Wichita (uichitá) não é uma cidade grande, mas é muito espalhada. Cortada pelos rios Big Arkansas e Little Arkansas, que se juntam em desnível de cerca de meio metro, formando um efeito bonito de uma pequena cascata.
Nessa ponta está o museu do Índio, prenhe de artefatos (colares de contas e espinhos, tendas etc). O acervo permite distinguir perfeitamente as tribos nômades, cujas tendas eram feitas de modo a serem abandonadas (como, por exemplo, folhas largas como as da bananeira apoiadas em arbustos que serviam de suporte ou, outro exemplo, os próprios tepees) e as tribos sedentárias, cujas construções eram feitas para durar muito tempo.
Os índios da região usavam cabanas com estrutura de finos troncos de árvores, coberta com palhas de capim seco. Usavam os tipis para passar a noite quando iam caçar. Nos fundos do museu, onde os rios se encontram, há uma escultura interessante, chamada The Keeper of the Plains (Guardião das Planícies), homenagem aos índios da região.
Ainda perto do museu fomos ver uma Old Cowtown, reconstrução de 1945 da Wichita da década de 1860, quando a cidade tinha população de 3 mil habitantes.
Nela todos os detalhes foram lembrados: a escola, o morgue, o hotel (com gabinete de dentista no andar superior) e a cadeia, pouco usada (exceto pelos bêbados).
A cidade vivia de ser um entreposto comercial na Oregon/Santa Fé Trail e do comércio de gado. Por isso, na Old Cowtown estão a ferrovia, o entreposto, os currais de onde o gado era embarcado no trem que ia de Indepen-dence, KS, a Santa Fe, NM.
No bar são exibidas inúmeras garrafas da época (a garçonete não soube com certeza de onde vinham as bebidas, mas algumas garrafas indicavam whisky do Tennessee, que certamente vinha por barco pelo Mississipi/Missouri até Kansas City e depois em enormes carroções até Wichita).
A cidade é "povoada" por cidadãos vestidos a caráter. Dá a impressão de retorno à época da Guerra da Secessão.
Era dia 30 e dali seguimos para o oeste pela I-35. As plantações de trigo e milho vão sendo substituídas por pastos. De tempos em tempos enormes currais com milhares de cabeças de gado. Esses lugares fedem como se tivessem repletos de fezes humanas.
No trajeto está Greensburg, onde caiu o meteoro Pallasita e onde está o (segundo eles) maior poço escavado à mão do mundo.
Segue Dodge City ...
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