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HISTÓRIA

A Formação do Planeta

Introdução

 

A história do Homem foi fruto das diversas ações do meio ambiente, que propiciaram a formação das primeiras protocélulas, simples cadeias de moléculas de conformação muito simples, mas que já permitiam a passagem de correntes elétricas e a auto-reprodução.

A formação da vida sobre a Terra é, então, em grande parte o resultado de fatores ambientais. Isto é, cada elo da cadeia alimentar depende da fauna e da flora da qual se nutre. Uma e outra varia conforme o clima e o solo da região.

Para chegar às primeiras formas antropóides, o meio ambiente passou pelas seguintes etapas, cuja classificação e nomenclatura é um tanto arbitrária e tem o objetivo único de agrupar períodos de características mais ou menos uniformes.

 

A Era Paleozóica (570 a 245 milhões de anos atrás)

 

A Era Paleozóica vem dividida em diversos períodos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Carbonífero e Permiano.

No Período Cambriano (570-505 milhões de anos atrás), imensos mares dominavam a superfície da Terra. Águas ricas em carbono e nitrogênio, aquecidas pelas atividades dos vulcões e atingidas por descargas elétricas poderosíssimas vindas da atmosfera carregada, permitiram à Natureza um sem-número de experiências na criação de seres vivos. É a chamada explosão Cambriana da vida. Inúmeras espécies vivas surgiram e desapareceram nesse processo.

Do Ordoviciano (505-438 milhões de anos atrás), ficaram apenas fósseis de animais marinhos (cefalópodes), mostrando que a Terra ainda era um grande mar orgânico.

No Siluriano (438-408 milhões de anos atrás), começa a se formar a Pangea, um megacontinente composto de duas placas sólidas: a Gondwana e a Laurásia). Os principais fósseis dessa era ainda basicamente aquáticos: moluscos, esponjas, bivalves e crinóides.

 

 

Chega o Período Carbonífero (360-286 milhões de anos atrás). Nele, a Pangéa já se havia fragmentado. As placas se deslocavam muito lentamente, talvez centímetros por século, sobre o oceano orgânico. As marolas provocadas pela erupção de vulcões no fundo dos mares impulsionava as placas tectônicas. Matéria vinda do centro da terra, também graças à atividade vulcânica, se depositava na superfície da Terra. Neste período começam a surgir as primeiras plantas com sementes, os primeiros corais e as formações de pedra calcária. Nas áreas costeiras, o clima aquecido pela matéria quente dos vulcões, propiciou o surgimento de pântanos costeiros, com luxuriosa vegetação, que deu origem a bolsões de petróleo e concentrações de minas de carvão. Na América do Norte, este período foi batizado de Mississipiano (no sul do continente) e Pensilvanniano (no norte dele).

No Período Permiano (286-245 milhões de anos atrás), muitas espécies marinhas se extinguiram neste período. Surgiram os primeiros répteis, mostrando que as terras firmes já eram habitáveis.

 

A Era Mesozóica (570 a 245 milhões de anos atrás)

 

A Era Mesozóica, por sua vez, se divide nos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo.

Do Período Triássico (245-208 milhões de anos atrás) poucos fósseis foram encontrados e todos eles eram de répteis.

O Período Jurássico (208-144 milhões de anos atrás) ficou famoso por um filme ("Jurassic Park"), embora nessa época ainda não existissem os animais mostrados na película, nele, os répteis atingiram seu tamanho máximo. Eram encontrados nas águas, terras e mesmo no ar, onde pequenas aves se desenvolviam. Os mares eram rasos. A flora incluía a samambaia e as coníferas.

Por fim, o Período Cretáceo (144-66 milhões de anos atrás). Nele, o clima era quente. O nível dos mares subiu. Surgiam formações calcárias parecidas com giz (que em latim era cretáceo). As primeiras plantas floridas brotavam na atmosfera agora rica em hidrogênio e oxigênio. Na fauna, os dinossauros dominaram, embora tivessem sido extintos dentro deste período.

 

A Era Cenozóica (66 milhões a 10 mil anos atrás)

Essa era é subdividida nos Períodos Terciário e Quaternário.

O Período Terciário é dividido em cinco épocas:

  • Paleoceno (66 a 57 milhões de anos atrás)
  • Nessa época ocorreu a diversificação súbita dos mamíferos.

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  • Eoceno (57 a 36 milhões de anos atrás).
  • A temperatura da Terra estava em elevação. Seguia avante a diversificação dos mamíferos: roedores, primatas, felinos, equinos, baleias ... iam surgindo de espécias ancestrais.

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  • Oligoceno (36 a 24 milhões de anos atrás)
  • Uma época de quedas nas temperaturas e regressão dos mares. Na África, brotaram inúmeras espécias de antropóides, que iremos ver melhos adiante.

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  • Mioceno (24 a 5 milhões de anos atrás)

    A denominação Mioceno vem do grego e significa moderadamente recente e começou há 25 milhões de anos. Se considera em seu âmbito um período de 20 milhões de anos, nos quais as transformações sofridas pela Terra não foram tantas a ponto de impor a necessidade de uma denominação própria. Nele apareceram as grandes savanas nas regiões equatoriais e tropicais. Nela se viu o surgimento do mastodonte ou o rinoceronte Dicerorhinus etruscus e sua fauna é denominada vilafranquiana.

    Nestes milênios ocorreram importantes movimentos das placas tectônicas, formando cadeias como os Alpes, o Himalaia e as cordilheiras ocidentais das Américas (Andes e Montanhas Rochosas).

     

  • Plioceno (5 a 2 milhões de anos atrás)

    O Plioceno (também termo grego significando muito recente) é a parte da Era Cenozóica que se seguiu ao Mioceno. Suas características principais se mantiveram por três milhões de anos. Foi uma época de esfriamento global da Terra. Nele, o movimento das placas tectônicas da Ásia e da Índia colidiram, dando origem à cordilheira do Himalaia.

    As temperaturas continuaram em queda, gerando fenômenos como a Glaciação de Sierra Nevada. Muitas espécies de mamíferos se extinguiram com isso. Por outro lado, nas zonas temperadas surgiam as primeiras formas de antropóides.

     

    Para o nosso estudo, o Plioceno é um período ímpar, pois nele as condições climáticas do planeta propiciaram também o surgimento dos primeiros hominídeos — os Australopitecos —, há cerca de 4 milhões de anos.

     

O Período Quaternário (2 milhões a 10 mil anos atrás) é dividido de modo a qualificar as principais alterações climáticas ocorridas durante esse tempo. Temos, então:

 

  • Pleistoceno Inferior (2 milhões - 120 mil anos atrás)
  • O termo pleistoceno em grego significa o mais recente. Seu início coincide com as glaciações alpinas de Dunau e Günz, bem como a canadense de Nebraska. Nela começou a desaparecer a fauna vilafranquiana, com a extinção dos grandes animais e a proliferação de bichos de porte médio.

     

  • Pleistoceno Médio (750 a 120 mil anos atrás)
  • Nele ocorreram as glaciações alpinas de Mindel e Riss, mais ou menos correspondentes às glaciações norte-européias de Elster, Saale e Warthe. Também no período se iniciava o ciclo faunístico Cromeriano.

     

  • Pleistoceno Superior (120 a 10 mil anos atrás)
  • No Pleistoceno Superior ocorreu a última glaciação alpina, a de Würm e sua correspondente norte-européia de Weichsel (80-10 mil anos atrás). Sua recessão permitiu ao Homem ocupar a Europa, o norte da Ásia e a América. Com o aquecimento do planeta, os animais de clima frio (bisões, renas, mamutes e algumas espécies de ursos) migraram para o norte. Já a expansão das áreas mais próximas ao Equador e trópicos fêz proliferar os bosques e neles os javalis, veados e cervos.

     

  • Holoceno (a partir de 10 mil anos atrás)
  • No Holoceno aconteceram as oscilações climáticas conhecidas como Alleröd, subdivididas em cinco fases:

     

    • Pré-Boreal (10-8,7 mil anos atrás), quando o melhoramento do clima fêz surgirem as bétulas e, depois, as nogueiras;
    • Boreal (8,7-7,5 mil anos atrás)
    • Atlântica (7,5-4,5 mil anos atrás), caracterizada por um clima temperado e úmido
    • Sub-Boreal (4,5-2,7 mil anos atrás), quando se desenvolveram as faias (ervas-doce)
    • Sub-Atlântico (atual)

 

Alguns cientistas rotulam o período pós-Revolução Industrial de Período Antropocênico, entendendo que a explosão demográfica humana alterou de tal modo o clima do planeta e, com ele, a flora e a fauna da Terra, criando uma entidade ambiental diversa do Holoceno clássico

Cronologia dos eventos

Para contextualizar os períodos da História e entender a influência de clima, biologia e cultura dos seres antropóides e humanóides, os cientistas tabulam períodos onde rupturas significativas da rotina ajudam a compreender alterações também nos seres vivos.

Apresentamos a seguir um resumo das nomenclaturas das diversas cronologias adotadas na medição dos fenômenos da pré-história, que serão úteis para as páginas que seguem.

 

cronologia da pré-história

 

Seguem os Primeiros Primatas



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