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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Portugal

Almansil e Loulé

No caminho, passamos por Almansil (alguns escrevem Almancil), em cujos subúrbios se encontra a igreja de São Lourenço de Matos, de interior recoberto de azulejos. Estava havendo um velório na capela ao lado, e o funcionário da funerária preocupado que o padre só iria abrir a igreja às 3 da tarde, hora já do enterro. Ele nos contou que esteve em vários lugares do Brasil (Rio, São Paulo, Foz do Iguaçu ...).

Aqui eu pude demonstrar toda a minha habilidade futebolística, apesar de estar há uns 40 anos sem jogar. Meninos jogavam futebol no pátio de uma escola quando a bola pulou para fora dos muros. Fui ajudá-los, peguei a bola de borracha e chutei de volta de trivela. A bola foi parar nos galhos de uma árvore ao lado do colégio. Aí eu fui obrigado a pegar o carro e dar uma ré para posicioná-lo sob a árvore. Abri a porta de trás, subi (e amassei) a capota do carro, mas pude pegar a bola e devolvê-la. Nem um obrigado dos meninos!!! Com cuidado, desci para o banco de trás e pulei no asfalto. Do outro lado da rua u'a Mithiko branca e uma alemã de boca aberta.

Diversas pessoas também foram ver a capela e não puderam. Demos carona para um casal de alemães, que eu pus em contato com a Mithiko. Como de praxe, o alemão dela foi muito elogiado pelo casal. Os deixamos em Loulé, não sem antes assustá-los com conversões pouco canônicas nas ruas e com a passagem pela estreita porta de entrada da cidade velha de Loulé..

Em Loulé fotografamos por fora a matriz onde alguns meus sétimos-avós se casaram e provavelmente foram batizados. Óbvio, estava fechada! Andamos a esmo pelo centro velho, bastante charmoso, com ruas estreitas e casas vivamente pintadas.

Sobre Loulé, diz a Wikipédia:

A presença do homem no Concelho de Loulé remonta ao Paleolítico Antigo. Nos milênios seguintes, no período da Era dos Metais, intensifica-se a incursão dos povos do Mediterrâneo Oriental, que progressivamente penetram no Sudoeste Peninsular, culminando com a chegada dos fenícios e dos cartagineses. Estes fundaram as primeiras feitorias na orla marítima do território do atual concelho, promovendo a pesca, a prospecção da metalurgia e a atividade comercial. A partir dos meados do século II a.C., após a Segunda Guerra Púnica, os romanos dão novo impulso às atividades econômicas desenvolvendo a indústria conserveira, a agricultura e a exploração mineira do cobre e do ferro.

Com a conquista dos muçulmanos, no século VIII, nasce a urbe medieval que virá a gerar a cidade histórica atual. Al-'Ulya' (Loulé) é-nos descrita, pela primeira vez, nas vésperas da reconquista cristã, nas crónicas árabes de Ibne Saíde e Abd Aluhaid como sendo, uma pequena almedina (cidade) fortificada e próspera, pertencendo ao reino de Niebla, sob o comando do Taifa Ibne Mafom.

Em 1249, D. Afonso III auxiliado por D. Paio Peres Correia, cavaleiro e Mestre da Ordem de Santiago, conquista o Castelo de Loulé aos "mouros" fazendo a sua integração plena na Coroa Portuguesa, no momento em que concede o primeiro foral à "vila" em 1266.

A mina de sal gema, localizada em Loulé surgiu quando da mutação geológica que resultou na separação entre a Europa e África, que criou o mar Mediterrâneo, há 250 milhões de anos, ainda antes da era Jurássica. A cobertura de uma enorme massa de água salgada pela terra num período relativamente curto resultou no enorme torrão de pelo menos um quilômetro de profundidade que hoje se estende a Leste de Loulé e não se sabe onde acaba. Há quem diga que ramos dessa linha de sal poderão atingir as proximidades de Barcelona, onde há uma jazida semelhante.

Segue para Alcoutim ...

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