GENEALOGIA BRASILEIRA
Genealogias - Minas Gerais - Região Sudeste
PAIS DE OLIVEIRA HORTA
Francisco
Pais de Oliveira Horta nasceu em São Paulo, filho de Salvador de Oliveira
Horta e Antônia Pais de Queiróz.
Ele foi casado com Mariana
Dias Pais Leme, filha do Governador das Esmeraldas Fernão Dias Pais Leme
e Maria Garcia Rodrigues Betting (SL, tit. HORTAS, IV, 331).
Carvalho Franco (CF,
verbete HORTA, Francisco Pais de Oliveira) conta ele acompanhou o sogro em 1674
para os sertões dos cataguases, em busca das riquezas do Sabará-boçu.
Descoberto o metal, minerou na região por algum tempo. Enriquecido, voltou
a São Paulo e se estabeleceu em Santana de Parnaíba.
Ele faleceu em Santana
de Parnaíba em 1701, ela já estava morta em 1760.
Pais de:
1.1 Maria Garcia de Abreu, casada com o guarda mor Bernardo de Chaves Cabral, filho de de Manuel da Costa Pinto e Antônia de Chaves. Com geração no tit. CHAVES CABRAL.
1.2 cel. Maximiano de Oliveira Leite, batizado em Parnaíba
no dia 29 de outubro de 1701 (VTM, I, 78) e casado em 1722, por procuração,
com Inácia Pires de Arruda, natural de Itu, filha de Francisco Pires
Ribeiro e Maria de Arruda.
Ele foi para o Ribeirão do Carmo como um dos povoadores e se estabeleceu
na fazenda dos Hortas, ao pé de São Sebastião.
Foi nomeado guarda mor
das minas do Carmo. Moravam no Morro de Santo Antônio (Felgueiras Gaio,
Nobiliário das Famílias de Portugal, I, 384).
Em sua obra, Carvalho
Franco (CF, verbete LEITE, Maximiano de Oliveira) conta que em 1733 e 1734 ele
esteve explorando o oeste mineiro, combatendo índios e ajudando na abertura
do caminho para Goiás.
Ele foi Cavaleiro da
Ordem de Cristo e fidalgo da Casa Real, por seus préstimos.
Há um estudo de
Carlos Leonardo Kelmer Matias sobre ele e o cunhado Caetano Álvares,
mostrando episódios passados em 1725, em que aparecem com uma faceta
autoritária, matando um escravo a facadas e roubando 300 oitavas de ouro
do pe. José de Soveral de Miranda. O padre declarou que a violência
de Maximiano se devia à ira contra ele, sacerdote, por ter se negado
a confessar uma certa moça levada pelo coronel e que o padre sabia ser
amásia do régulo marianense (Revista Espaço Acadêmico,
nº 50, de julho de 2005, cuja versão publicada na internet em www.espacoacademico.com.br/050/50esp_mathias.htm).
O coronel testou
em 1761 (LA3, 69º, 3).
Sua descendência
vai relatada no tit. HORTAS da Genealogia Paulistana (SL, IV, 331 e ss.). Entre
eles estão:
2.1 Mariana Dias Pais, nascida em Santana de Parnaíba
e casada com o guarda mor José da Silva Pontes, filho de Francisco da
Silva de Carvalho e Inês Domingos de Pontes (GZC, tit. XXXIV Pontes).
Mariana morreu em sua
casa no Inficionado a 1º de fevereiro de 1755.
Eles deixaram:
3.1 capitão mor José Pires da Silva Pontes, que
estava com 7 anos de idade em 1755.
Ele foi casado com Maria
Valentina Ferreira da Silva Leal filha do dr. Manuel Brás Ferreira e
de Antonia Luisa da Silva Leal.
Cavaleiro professo na
Ordem de Cristo, guarda mor das minas do Inficionado e Catas Altas. Possuidor
de muitas lavras em Minas. Com a geração descrita em (GZC, tit.
XXXIV Pontes).
O capitão teve
seus bens inventariados a partir de 1800 (LA1, 1º Ofício, maço
156, nº 3264).
3.2 Antônio, com 6 anos em 1755.
3.3 Inácia, com 4 anos em 1755.
3.4 Maria, com um ano em 1755.
2.2 Inácia Pires de Oliveira Leite, casada com o cap.
Leonel de Abreu e Lima, nascido em Brandar, termo de Ponte de Lima (Portugal)
no dia 18 de julho de 1703, filho de Bento de Melo Bezerra e Francisca Marinho.
Segundo Felgueiras Gaio
(op. cit., I, 384), ele foi Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Deste casamento vieram
(ver artigos de Jaime José Diniz, publicados no jornal "O Esmeraldense",
de Esmeraldas, Minas Gerais, números 11 a 22, de agosto de 1961 a julho
1962. Comunicação de Vânia Lúcia de Oliveira em e-mail
de 14 jun 2007 à lista de discussão Gen-Minas. E, ainda, Silva
Leme, IV, tit. HORTAS, p. 343):
3.1 Maria Córdula de Abreu e Melo, nascida em 1757 no
Sumidouro e moradora em Mariana, quando se casou na Catedral a 8 de setembro
de 1779 (DB3, 43) com o ten. cel. Manuel do Vale Amado, português , viúvo
de Rosa Maria do Vale Queiróz.
Eles foram pais de (DINIZ,
Jaime José, artigo no jornal O Esmereladense, nºs 11 a 22, de agosto
de 1961 a junho de 1962, informado por Vânia Lúcia de Oliveira
em e-mail de 14 jun 2007 à lista Gen-Minas):
4.1 Lourença Maria de Abreu e Melo, casada com o cap.
José Luís Pinto Coelho da Cunha.
O casal teve:
5.1 Maria José de Ataíde e Melo, casada com João
Felisberto Correia de Miranda.
Pais de:
6.1 Modesto Maria Pinto de Miranda, casado com Maria Tertuliana
Moreira.
O casal teve:
7.1 Maria das Dores Moreira de Miranda.
4.2 Brígida Inácia de Lima e Melo.
4.3 Ana Isabel de Abreu e Melo, casada com José Felizardo
da Costa.
Eles foram pais de:
5.1 Ana Isabel Felizarda de Melo (ou da Costa), casada com José
Dias Bicalho.
José possivelmente
foi aquele batizado na capela de Santo Antônio de Itacambira, filial da
matriz de São Pedro das Minas Novas do Fanado, a 6 de fevereiro de 1796
(4º, 58v), filho do cel. Jerônimo Dias Bicalho e Ana Esméria
Barbosa.
Ele foi emancipado pela
Mesa de Desembargo do Paço em 1819. Era era capitão da Quarta
Cia. do Regimento de Cavalaria de Milícias do termo da dita vila de Bonsucesso
(Sala de Estudos, www.marcopolo.pro/br, Salão Azul-Genealogia Brasileira,
seção Minas Gerais, Fontes Primárias, Geral, Mesa de Desembargo
do Paço).
4.4 Francisca do Vale Abreu e Melo, batizada em 14 de maio de
1786, segundo Luis Antônio Villas Bôas, em e-mail de jun 2007 à
lista Gen-Minas.
Segundo o mesmo genealogista,
ela foi casada com José Inácio Nogueira da Gama.
Eles foram Barões
de São Mateus e moravam em Matias Barbosa.
Ela morreu em Matias
Barbosa no dia 16 de junho de 1881, informa Villas Bôas.
4.5 capitão mor Manuel do Vale Amado.
4.6 cel. Francisco do Vale Amado.
Houve um comendador deste
nome cujo inventário de bens começou em São João
del Rei em 1860 (Q1, caixa 12), sendo inventariante Felicidade Perpétua
de Abreu Melo.
3.2 Francisca Claudina de Abreu e Melo, casada com João
José do Vale Amado, filho de Manuel do Vale Amado e Teresa Maria de Queiróz.
Tiveram (Luis Antônio
Villas Bôas e Juliana Sabino Simonato, em e-mails de 16 jun 2007 à
lista Gen-Minas, dando como fonte o site http://www.geocities.com/lscamargo/gp/Hortas_2.htm):
4.1 Maria José do Vale Abreu e Melo.
4.2 Antônio João do Vale Amado.
4.3 Rosa Joana do Vale Abreu e Melo. Uma Rosa do Vale Amado fez testamento em 1863 (Q1, caixa 5).
4.4 João José do Vale Amado.
4.5 Ana Francisca do Vale Abreu.
3.3 pe. Bento de Melo Bezerra do Rego. Ele testou em Mariana em 1815 (LA3, 1º, 60), sendo testamenteiro o tenente coronel Maximiano de Oliveira Leite.
3.4 pe. Leonel de Abreu Lima.
2.3 dr. Francisco Pais de Oliveira Leite.
Ele testou em Mariana
em 1815 (LA3, 1º, 66v), sendo testamenteiro o capitão mor Domingos
Alves de Oliveira Maciel.
1.3 Francisca Pais de Oliveira, nascida em São Paulo
e casada em 1716 em Santana de Parnaíba com o cel. Caetano Álvares
Rodrigues Horta, nascido em Lisboa, filho de João Álvares Horta
e (...). Silva Leme (SL, IV, 369). No mesmo local, Silva Leme descreve sua descendência.
Ele era tio da sóror Felícia Maria de São José,
religiosa do Convento de Santa Ana, em Lisboa.
Antes de vir para o Brasil,
ele acompanhou em 1702 o vice-rei da Índia em suas viagens por cinco
anos. Foi soldado, alferes, tenente de mar e guerra e capitão-tenente
deste vice-rei. Esteve na batalha de Amborra, em Goa.
No Brasil, acompanhou
o governador das Minas Gerais ao Rio de Janeiro em 1711, para combater os franceses.
Na volta, foi mandado abafar as rebeliões no Rio das Mortes.
Ele foi juiz ordinário
e vereador da vila do Carmo. Por sua atuação, acabou recebendo
a patente de coronel e, depois, de guarda mor da vila.
Ela testou viúva
no dia 10 de dezembro de 1750 em sua residência no termo de São
Sebastião (LA3, 71, 165). Disse ser tia de Escolástica de Oliveira
Leite e de Ana da Fonseca Coutinho. Deixou testamento (LA3, 71º, 165) e
(LA3, 73º, 163).
O casal teve, entre outros:
2.1 Caetano Rodrigues de Horta.
2.2 ten. cel. José Caetano Rodrigues Horta.
1.4 Bárbara Pais de Queiróz, casada com o cap.
José de Godói Moreira, filho de Bernardino de Chaves Cabral e
Ana Ribeiro de Alvarenga. Com o descendência mostrada no tit. CHAVES
CABRAL.
Viúva, ela se
casou em Santana de Parnaíba em 1731 com Francisco Cardoso Zuzarte de
Andrade (SL, IV, 356). Ela não deixou prole do segundo marido.
1.5 Antônia Pais de Queiróz, nascida em Araçariguama
ou em Santana de Parnaíba (SP) e casada com o cap. André Pinto
da Fonseca Coutinho, nativo de São Tiago de Folhadila, termo de Vila
Real, arcebispado de Braga.
Deles vieram:
2.1 Maria Angélica da Fonseca, nascida em Santo Antônio
de Itaverava, onde foi batizada a 20 de janeiro de 1722.
Casou-se em São
Sebastião, termo de Mariana, a 16 de dezembro de 1747 com o cap. Fortunato
Gomes Carneiro, batizado no dia 18 de setembro de 1709 na freguesia de São
João Batista da Vila do Conde, filho de Alexandre Gomes da Costa e Teresa
Carneiro de Azevedo. Este Alexandre nasceu em São Salvador de Lemenha,
filho de João Gomes e Maria da Costa. Casou-se em São Martinho
de Guilhalreu, comarca da Maia, a 13 de dezembro de 1707 com Teresa, da freguesia
de Santa Clara do Torrão Couto, Entre-Ambos-os-Rios, bispado do Porto,
filha de Maurício Carneiro e Batista de Azevedo.
Ele teve inventário
de bens iniciado em 1778 (LA1, 1º Ofício, maço 90, nº
1876).
Deste casamento procederam:
3.1 Alexandre Gomes Carneiro, nascido no dia 31 de outubro de
1748 e batizado em São Sebastião.
Habilitou-se para o sacerdócio
em 1776 (JD2, 1.25.1).
A partir de 17 de outubro
de 1777 (VTM) passou a ocupar-se como capelão de N. Sra. da Vargem.
Ele deixou testamento
de 1807 (LA3, 38º, 20v). O inventário de seus bens começou
no mesmo ano (LA1, 2º Ofício, maço 134, nº 2708).
3.2 côn. Caetano Gomes de Santa Rita, natural da freguesia
de São Caetano e estudante no Seminário de Mariana.
O inventário de
bens dele começou em 1828 (LA1, 1º Ofício, maço 95,
nº 1977), no qual há testamento do mesmo ano (LA3, 20º, 151v).
3.3 Fortunato Gomes Carneiro, natural da freguesia de São Caetano e estudante no Seminário de Mariana.
3.4 ten. Narciso Gomes Carneiro, nascido em São Sebstião
e casado antes de 1790 com Maria Teresa da Silva, batizada na capela de Santa
Ana a 8 de abril de 1760 (AA1, 130), filha de Antônio da Silva Correia
e Ana Ribeiro de Almeida.
Narciso morava na rua
Direita, em Mariana.
Ele morreu no dia 27
de maio de 1809, com testamento (LA1, 2º Ofício, maço 88,
nº 1906). Parece que viúvo tomou ordens sacras, pois neste auto,
ele foi dito padre Narciso Gomes Carneiro. Deixou armas (pistola de prata, um
par de pistolas comuns, duas lanças), imagens sacras, inúmeros
livros de Teologia, sermões e outros, como Ritual Romano, Notícias
de Roma, Caderno dos Santos Novos, Metafísica, Gradus ad Parnasum. Tinha
9 escravos, que cuidavam de suas mulas, cavalos e porcos.
Eles tiveram:
4.1 Maria, falecida em julho de 1788 e enterrada na matriz de Mariana (DC4, 194v).
4.2 Leocádia Basília de São José,
que estava com 20 anos de idade em 1809, viúva de Manuel Joaquim de Almeida.
O inventário de
bens dele começou em 1811 (LA1, 2º Ofício, maço 14,
nº 438).
4.3 Narcisa, que estava com 19 anos em 1809, solteira.
4.4 Fortunato, que tinha 18 anos de idade em 1809.
3.5 Antônia Micaela de Oliveira, nascida em São Sebastião e casada na Catedral de Mariana às 6 horas da manhã de 28 de maio de 1773 (DB3, 13v) com o alf. Miguel Álvares de Mesquita, nascido em São Salvador de Ribas, termo de basto, comarca de Guimarães arcebispado de Braga, filho de Francisco Álvares e Prudência de Mesquita.
2.2 Vitoriana Pais de Oliveira, nascida em Itaverava e casada
com o ten. cel. Gregório de Matos Lobo, nascido na cidade de Lagos, Algarve,
filho de João de Matos Lobo e Leonor Maria.
Eles moravam em Guarapiranga.
Em 1785 começava o inventário de bens do tenente coronel (LA1,
1º Ofício, maço 140, nº 2911). Deixou uma fazenda em
Pirapetinga, cerca de 55 escravos, uma dezena e meia de animais e bens em Vila
Rica.
Eles geraram:
3.1 Álvaro Casimiro de Matos, nascido no dia 2 de março de 1751 e batizado na matriz de N. Sra. do Pilar de Ouro Preto. Habilitado para o sacerdócio em 1779 (JD2, 1.34.1).
3.2 pe. Luís Caetano Pais de Oliveira (ou de Oliveira
Lobo).
Deixou inventário
de bens de 1828 (LA1, 2º Ofício, maço 26, nº 651). Possivelmente
o padre Luís Caetano de Oliveira Lobo que testou em 1825 (LA3, 23º,
45v).
3.3 Antônia Lúcia de Matos.
3.4 Beatriz Sebastiana de Matos.
3.5 Maria Caetana de Matos.
1.6 Escolástica de Oliveira Pais, casada com ten. cel. Pedro Vaz de Campos, filho do capitão mor Manuel de Campos Bicudo e sua primeira esposa Luzia Leme de Barros. Com geração em (SL, V, p. 173).
1.7 Bento Pais, casado com Rosa Bueno de Gusmão, filha de Bartolomau Bueno da Silva, o moço, e Joana de Gusmão. Com a descendência descrita em (SL, IV, 378).
1.8 cap. Francisco Pais de Oliveira de Horta, que faleceu solteiro em Parnaíba em 1743, com 47 anos de idade (SL, IV, p. 378).
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