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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Espanha e Andorra

Seu d' Urgell e Andorra

Enquanto a Mithiko esteve comigo em Barcelona, revisitamos vários lugares, tais como o Mosteiro de Montesserate. E vimos uns outros mais.

Numa dessas viagens saímos por Manresa e passamos pela formosa Solsona, com seu aspecto medieval e casas de cores alegres. Por entre as serras de Aubenç e de Turp, alcançamos Adral. Pegamos, então, uma estrada tipicamente pirenaica. Parece a antiga estrada da Serra do Mar entre Santos e São Paulo ou entre Rio e Petrópolis. Vai serpenteando rumo ao céu. Parece um avião, pois você vê claramente o fundo do vale ficando menor e menor.

Deste modo, levamos mais de uma hora para chegar a Sort, um paraíso de esqui no fundo do vale. Já estava meio tarde para chegar ao Vall de Arán, assim demos meia-volta.

Paramos na Seu de Urgell, a única cidade de tem no nome um título clerical. Ela teve origem em uma colina próxima, onde existia um povoado protegido, possivelmente dos celtas que ali chegaram pelo VII século a.C. Depois o vilarejo foi levado para o planalto a seus pés e ali foi construída uma igreja, já sé cristã por ocasião do Concílio de Toledo. A este bispado foram concedidas as terras do vale e mais além, assim que o bispo de Urgell se tornou importante senhor feudal. Em Urgell foi celebrada a primeira missa no rito determinado pelo Concílio de Trento no território espanhol.

Dali fomos para Andorra. É um dos menores países do mundo. Em época medieval foi disputado entre o bispo e o conde de Urgell. No século VII, na presença de Carlos Magno, foi assinada a pareatge (sociedade), sendo as terras colocadas sobre um domínio comum. Por esta razão, Andorra é desde 1278 até hoje um co-principado e seus governantes formais são o bispo de Urgell e o Presidente da França (como sucessor do conde de Urgell). Eles presidem a abertura dos trabalhos legislativos, mas a administração do território é feita por um colégio de seis representantes, um para cada cidade do país. O centro de governo é a Casa de la Vall, onde uma placa explica a pareatje.

Eclesiasticamente, Andorra é dividida em sete dioceses. A Câmara do Conselho conserva as chaves de cada paróquia, no armário conhecido como das "sete chaves", talvez a origem da expressão "trancado a sete chaves".

Dormimos em Andorra Vella, uma cidade moderna incrustada entre duas altas montanhas. Turística, nela se pode esquiar no inverno, tem ruas de traçado completamente irregular, mas muito bem conservadas. Nelas, uma infinidade de lojas, cada uma é mais elegante e rica que outra. Parece um shopping center a céu aberto.

O rio Valira corta a cidade e sobre ele pontes e pracinhas permitem cruzá-lo. Suas águas são límpidas e velozes e provavelmente muito frias.

A cidade tem um casco velho, a zona do Mercat Vell, pequeno. Nele achamos uma loja verde-amarela, de produtos do Brasil.

Os pontos de visita não são nada indicados e disso reclamamos diversas vezes. Por exemplo, para achar a igrejinha mais velha da cidade, a de Santa Coloma, tivemos de ir tateando e perguntando. É um templeto românico que ainda conserva umas poucas partes das paredes originais.

Em Andorra encontramos muitos portugueses, principalmente trabalhando. No hotel em que ficamos, tanto o carregador de malas quanto a recepcionista eram desta nacionalidade. Uma outra curiosidade era a quantidade de plantações de tabaco em grandes hortas domésticas.

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