Na região, visitamos a cidade de Bolzano (Bozen em ladino, o dialeto local).
Nessa cidade fica um dos mais interessantes museus de história regional da Itália. Nele está exposto o chamado Homem do Gelo (ou Oetzi), corpo de um caçador da Idade do Gelo que morreu há cerca de 5.200 anos, Dele foi possível recuperar também as vestimentas e algumas armas que usava, formando o mais completo enxoval neolítico já encontrado.
Ele foi encontrado em 1991 por um casal de alpinistas alemães nos Alpes italianos. De início, foi uma polêmica diplomática: tanto a Itália quanto a Áustria reivindicavam a múmia para si. Por fim, foi demonstrado que ele estava algums metros em território italiano.
Ela é também conhecida como a Múmia do Similaun. Trata-se de um homem que tinha entre 30 e 45 anos e media, aproximadamente, 1,65m de altura. Ele foi encontrado em uma geleira dos Alpes de Ötztal perto do monte Similaun, de onde deriva o seu nome.
Sua morte, de acordo com um estudo de 2007, foi provocada pelos ferimentos de uma flechada no ombro. Os pesquisadores acreditam que ele era um caçador, que deveria estar com outros colegas, e que eles podem ter travado uma luta com algum grupo rival.
Sua descoberta forneceu várias informações sobre a sociedade da Europa na Idade do Cobre, já que além da análise do material genético, também foram encontrados vários artefatos. O homem tinha 57 tatuagens, algumas localizadas ou próximas de pontos que coincidem com os da acupuntura, que podem ter sido feitas para tratar doenças. Suas roupas eram bastante adaptadas ao frio, com sapatos largos e à prova d'água, aparentemente feitos para caminhar na neve. Tufos de grama macia dentro do sapato serviam como isolante térmico.
Também foram encontrados um machado de cobre, uma faca de sílex, um tipo de coldre repleto de flechas, entre outros objetos. Ötzi também carregava cogumelos, um com propriedades antibacterianas e outro que parecia pegar fogo facilmente, que pertencia a uma espécie de conjunto para fazer fogo. Uma análise de cromossomos de Ötzi indicou que ele pertence a um grupo genético que hoje domina no Sul da Córsega. As análises de DNA também revelaram que ele tinha uma probabilidade alta de sofrer de aterosclerose, intolerância à lactose e da doença de Lyme.
O museu expõe muito didaticamente a evolução humana na chamada região rética (Alpes centrais) correspondente aos atuais norte central da Itália, sudoeste da Áustria e sudeste da Suiça.
Mostra também como se processava a metalurgia do cobre, que criou na área a cultura de Fritzsen-Sanzeno, e as influências das culturas vizinhas (Hallstadt ao norte, Golasecca ao sudoeste, Villanova ao sul e Atestina a sudeste), que levaram à evolução para aquela denominada de (Meluco-Luco) na Idade do Ferro.
Dali fomos para Verona, depois de passar horas na estrada devido a um acidente automobilístico. O rio Adige nos seguiu por toda a estrada.
Segue para Verona ...
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