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HISTÓRIA

�SIA - Período Pleistoceno Inferior (2 milhões a 1 milhão de anos atrás)

Introdução

evolu�ao humana

homo erectusOs sinais mais antigos do Homem na região asiática são datados de 1,8 milhões de anos (Hsihoutu, província de Shangxi, na China) e de 1,7 milhões de anos (Yuanmou, província Yuan, também na China). Sítios do H. Erectus, datados de 1,8 milhões de anos, foram achados em Java (Indonésia), enquanto outros, de 1,7 milhões de anos, foram localizados em Dmantsi (Geórgia). Um sítio em Longuppo (China) dá sinais de ser também deles.

Tais sítios mostram que o H. Erectus se expandiu rapidamente pela Ásia atrás da caça de mamíferos ou que surgiu autoctonamente na África e fora dela.

Se houvesse uma sequência espacial com datação cronologicamente crescente, estaríamos autorizados a concluir que o H. Erectus teria emigrado a partir do Continente Negro. Com os dados disponíveis, contudo, temos de manter aberta a hipótese de evoluções locais tardias das espécies asiáticas.

Alguns esqueletos javaneses foram inicialmente classificados como pitecântropos ou magântropos. Seriam evoluções regionais, entre fins do Pleistoceno Inferior (c. 1,2 milhões de anos) e inícios do Pleistoceno Superior (100 mil anos atrás), de espécies oriundas da África muito antes do desenvolvimento do Homo Erectus.

Na área de Sangiran (Java), os restos ditos megântropos foram associados a australopitecos, enquanto os dos pitecantropos da formação de Pucan (correspondente ao horizonte de Djétis, do Pleistoceno Inferior) foram associados aos H. Habilis. Os pesquisadores reconheceram, também, que os pitecântropos de Modjokerto (enterrados nas formações de Kabush e Notopuro, associados ao horizonde de Trinil, do Pleistoceno Médio) e os pitecântropos de Solo (recuperados ma localidade de Ngandong, datados de fins do Pleistoceno Médio e início do Pleistoceno Superior) estão relacionados com o H. Erectus.

Seguindo a tradição onívora do H. Habilis, o H. Erectus desenvolveu uma incipiente economia de caça e coleta. Matava pequenos animais, roedores e macacos jovens, para alimentar grupo. Certamente ainda aproveitava carniças de animais maiores, como rinocerontes, bovídeos, cervídeos, cavalos e avestruzes. Os sítios mais antigos mostram pouca variação do cardápio. Alguns poucos sítios à beira-mar trazem à luz um consumo limitado de moluscos. Outros poucos mostram alguns sinais de consumo de frutos silvestres.

Com o tempo, talvez com o crescimento dos bandos, passaram a perseguir animais maiores. Para tanto, desenvolveram um arsenal mais elaborado de artefatos de pedra e talvez de ossos e madeiras (que não chegaram aos nossos tempos).

A arma de caça era por excelência a lança com ponteira feita de madeira ou presa de elefante. Servia para abater cavalos, cabras, uros, veados etc. Os caçadores atacavam preferencialmente os animais jovens, mais fáceis de isolar do grupo e que tinham carne mais tenra.

No curso do Paleolítico Inferior, o consumo das carnes do tronco dos animais caçados foi substituído pelo consumo das carnes e músculos das patas em várias comunidades. Há sítios em que se observa a perfuração do crânio de animais para a extração de seus cérebros. A caça em grupo mostra a capacidade de se organizar e comunicar do H. Erectus.

A inclusão mais frequente de carne à dieta vegetal levou ao aumento da capacidade craniana para 800 (exemplares mais antigos) a 1.300 cm3 (exemplares europeus mais recentes). Os exemplares dos Sinanthropus Pekinensis tinham capacidade craniana entre 815 cm3 (exemplares mais antigos) e 1.225 cm3. (exemplares mais novos). Cérebros maiores por sua vez podem produzir comportamentos sociais mais complexos, favorecendo estratégias alimentares mais eficientes.

A inteligência mais evoluída levou ao domínio do fogo (mesmo o natural) e à fabricação de vestimentas, fatores que permitiram à espécie deixar o calor da África e se arriscar nas regiões mais frias do norte da África e o Oriente Médio.

área da tradição acheulense   A tradição acheulense ainda fabricava utensílios de grandes dimensões, herdados de tradição olduvaiana, mas cada vez menos frequentemente. Na nova indústria, crescia a fabricação dos instrumentos peróides bifaces (espécie de clavas com pontas pronunciadas e cortes em duas faces), dos perfuradores (utensílios com fios cortantes, cuja presença é frequente junto a restos de elefantes e hipopótamos), de cutelos (artigos semelhantes às clavas, mas de lâminas quadradas) e triedros (objetos pontiagudos ou serrilhados em formato triangular).

Nela surgiram algumas obras em osso, mas raras e sem padronização.

A indústria acheulense foi levada pelo H. Erectus para o Oriente Médio e daí partiu em duas direções. Uma chegou à região dos Cáucasos, onde desenvolveram um estilo local conhecido como "acheulense tipo Kudaro". Uma segunda atingiu os altiplanos iranianos e dali para a Índia e China. Ela não ultrapassou os maciços montanhosos do norte da Ásia.

Na China, é identificada uma linha evolutiva, de Kehe-Tiengtsu, que se inicia no Pleistoceno Inferior (fase de Hsihoutu-Lantian) e prossegue no Pleistoceno Médio, até o início do Pleistoceno Superior (fase de Tingtsu, datada do Würm Antigo). A indústria encontrada neste sítio compreende basicamente lascas, frequentemente retocadas, algumas talhadeiras e perfuradores. Tal tradição no glacial de Riss, quando os artefatos de lascas se tornam prevalecentes na indústria. Aparentemente esta indústria foi a base para a indústria de micrólitos de lascas do Pleistoceno Superior local.

Na China (sítio de Chou-kou-tien) foi encontrado por todo o acampamento restos humanos que apresentavam a base do crânio quebrada e intencionalmente removida. Alguns desses crânios mostravam sinais de carbonização. Não se logrou identificar se se tratava de canibalismo ou ritual mágico. Também se desconhece se isso era feito com pessoas vivas ou se depois da morte. Tampouco se sabe se os mortos eram membros da comunidade ou indivíduos de agrupamentos humanos vizinhos.

Segue o Período Pleistoceno Médio



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