Dia 7. Estivemos numa outra atração fantástica no vale do Vezère: a Gouffre de Padirac. Como toda essa região, a gente vai por estradinhas onde mal passam dois carros, cortando vilarejos muito bonitos, em elegantes casas antigas em pedra.
O Gouffre é uma furna. Um buraco enorme no terreno, causado pelo afundamento do teto de uma caverna. Um elevador nos leva ao fundo do poço. Dali, segue-se a pé por um corredor escuro, ouvindo o murmúrio cada vez mais forte de água corrente. Ela penetra na caverna por um buraco e vai recebendo outras águas até formar um rio, com uns 110m de largura e uns 6 metros de profundidade. Do teto caem gotas de água.
A um certo momento chegamos a um embarcadouro. Pequenos botes com filas de bancos fazem a travessia para o fundo da caverna. A água e o ambiente são gelados, por volta de 10ºC.
O barqueiro vai explicando a formação calcária, como a caverna se formou etc.
Chegamos a outro embarcadouro. Ali começa uma subida de uns 400 degraus, mas em etapas. No caminho, vemos dois lagos, ou dois empoçamentos enormes. O calcário do rio se deposita e o represa. Ele segue escorrendo por cima das barragens naturais. Segue por mais 42 km dentro das galerias e dali se lança no (Dordogne?).
As estalactites são enormes. Uma chega a 200 metros de altura e não se transforma em coluna porque o rio erode sua base. Parecem gigantescas velas, sorvetes derretendo-se, pizzas escorrendo ou coisas do gênero. Normalmente ficam molhadas pelos pingos que caem do teto e que as vão aumentando.Segue para Toulouse ...
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