. Segundo o mesmo jornal, ed. 21.654, de 2 de abril de 1974, ele teve se se refugiar para fugir aos protestos dos fiéis por ter mandado badalar o sino por horas, durante um espetáculo musical de artistas crentes na praça da matriz.

Em 1982, ele foi acusado de vender ilegalmente terras da Mitra Diocesana no Valão dos Milagres e em Colônia (ibidem, ed. 03321). Recusou-se a aceitar a missa nova, por ser da escola tradicionalista e, por isso, teve suas ordens suspensas pela Diocese de Campos em 1982.

 

Limites

 

Sem informação

 

Capelas

 

  • N. Sra. do Rosário;
  • N. Sra. da Conceição da Ponte Nova, na paragem depois chamada de Cambiasca. Mais tarde foi elevada a freguesia;
  • N. Sra. da Penha;
  • Santa Rita, na fazenda Santa Cruz, nas Frecheiras;
  • São Benedito;
  • do Colégio;
  • São Sebastião;

 

Oratórios

 

  • N. Sra. da Pureza, na fazenda de Manuel José Marinho Depois tornada em capela;
  • São Manuel, na fazenda Grumarim;
  • Santa Ana, na fazenda da Pedra;
  • N. Sra. do Bonsucesso, na fazenda de Antônio Joaquim Teixeira;
  • N. Sra. da Conceição, na fazenda Caconda;
  • N. Sra. da Conceição, na fazenda da Bóia;
  • N. Sra. da Conceição, na fazenda Boa Vista;
  • N. Sra. da Conceição, na fazenda Bom Retiro;
  • São Lourenço;
  • N. Sra. da Penha, na fazenda Boa Vista;
  • Santo Antônio de Paula, na fazenda de Caetana Agostinha da Conceição;
  • São Benedito, na fazenda de João Manuel de Souza;
  • São Luís, na fazenda Gandia;
  • na chácara Jerusalém;

 

Conventos

 

  • sem informação

 

Capelães e Párocos

 

Nome Função Período
CAPELÃES
Vittorio di Cambiasca   1799-1815
João Maria de Luca, frei interino e depois capelão 1815-1830
Antônio de São Brás Rocha   1830-1835
João Domingues Carneiro (1)   1836
Eduardo de Andrade Lima   1837-1838
José do Desterro Pinto   1839-1840
Antônio Maria Lage cura 1840-1841
VIGÁRIOS
Manuel Joaquim da Rocha Campista colado 1842-1845
Francisco José Pereira de Carvalho encomendado 1845
Constantino Barreto de Siqueira encomendado 1845-1847
José Manuel de Sena Penga encomendado 1847-1855
Joaquim Francisco da Cruz Paula encomendado e depois colado 1855-1863
José Guedes Machado encomendado 1863-1864
Joaquim Jorge Pereira Guaraciaba, cônego encomendado 1864-1887
Zito Afonso Capellani   1887-1889
Luís Bezerra da Rocha   1889-1891
José Joaquim Pereira de Carvalho   1891
Luís Teodoro Soares   1891-1896
Zito Afonso Capellani   1896-1904
Francisco Frederico Masson   1904-1906
Miguel Sonni   1906-1913
João Batista Spinelli   1913-1918
José Maria Janeiro Moita encomendado 1918-1933
José Augusto de Assis Maia, monsenhor   1933-1957
Ovídio Simón do Calvo, monsenhor   1958-1982
Luís Carlos dos Reis de Amorim   1995

(1) Em fins de 1836 e princípios de 1837, por falta de cura, o padre José do Desterro Pinto assinou assentos paroquiais;

 

Fontes

 

  • COSTA ABREU, Antonio Izaías da, Municípios e Topônimos Fluminenses-Histórico e Memória, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994, p. 205;
  • LAEMMERT, Eduardo von, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro, anos 1846 a 1889, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 1994,
  • PALAZZOLO, frei Jacinto, História da Cidade de São Fidélis 1781-1963, Convento dos Frades Capuchinhos, 1963;
  • SILVA, José Carneiro da, Memória Topographica e Histórica sobre os Campos dos Goytacazes, Imprensa Régia, Rio de Janeiro, 1819, p. 21;
  • Anuário da Diocese de Campos, ano 1995, p. 19;
  • Matriz de São Fidélis, livros paroquiais;
  • ARQUIVO NACIONAL, Hemeroteca Digital, diversos jornais e edições;

 

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