No caminho, uma pequena parada no Wall Drug (uma botica estabelecida por um casal em Well e que hoje é um grande armazém geral e lanchonete. Suas propagandas se espalham na estrada por mais de 40 milhas do lugar) e fomos para Pierre, a capital do estado de Dakota do Sul.
Pierre é toda rodeada de elevações de razoável altura. De muitos lugares se vê o rio Missouri (ali hoje transformado no lago Oahe (leia Oahíi) e o State Capitol, de cúpula negra.
O rio ali mede cerca de 500 metros. Às suas margens um parque para piqueniques e caminhadas. Adiante, uma ilha foi ligada ao continente e por baixo da terra tubos permitem a conexão. A água passa com pressão pelos tubos e entra numa baia, onde o pessoal passeia de barco, veleja, pratica jet-ski ou pesca.
A cidade é das mais gostosas que passamos nestas bandas. Não é grande, mas confortável, agradável e tranqüila.
O centro governamental é o Capitol Complex, prédios públicos nas proximidades do Capitol, que, como dissemos, tem uma grande cúpula negra.
Ao lado do Capitol uma fonte interessante de gás e água quente. O gás queima permanentemente e a água atinge 92°F (28° C). Do poço da qual borbulha , vai em escada caindo num lago grande como o do Ibirapuera e melhor cuidado quanto ele.
Adiante o Cultural Heritage Center. Nele o grande acervo é dedicado aos índios e um pouco aos demais elementos que fizeram a história da região: caçadores de peles, transportadores (diligências na terra e navios a vapor no rio). Quadros na entrada explicam as coisas do ponto de vista indígena. O búfalo, por exemplo, é o feiticeiro Tatanka, que veio sob a forma de animal para dar vida e abrigo aos índios.
Mostram como era o quotidiano dos índios. Uma placa ensina que os marechais de campo designavam caçadores para os velhos, viúvas e órfãos. Ensinam que a ordem no tipi (a casa cônica dos índios) era no sentido horário, ou seja, a mulher ficava mais a oeste que o marido. Os hóspedes de boa origem ficaram perto da entrada até convidados a entrar.
Uma outra placa mostra como os brancos descumpriram seus tratados com os índios: o suprimento de comida, acordado para 50 anos, foi reduzido a 10. A área das reservas sempre eram reduzidas.
Há um "display" com dois botões: num se ouve uma mulher falando nakota e noutro um homem falando em lakota, dois dos dialetos sioux.
Há seções sobre os comerciantes de peles, uma mina, uma sod cabin (casa de barro e capim), carruagens e diligências, um manequim como o marquês francês que fundou Medora, na Dakota do Norte, e criou uma linha de diligências.
Mostra uma algema de pés que estava sendo usada por um filadelfiano culto que resolveu ser ladrão de cavalo em Sidney (Nebraska) e foi linchado (enforcado) no caminho para Pierre.
Uma sala tem como fundo as lamuriosas canções indígenas. No centro há fotos (iluminadas por trás) com cenas de entreveiros entre índios e entre índios e brancos. Há também documentos. Num painel, cenas da matança de Wounded Knee: a terra coberta de neve e cheia de corpos de crianças e mulheres mortas. Outro mostra o cacique Pé Grande morto, na neve. E o enterro em vala comum dos índios assassinados .
Do outro lado do rio, sobre uma colina da qual se divisa a represa toda serpentante ao longe, está o local onde os irmãos La Verendrie puseram uma placa de chumbo , apossando-se da terra para o rei da França. Ventava bastante.
Também a algumas milhas dali, no topo de um morro do qual se vê a represa, um marco modesto indicando o centro geográfico da Dakota do Sul e aproximado da américa do Norte (marca esta que também existe na Dakota do Norte).
Segue Mobridge ...
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