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CADERNOS DE VIAGEM

Europa - Itália

Palermo

No dia seguinte, fomos conhecer Palermo. No caminho aconteceu um fato hilário. Eu imaginei que a gasolina do tanque não seria suficiente para chegarmos a Palermo. Fomos escolhendo as cidades ao longo da auto-estrada para entrarmos e abastecermos o veículo. Quando decidimos, a cidade estava vazia. No caminho passamos por alguns cidadãos isolados. Ao perguntarmos a um deles se haveria um posto de gasolina, o velhinho começou a remexer o bolso e - surpresa! - ele tirou um aparelhinho para amplificar o som das cordas vocais. Com tanta gente tantas vilas, olhe só onde e a quem fomos perguntar algo! E o pior, a pilha estava fraca. O velhinho ficava nervoso porque o aparelho não funcionava. E se irritava batendo a engenhoca na mão. Por fim o treco funcionou, mas o sm era ruim, o sotaque pior e a explicação estranha: como parar o carro e atravessar a estrada para comprar gasolina? Mais tarde entendemos. O posto ficava na outra pista e a auto-estrada era toda bloqueada por protetores no canteiro central. Bastava parar no acostamento e pular o protetor para comprar a gasolina.

Gastamos quase todo o dia em Palermo atrás de bancos para sacar. Por fim, conseguimos fazê-lo no BNL, com um caixa que usava bigode à Salvador Dali e que apanhava no sistema em seu computador. Quando acabamos de sacar, já era hora da "siesta" e tudo estava fechado.

A cidade tem ruas mais largas e lembra mais uma cidade brasileira.

O sol e a chuva revezavam-se.

Paramos para a admirar a pracinha chamada Quattro Canti, oficialmente Plaza Vigliena, criada por ordem dos vice-reis entre 1608 e 1620 no cruzamento entre a via Maqueda e a Corso Vittorio Emanuele, não longe da catedral. Os quatro edifícios da praça (Palácio Real, Monte da Piedade, Castellammare e Tribunais) têm em suas fachadas estátuas dos quatro reis espanhóis da Sicília (Carlos V, Felipe II, Felipe III e Felipe IV, esta ordem), das padroeiras da cidade (Cristina, Ninfa, Olívia e Ágata, respectivamente) e das Quatro Estações (Primavera, Verão, Outono e Inverno, também na ordem). Cada uma em um bairro da cidade (Albergheria, Seralcadio, La Loggia e Kalsa).

A Catedral de Palermo tem uma decoração bizantina cheia de cores e sem relevo. Guarda os túmulos dos governantes aragoneses da Sicília (Henrique VI e Rogério II, bem como o de suas mulheres), o do imperador Frederico II, o de sua mulher Constância de Aragão e o de Constância, mãe do imperador e filha de Rogério II. Na Capela do Tesouro está o diadema que pertenceu a Constância de Aragão.

A cripta guarda os restos de vários bispos e arcebispos locais. Alguns dos jazigos eram antigos sepulcros pagãos que foram reaproveitados e, por isso, têm inscrições cristãs numa face e pagãs na outra.

Perto do Bar Manaus fica o Museu Arqueológico, o melhor da ilha. Ela se distribui em três andares. O prédio fica numa antiga mansão. Entra-se por um pátio espanhol com uma fonte no centro. No andar de baixo ficam esculturas romanas, gregas e sarcófagos fenícios.

Nos andares superiores algumas ferramentas líticas pré-históricas e centenas de vasos de cerâmica. Uma sala tinha dezenas de lápides ou fragmentos delas com inscrições em grego. No último andar, bem conservados templetes funerários gregos, cujas paredes internas tinham as figuras com cores ainda bem vivas. Havia uma sala que exibia tésseras excelentemente conservadas.

Dormimos em Cefalú, uma cidade à beira-mar, cuja maior atração é uma enorme pedra de cujo topo se tem uma vista bonita.

Atravessamos de volta o Estreito de Messina. Passamos por Reggio Calabria, cidade grande de ruas e casas como as cidades brasileiras e que estava calma por ser a hora da sesta.

Segue para Catanzaro ...

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