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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Portugal

Sagres

Sábado, 18 de maio. Dirigimo-nos a Sagres, para saber que a famosa Escola de Sagres dizia respeito a um estilo de ensino de navegação e não a uma escola física. A menos que a escola ficasse nos edifícios destruídos em 1587 pelo corsário Francisca Drake.

Antes de chegar a ela, fomos ver dois menires existentes na estrada de Raposeira para Ingrina. Um está bem visível. O outro, provavelmente quebrado, está deitado na grama.

Conta-se que o pessoal de Sagres não se vê nem é visto como algarvio, mas genericamente como gente do cabo. Contra eles paira a suspeita de afundadores de navios para ganhar os salvados no naufrágio.

Em Sagres fomos primeiramente à fortaleza, na ponta do istmo que é o ponto extremo do sul de Portugal. O acidente geográfico tem um quilômetro mar adentro e largura máxima de 300 metros. O forte ocupa o terço mais avançado e o estacionamento o terço mais próximo ao continente. Ele é constantemente açoitado por ventos fortes e pelas águas geladas do Atlântico.

O prédio do forte é grande, mas não gigantesco. Sofreu diversas restaurações. Das sentinelas se vê a cidade e as "praias" vizinhas, em verdade um mar verde ou azul batendo nos rochedos ou se acabando em pequenas faixas de areia.

No interior do forte foi escavado um enorme círculo, dividido como uma pizza por fileiras de pedras pequenas. Foi apelidado de Rosa dos Ventos, pois se achou que era essa sua serventia.

A área da fortaleza é um gigantesco círculo que nos tomou quase duas horas para completá-lo, iniciando na fortaleza e caminhando pelas bordas das arribas onde o mar bate sem clemência. Há uma gruta afastada da borda chamada Furna, onde se pode ouvir claramente o mar bramir por baixo das rochas.

A vegetação é rasteira e abundante em espécimes, geralmente flores coloridas de pequenas dimensões.

Junto aos edifícios principais há uma capela, dedicada a N. Sra. da Graça.

Almoçamos em um restaurante na enseada e porto da Baleeira, atendidos por garçons educados, mas sem a menor simpatia.

Seguimos mais para o norte para ver as ruínas do forte de Beliche, do século XVII, próximo ao cabo de São Vicente.

O forte está muito deteriorado e parte já foi tragada pelo mar. Também ali falésias recebem constantes pancadas do mar verde-garrafa.

Na praia de Beliche, ali perto, muita gente vai surfar.

Pouco mais adiante, o cabo de São Vicente, que é o ponto extremo sudoeste da Europa. Este cabo, onde se imagina ter sido edificado o santuário de Kronos (grego) e do fenício Melqart, que se apropriaram da religiosidade dos indígenas. Hoje um farol guia os navegantes por estas traiçoeiras águas.

Com pequenas variações, topamos novamente com a lenda de São Vicente. Dizem que aqui o corpo de São Vicente encalhou e ficou guardado por corvos, que depois o levaram a Lisboa, como já contamos.

Segue para Lagos ...

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