No dia seguinte fomos a Tarquinia, importante cidade da era etrusca. Suas atrações principais são a rica necrópole e o museu local.
O cemitério é muito grande. Nesse dia havia inúmeros grupos de estudantes, italianos e franceses.
Todos os túmulos são do tipo hipogeu, mas apenas alguns estavam abertos para a visita. Nestes era possível ver as áreas dos sepulcros onde aconteciam os banquetes fúnebres. Quase todos os hipogeus têm uma escada de acesso e ficam a 10 ou 15 metros abaixo da superfície. As câmaras são decoradas com figuras de pessoas comendo, bebendo, tocando ou dançando e de animais, geralmente felinos. Numa delas, uma câmara central dá acesso a outras duas de nível ainda mais inferior. Sobre a escada de acesso a essas câmaras secundárias há uma porta apenas desenhada. E em cada lado de cada uma dessas escadas está a figura da divindade Charun, condutor da alma ao outro mundo. A verdadeira entrada fica sob o desenho.
Numa outra cova havia a imagem de um trio fazendo sexo (tumba dos Touros).
As sepulturas nesse cemitério não têm inscrição sobre o pórtico de entrada.
O museu local guarda os sarcófagos de três famílias ricas: Partunus, Camna e Pulenas. Eles portam inscrições gravadas no alfabeto etrusco (recente?).
Nos andares superiores há urnas cinerárias vilanovianas e outros objetos dessa era. A seguir veio a fase orientalizante, da qual ficou um sem-número de vasos de figuras em negro, depois em vermelho sobre um fundo de cor da própria cerâmica. Há também objetos de bronze, inclusive coleções de espelhos de bronze, cujo verso ostenta gravuras de figuras humanas, geralmente casais.
Igualmente, o museu conserva as figuras pintadas em paredes, retiradas das tumbas da região.
Segue para Cerveteri ...
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