A ocupação do território dos índios coroados no atual Município de Vassouras iniciou-se com a penetração por meio de duas regiões: a que se estende das margens do Paraibuna e do Paraíba e, vai subindo até a Serra da Viúva e a da Sacra Família do Caminho Novo do Tinguá, em cujo extremo próximo da margem direita do Paraíba, se erigiu a vila, depois cidade de Vassouras.
Os tropeiros começaram a transitar pela margem esquerda do Paraíba do Sul e, ao tempo da construção da via férrea D. Pedro II, o atravessavam na altura do rio das Mortes (próximo da atual estação de Barão de Vassouras), onde fixaram um ponto de passagem na busca da estrada, que ligava Sacra Família a Tinguá. Essa várzea se tornou conhecida por "Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito", onde foi criada a vila de Vassouras por Decreto de 15 de janeiro de 1833.
Em 1822, uma subscrição promovida por Custódio Ferreira Leite, futuro Barão de Aiuruoca, e seus sobrinhos, propiciou o início da elevação de uma capela à margem da Estrada da Polícia, em terras doadas por Francisco José Teixeira.
Consta que sua iniciativa foi retribuição à graça alcançada por vencer uma ameaça de naufrágio numa viagem de retorno de suas andanças pelo sul do país. Além da igreja de Vassouras ele construiu mais sete templos, segundo uns historiadores ou treze, segundo outros. Sabemos que as de Barra Mansa, Areal, Conservatória, Valença, Sapucaia e Mar de Espanha, todas foram eretas graças a ele.
A capela começou a ser levantada em 1828 e concluída em 1829. Foi ampliada em 1838, por ordem do governo da Província, obra que se arrastou até 1853.
Ela foi elevada a sede paroquial pela Lei Provincial n° 108, de 23 de dezembro de 1837, destacando-a da freguesia da Sacra Família de Tinguá.
Nela foi enterrado em 21 de julho de 1846 Francisco Rodrigues Alves, fundador do povoado de Vassouras.
A respeito do painel rodeando o nicho com a imagem da padroeira, ele é de autoria do artista José Hallais de Oliveira e foi pintado no início do século XX. Quanto ao gradil de ferro, delimitando o átrio, só foi colocado em 1871.
Em 1967, a matriz sofreu algumas modificações para atender às diretrizes do Concílio Vaticano, também por uma necessidade de reforma em seu telhado, motivado por um desabamento que atingiu seu lustre central. Porém, a Irmandade Nossa Senhora da Conceição, então, responsável por sua manutenção, entendeu-se com o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (que realizou seu tombamento em 1958), e o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional acompanhou as modificações evitando a descaracterização da sesquicentenária igreja.
Ao norte a freguesia de Valença, ao sul a da Sacra Família de Tinguá, a oeste a de Paty do Alferes e a nordeste a de Paraíba do Sul.
Nome | Função | Período | |
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CAPELÃES | |||
(desconhecidos) | |||
VIGÁRIOS | |||
Antônio da Costa Guimarães | a.1843-1847 | ||
Manuel José dos Reis, protonotário apostólico | 1847-1871 | ||
Antônio Rodrigues Paiva Rio, monsenhor (1) | 1871-1874 | ||
Joaquim José Diniz Lage | coadjutor e pro paroco | 1874 | |
Lino da Silveira Gusmão, cônego (2) | 1875-1888 | ||
José Antônio de Jesus e Maria | pro paroco e vigário encomendado | 1888-1893 | |
Olímpio Alves de Castro | vigário por autorização e depois vigário | 1893-1903 | |
Antônio Barroso Basto | interino e pro paroco | 1905-1907 | |
José Joaquim de Brito, cônego | 1907-1909 | ||
Pedro Luís Arnaud (3) | encarregado da freguesia e depois vigário | 1909-1911 | |
Alberto Lopes de Andrade | 1911 | ||
Henrique Ambrósio Meyer | 1915-1921 | ||
Optato Klimke | 1921-1922 |
(1) No impedimento do pároco, o coadjutor padre Joaquim José Diniz Lage assinou os termos em 1874 e 1875;
(2) Entre 1878 a 1890, o padre José Antônio (Jill?) asssinou diversos asentos "por autorização", mas não como vigário;
(3) O Almanak Laemmert informa que em 1909 era vigário o padre Ambrósio A. de Souza Coutinho;
Fontes
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