ícone carta
Contate-nos
ícone
Receba notícias
ícone lupa
Pesquise no site
adicionar aos Favoritos
Gostou? Adicione aos Favoritos!

CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Inglaterra - Londres

Londres (parte 2)

         A Trafalgar Square é um pátio cimentado enorme, com uma fonte grande, um sem-número de camelôs e pombos. Nele uma coluna altíssima com uma estátua do almirante Nélson no topo..

Nessa praãa fica o Museu de Arte (National Gallery), exibindo quadros do período 1260-1510 (Giotto, Uccello, Botticelli, Raphael etc.), do período 1510-1600 (Holbein, Tintoretto e Michelangelo, entre outros), do período 1600-1700 (Rembrandt, Rubens, Van Dyck, ...) e do período 1700-1900 (Monet, Van Gogh, Seurat ...).

Da Trafalgar Square sai a Whitehall Street, que passa sob o Admiral's Arch, cruza a famosa Downing Street, segue pelo Salão dos Banquetes e pelos Estábulos Reais. A Downing St. é fechada para o público e não dá para ver a célebre casa de nº 10, residência oficial do Primeiro-Ministro inglês, senão de longe.

 

A abadia de Westminster

Abadia de Westminster

A Abadia de Westminster é um um templo enorme, onde, desde 1066, os reis ingleses são coroados. Ela serve, também, de panteão real inglês.

A lenda conta que a abadia foi erguida no local de uma outra erecta pelo rei dos saxões ocidentais Sebert, falecido em 616, por insistência do bispo de Londres, Mellitus.

Por certo, a fundação religiosa mais antiga de Londres remonta aos tempos de St. Dustan, bispo, que mandou erguer uma abadia beneditina numa ilha no Tâmisa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

interiores da Abadia de Westminster

   

O rei Edward, o Confessor, mandou construir uma abadia próxima à de St. Dustan e desta veio a atual catedral, em estilo romanesco. Ela foi consagrada em dezembro de 1065, poucos dias antes de o rei morrer. Ele foi o primeiro monarca sepultado no templo.

Depois dele a igreja recebeu os despojos reais de umas duas dezenas de reis e rainhas, assim como príncipes, princesas, nobres, poetas (Chaucer), músicos (Elgar, Purcell), cientistas (Haley, Darwin, Newton), políticos (Cromwell, Pitt e Wilberforce) e outros.

De 1540 a 1550 a abadia se tornou a catedral da recém-criada diocese de Westminster. Mas em 1560 a rainha Elizabeth I a transformou numa igreja colegiada.

O interior da capela é enorme. O teto todo trabalhado, num rendado lindo, em forma de cálice. Nas paredes enormes vitrais multicoloridos. Das paredes pendem flâmulas e bandeiras igualmente multicoloridas. As paredes têm uma cor semelhante à da areia e o chão é repleto de lápides.

Por ser o local de coroação dos reis, ali está a Cadeira da Coroação, de madeira. Sob ela ficava a pedra de Scone (pronuncia-se scún), tomada em 1296 dos escoceses e a eles devolvida em 1996. Conta a lenda que os reis da Escócia eram coroados sobre essa pedra, que emitia um ruído se achasse méritos no soberano que se coroava.

 

O Parlamento inglês

Detrás da abadia está o Parlamento, um prédio enorme e pesadão. As paredes são completamente esculpidas com efígies, escudos nobiliárquicos, desenhos geométricos etc. Tudo num tom entre marrom claro e amarelo mostarda. No lado da Casa dos Comuns está o Big Ben, o famoso relógio britânico que regulava as horas do mundo inteiro.

Dentro do Parlamento, no enorme Salão Nobre, onde pessoas eram julgadas, quando o Parlamnto era também poder judiciário, e ocorriam as sessões solenes da Casa, há uma exposição permanente sobre o Parlamento, mostrando documentos antigos.

O Parlamento fica às margens do rio Tâmisa, um rio largo, escuro e inodoro. Ao lado do Parlamento uma ponte sobre o Tâmisa leva à prefeitura de Londres. As pontes perto do Parlamento estavam sendo reformadas e, por isso, estavam feias quando ali estivemos.

Espetáculo digno de ser visto é a troca da guarda no Palácio de Buckingham. A cerimônia cansa, pois é longa e a gente tem de ficar o tempo todo em pé. Uns guardas de azul estavam perfilados no pátio do Palácio, enquanto o comandante fazia um vai-e-vem danado da porta do Palácio até o portão principal. Tudo parte da tradição (há, inclusive, no cerimonial o número de vezes que ele tem de fazer esse trajeto). Enquanto isso, longe, se vê uma banda dos casacas vermelhas com altos chapéus de pelo de urso que tocam perfilados. A seguir os casacas vermelhas marcham até o Palácio e se postam em frente aos de azul. Duplas de soldados dos dois grupos fazem a ronda, indo e vindo através do pátio várias vezes. Uma dupla de soldados vestidos com antigos trajes amarelos também fazem a ronda. Depois de muito tempo, os vermelhos vão substituindo os azuis em seus postos. Ao fim do processo, os azuis saem acompanhados da banda, marchando para o lugar de onde os vermelhos vieram.

A Carnaby St. é uma rua pequena, só para pedestres, cheia de lojas de moda. Ela ficou famosa nos anos 60 quando a modelo Twiggy ali lançou a mini-saia, escandalizando o mundo.

Ainda na parte central de Londres fica a famosa travessia na Abbey Road que foi capa de um dos últimos discos dos Beatles. Bem próxima à estação St. John’s Wood do metrô.

Prefeitura de Londres Entardecer em Londres

 

 

A London Tower

A Tower of London fica muito longe do Parlamento e pode ser visitada depois de uma viagem de barco pelo rio Tâmisa. O cruzeiro dura cerca de meia hora. Várias empresas providenciam passeios pelo rio.

Como todos os castelos normandos, tinha como plano geral uma torre construída sobre um morro de terra artificial (motte), cercado por muralhas altíssimas e grossas e por um fosso externo cheio de água. Ela foi uma fortaleza, residência real e cárcere. Ele foi construído sobre um antigo forte romano, origem da vila de Londinium.

Ali eram presos e executados as pessoas mais ilustres do reino, como Sir Walter Raleigh (entre 1603 e 1613), duas das esposas de Henrique VIII (Ana Bolena e Catherine Howard), os príncipes Edward e Richard (filhos de Edward IV e que parecem ter sido assassinados a mando de seu tio Richard III, sucessor de Edward IV).

Há a entrada dos turistas e uma, chamada Traitor’s Gate, para barcos (a Water Lane), por onde entravam os prisioneiros.

No pátio fica a White Tower, o edifício original cuja construção começou com Guilherme, o Conquistador. Lá estão exibidas as armaduras reais e instrumentos de tortura.

O primeiro prisioneiro nesta torre foi o bispo Ranulph Flambard, de Durham, encarcerado em 1101 e que escapou por uma corda que lhe passaram dentro de um pote de vinho e fugiu para a Normandia. Nesse edifício também ficou preso o príncipe galês Llewelyn ap Gruffydd, que morreu de uma queda, em 1244, quando tentava escapar da prisão. Também nele, em 1399, o rei Richard II foi condenado como tirano e forçado a abdicar em favor de seu primo Henry IV.

Outro prédio muito visitado é a Royal Chapel of St. Peter ad Vincula. Em frente à capela fica o cadafalso onde eram executados os prisioneiros. Dentro da capela ficam as sepulturas de vários personagens famosos: Ana Bolena, Catherine Howard (esposas de Henrique VIII), Jane Grey (proclamada rainha da Inglaterra em 1533, com 15 anos de idade, após a morte de Edward VI, mas deposta nove dias depois e executada em 1534 por ordem de sua prima e sucessora Mary I), São Thomas More, São John Fisher, todos decapitados. Além deles, Talbot Edwards, falecido em 1674, o primeiro Guardião das Jóias Reais.

O edifício mais procurado é a Waterloo Barracks, onde ficam as Jóias da Coroa. Na ante-sala passa um filme sobre cada uma das jóias. Depois se passa ao salão onde estão as jóias. Em cada lado das vitrines escadas rolantes vão levando os turistas calmamente pelas jóias: cetros, coroas, a orbi (uma esfera de ouro cercado por pedras preciosas). Entre essas jóias está o mais fino diamante do mundo, o First Star of Africa (Cullinan I), de 530 quilates, que fica no topo do centro encimado por uma cruz.

Uma passarela permite passear pelo muro e visitar várias das torres da fortaleza. A Salt Tower serviu de cárcere e em suas paredes foram encontradas inscrições de sacerdotes ali aprisionados no reinado de Elizabeth I (1558-1603). Outro hóspede célebre dessa torre foi John Balliol, rei da Escócia entre 1292 e 1296.

A Middle Tower é a residência do Yeoman Warder, também conhecido como Beefeater, depois marca de um uísque, o Guardião da Torre.
Um outro edifício digno de nota é o Fusilier’s Museum, que abriga o armamento do castelo ao longo dos anos.

No castelo vivem inúmeros corvos. Reza a lenda que quando eles se forem, a monarquia inglesa desaparecerá. Por isso, eles são tratados com respeito. Quando um morre, é substituído por outro. Há o Ravenmaster, funcionário responsável pelo cuidado com eles e por aparar suas asas para evitar que fujam.

 

Outro ponto de interesse é o Museu Britânico, um dos maiores do mundo, pois o Império Britânico se estendeu por todos os continentes e os sábios ingleses tinham um profundo senso de preservação dos bens culturais.

Segue Londres (parte 3) ...

Índice da Inglaterra



Criado e administrado por Marco Polo T. Dutra P. Silva

® Site registrado na Biblioteca Nacional desde 2003. A reprodução de partes de artigo é permitida desde que informado o título dele, seu autor e o endereço da página web correspondente.