Em seguida, fomos a outro patrimônio da Humanidade: o Mosteiro da N. Sra. da Vitória da Batalha, construído a mando de D. João I em agradecimento a N. Sra. pela vitória conseguida contra os castelhanos, mais numerosos, na batalha de Aljubarrota, onde ele assegurou a Coroa.
Igualmente um conjunto arquitetônico grandioso. Por fora tem um aspecto de deteriorado, mas o interior é impressionante. Nas curvas do portal da fachada principal estão esculpidas nas pedras imagens de anjos, santos, reis e profetas com uma perfeição de derrubar o queixo.
A igreja do mosteiro tem uma nave central de mais de 80 metros de comprimento, 22 de largura e 32,5 metros de altura. O estilo predominante é gótico, mas nos claustros vê-se muitos elementos manuelinos. Os vitrais provêm o colorido do templo, principalmente nos dias ensolarados.
No meio da Capela do Fundador, junto à entrada principal, estão os sepulcros de D. João I e de sua esposa D. Felipa de Lencastre. Nas paredes dela estão os túmulos de D. Pedro e sua esposa D. Isabel de Aragão, de D. Henrique (o Navegador, fundador da mítica Escola de Sagres), de D. João II e sua esposa Isabel, de D. Afonso V, do príncipe D. Afonso e de filhos de D. João II.
Pela sacristia entra-se no Claustro Real ou de D. João. Um enorme quadrilátero de 50m por 50m ajardinado com pórticos laterais ao estilo manuelino. Nele estão a Sala do Capítulo, outrora lugar de reunião dos monges para debater os assuntos de interesse coletivo e hoje ocupada com os restos mortais de dois soldados e dedicada ao Soldado Desconhecido, a abóboda é formada por uma estrela de oito pontas.
No Claustro Real há um pavilhão decorado, em cujo interior está uma fonte em forma de dois lanços de taças de pedra, das quais jorram água para os tanques inferiores
Há no conjunto um outro claustro menor, o de D. Afonso V.
Fora do Mosteiro estão as Capela Imperfeitas, um templo inacabado e sem cobertura (daí o apelido imperfeita), com um portal abundantemente rendilhado e um espaço livre rodeado de pequenas capelas onde estão os restos mortais de D. Duarte, falecido de peste em 1438 e que mandara iniciar tais capelas, e sua esposa D. Leonor de Aragão.
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