CADERNOS DE VIAGEM
EUROPA - França - Pays de la Loire
ANGERS
Começamos a visita pelo castelo, erguido como fortaleza no século XIII pela regente Blanca de Castela. Ele foi a sede política dos condes de Anjou que se relacionam com o trono inglês, porque Matilde, filha de Guilherme, o Conquistador, casou-se com Geoffrey, filho de Foulques Nerra. E depois dos Plantagenetas com Henrique II e Ricardo Coração de Leão.
O castelo foge do lugar comum porque também tem jardins suspensos onde se cultivam flores e especiarias.
Fica à margem do rio Maine. No século III a.C., ele já era ocupado. Na sala da livraria há o resto de um cairn neolítico.
O castelo-fortaleza não é ricamente mobiliado. A capela também está despojada.
Ele abriga o fascinante Museu da Tapeçaria do Apocalipse. Uma coleção de tapetes mandados fazer em 1375 pelo duque de Anjou Luís I. A obra recobrem 100 metros das paredes do museu, numa sala em L. São duas linhas paralelas de tapetes. Na linha superior, a figura de São João fica à esquerda e à direita está a cena do Livro da Revelação que ele vê e narra. Começa pela abertura dos sete selos com as pragas (os quatro cavaleiros, os cataclismas anunciados pelas sete trombetas). As Testemunhas e a Mulher combatendo Satã, Satã seduzindo os homens, a vitória sobre o Dragão e a Queda de Babilônia, seguido pelo surgimento da Nova Jerusalém. Em meio, descreve o contexto histórico: a Guerra dos Cem Anos, as fomes, as pestes ...
Saímos do castelo para a catedral, hoje sem muitos adornos, mas com o púlpito em madeira mais esplendoroso que vimos.
À frente da catedral uma escadaria larga e longa leva ao nível do rio.
Detrás da catedral, na praça da Santa Cruz, um edifício de dois ou três andares, todo trabalhado como uma árvore, com figuras do Gênese. É chamada de Casa de Adão.
Um pouco mais acima está a Colegiate de (Saint Michel?), a única igreja carolíngea ainda existente na França. A parte superior já é moderna, nas há acessos à cripta, com tumbas e um forno para forja de metais da época carolíngea. Uma parte é visível da própria igreja. Numa ala, conservam-se lápides de quando Carlos Magno governava o país.
Passamos por Saumur para ver o castelo dito de "Branca de Neve". Mas já era tarde e ele estava fechado. E ademais, estava em obras e não estava muito apresentável.
Segue para Fontevraud ...
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