A ilha sagrada de Iona (leia-se aiôna) é o berço do cristianismo escocês. A estrada de Glasgow até ela começa de uma auto-estrada que cruza os subúrbios da cidade. Depois passa por uma ponte alta sobre o rio Clyde, que corta a cidade de Glasgow. Dessa ponte se vê onde o rio entra no mar.
Segue às margens do famoso Loch Lommond (Loch Laomainn), de águas geladas e calmas, grande como a represa de Guarapiranga, maior que o lago Paranoá. O lago ocupa o vale de altas montanhas.
Em Crianlarich se toma a estrada para Oban. Uma linha de barcaças da Caledonia MacBrayne vai duas vezes ao dia (no verão) a Craignure, na ilha de Mull. Convém reservar as passagens para não perder viagem, pois a linha é muito procurada pelos turistas.
vistas de Oban | |
A viagem leva 45 minutos. Passa por um farolzinho ao lado de uma pedra conhecida como Lady Rock. Nela um dos McLean deixou a esposa amarrada, para que morresse afogada com a cheia da maré. Ela, contudo, foi resgatada por pescadores e levada à casa de seu pai, um dos poderosos do lugar. Quando o McLean chegou para dar a pesarosa notícia ao sogro, ali achou a moça viva e saudável. Pouco tempo depois o McLean foi brutalmente assassinado. Coincidência? Ou não?
Passa-se pelo Castelo Duart, dominando o mar. Esse castelo era o centro de poder dos escotos do clã McLean da ilha de Mull e nele ficaram presos os soldados dos navios da Invencível Armada espanhola que naufragaram nas costas da Escócia.
Os escotos vieram de Antrim, na Irlanda, e se estabeleceram em Argyllshire, no território que eles chamaram de Dal Riáda, rememorando sua terra natal de igual nome.
Por volta de 500 d.C., Fergus Mor, filho de Erc, estabeleceu uma nova dinastia na Dal Riáda e elegeu Dunadd para sua capital.
Ferguse seus irmãos dividiram a Dal Riáda em cinco clãs distintos: Cinel Lorn, Cinel Garran, Cinel Comgall, Cinel Angus e o território de Fergus.
Cinel(e mais modernamente clann) significa "crianças de" ou "povo de". O sistema de clãs tem uma estrutura rígida. O chefe do clã dita as normas e preside a escolha de um "tanist" para sucedê-lo. Abaixo deles vem o comandante militar e o chefete ("chieftain"), que governava um braço do clã. Abaixo deles os cavaleiros e os demais membros do clã.
Os constantes ataques dos noruegueses e sua dominação do norte da Escócia enfraqueceram os pictos. O rei escoto Kenneth MacAlpin, então, conseguiu em 843 o trono picto e ampliou o território escoto ao unir as duas coroas.
Em 1018 o rei Malcom II submeteu os lothianos ao trono escoto. Seu neto Duncan unificou a Escócia toda. Mas Duncan foi morto em batalha por MacBeth. E este morto em 1058 por Malcolm Canmore (do gaélico ceann mor, ou grande chefe),filho de Duncan.
Por sua educação britânica, Malcolm preferiu se unir aos lothianos (1) anglo-saxões e aos celtas do norte. Em 1066 ele foi coroado em Dunfermline e não em Scone, tradicional lugar de coroação dos reis da Escócia.
Ele determinou que a língua dos saxões e não a dos celtas seria falada na corte e impôs rituais católicos a seus súditos, reduzindo a força dos clãs.
A contínua ação dos reis em impor o feudalismo em lugar do sistema de clãs separou as "highlands" celto-norueguesas das "lowlands" saxônicas. Essa divisão só foi resolvida em Culloden, a favor dos descendentes dos saxões da Inglaterra, os ingleses.
Por essa época os noruegueses ocuparam o norte do país, principalmente a Caithness, as ilhas Shetland, as ilhas Orkney e as Hébridas (Lewis, North Uist, South Uist, Raasay e Skye).
Começavam a surgir nos vales das terras altas os clãs Campbell (2) (centro de Argyll), Cameron (Lochaber), Robertson (Rannoch) e MacKay (Ilhas Southerland). Nas ilhas apareceram os MacDonald (Islay), MacLean (Mull, Tiree e Coll), MacDonald (Skye), MacLeod (idem) e MacKinnon (idem).
Os clãs viviam do gado (ovelhas e bovinos), da cevada (matéria prima para o uísque) e da aveia (da qual faziam o pão).
O primeiro proeminente homem a surgir dessa gente foi Somerled, do clã Donald.
Ele resistiu à expansão dos noruegueses. O próprio Somerled tinha sangue misto picto e norueguês. Após ferozes batalhas, ele dominou a igualmente norueguesa Ilha de Man, de onde comandava as ilhas ocidentais. Para completar a integração, casou-se com Ragnhildis, filha do rei viquingue das Ilhas e de Man. Sob a promessa de fidelidade de Somerled, o rei Malcolm IV reconheceu o governo dele sobre essa região. Mas ambos tinham entendimento diverso acerca do “status” de Somerled. Este se via como o senhor das ilhas, enquanto Malcolm IV o tinha como um preposto do rei.
Para mostrar sua independência, Somerled saqueou Glasgow em 1164 com 150 navios. Mas em Refrew ele encontrou as tropas do Guardião da Escócia e foi morto.
Somerled fundou uma poderosa dinastia noruego-gaélica conhecida como os Senhores das Ilhas. Ele deixou três filhos. Dois deles continuaram a linhagem. Dougall, o mais velho, fundou o clã dos MacDougall de Argyll e Lorn. Reginald (cujo nome era Donald) criou os MacDonald de Islay, eram os Senhores das Ilhas.
Mas os clãs não formavam uma confederação. Mesmo após a derrota dos noruegueses em Largs no ano de 1266, a Escócia vivia dividida pela luta entre clãs. E a coroa desesperada procurando a lealdade deles para não sucumbir aos ingleses.
As alianças entre os clãs eram tremendamente frágeis. Apesar de recusarem a apoiar Robert de Bruce, os MacDonald de Islay seguiram Angus Or, irmão dele. E lutaram ao lado de Bruce em Bannockburn.
Em 1370 os Camerons tinham terras em Lochaber, que os MacIntosh reclamavam para si. Depois de um ataque de surpresa, onde os MacIntosh roubaram gado, os Camerons juntaram 400 homens e marcharam para Badernoch, território do clã Chattan (uma confederação dos MacIntoshes, Davidsons, MacPhersons, MacGillivrays, MacBeans e Farquharsons). Desgostosos com sua posição na confederação, os MacPhersons se retiraram dela, rumaram para o outro lado do rio Spey e se sentaram para ver o conflito.
Os Camerons dizimaram os Davidsons e estavam para liquidar os MacIntoshes, quando os MacPhersons finalmente resolveram voltar ao grupo e puseram os Camerons para correr.
Por essa época, o clã Donald foi perdendo força e os Campbells se fortalecendo. Estes receberam da Coroa terras que eram dos Donalds, os Senhores das Ilhas.
Com uma firme base em Argyllshire e Perthshire, os Campbells passaram a apoiar aqueles que maiores retornos lhes proporcionassem. Os MacGregors, por exemplo, não tinham documento de posse do seu pedaço da Escócia e os Campbells passaram a cobrar alugueres deles. Furiosos, a princípio os MacGregors se recusaram a dar qualquer dinheiro a MacChaelein Mór (Grande Filho de Colin, como o chefe dos Campbell era conhecido). Mas o poderio dos Campbells se impôs e empobreceu de tal maneira o clã MacGregor, que estes se tornaram meros arrendatários dos Campbells.
Para não sucumbir, os MacGregors começaram a atacar Perth e Stirling para roubar gado. Em 1570 o 10º chefe dos MacGregors tentou resistir aos Campbells de Glenorchy, mas foi preso e decapitado em Balloch.
Pelos anos 1603 os Campbells estavam decididos a extinguir o povo dos MacGregors. O conde de Argyll, chefe do clã Campbell, estimulou uma querela entre os MacGregors e os Colquhouns de Luss, Dumbartonshire. Os MacGregors haviam invadido Luss e tomado 300 vacas, 100 cavalos, 400 ovelhas e igual número de bodes dos Colquhouns. Não satisfeitos, os MacGregors massacraram 140 membros do clã dos Colquhouns.
O rei James VI, de partida para a Inglaterra, ficou uma fera com esse exemplo de desunião sangrenta de seus súditos. Antes de partir, fêz o Conselho Privado aprovar uma lei tornando os MacGregors foras-da-lei, abolindo esse nome e proibindo que mais de quatro membros dessa família pudessem se encontrar ao mesmo tempo.
Diante disso, o clã dos Camerons, liderados pelo chefe Lochiel, o clã Ranald e o MacChaelein Mor prazeirosamente perseguiram os MacGregors. Alastair, 11º chefe dos MacGregors, se rendeu ao duque de Argyll sob a promessa de um salvo-conduto à Inglaterra, onde ele tencionava ingressar com um pedido de audiência ao rei para expor o caso do clã.
O duque de Argyll levou o MacGregor para Berwick, poucos quilômetros depois da fronteira inglesa, cumprindo sua promessa. Mas tão logo chegou a Berwick o trouxe de novo para Edimburgo, onde Alastair foi executado.
A única ocasião em que os clãs se uniram foi para apoiar a dinastia Stuart.
O rei James VI nomeou o Lorde Ochiltree para estabelecer o império de lei nas Ilhas. Convidou chefes dos MacLean (de Duart), Donald Gorm (de Sleat), Ranald, MacLeod e MacLean (ambos de Argour) para jantar no Castelo Duart. Assim que todos os chefes estavam a bordo, deu-lhes ordem de prisão e eles só foram libertados quando se comprometeram a ajudar o enviado real numa política de reformar as Ilhas.
Nove chefes se reuniram em 1609 na ilha de Iona e assinaram o Estatuto de Iona, onde juravam obediência ao rei, assegurava educação nas Terras Baixas aos filhos das famílias de bem, abolia as armas de fogo, desestimulava a bebida e os cantos dos bardos. Era outra tentativa de britanizar os clãs.
O modo de vida tradicional dos clãs não acabou de imediato, mas a longo prazo. O golpe de misericórdia no sistema de clãs ocorreu em 1746, quando os escoceses foram derrotados pelos ingleses na batalha de Culloden (ver).
De Craignure se viaja por cerca de 40 km numa estrada de uma só pista. A cada cerca de 100 metros há um acostamentozinho de uns 5 metros, para as passagens dos carros na outra direção. Esses acostamentos são ora à esquerda (para você), ora à direita (para seu "adversário"). A estrada passa primeiro por um vale com dois ou três lagos de águas frias, vindas de cascatas nas altas montanhas de pedras e capim baixo. Há carneiros por todo canto.
Depois se cruza a vila de Pennyghael e se vai acompanhando o mar. Pedras cobertas de algas secas mostram que a maré deve cobri-las. Passa-se pelo vilarejo de Bunessan e se chega a Fionnphort, também um vilarejo de pouquíssimas casas.
Em Fionnphort toma-se outro barco só para passageiros e navega-se por uns 10 minutos para a ilha de Iona, o berço do cristianismo escocês.
A ilha era povoada desde a Idade da Pedra. Nela também se encontraram tumbas da Idade do Bronze. Era território picto quando São Columba chegou em 563 d.C., para expiar seus crimes.
São Columba (Colum Cille ou Pomba da Igreja, em irlandês) nasceu em Donegal, na Irlanda, no ano 521, numa família aristocrática, a Cenel Conaill (ramo dos Uí Neill). Educado em poesia, música e matemática, era também escritor e professor. Fundou vários mosteiros na Irlanda (quase sempre seguido de 12 companheiros, um número que se repete nas vidas dos santos celtas e certamente está associado ao número de apóstolos que Cristo teve), inclusive o de Kells e o de Derry.
Em 563 ele tomou emprestado um manuscrito de alguns salmos e o copiou sem permissão do autor. O dono exigiu a devolução do original e das cópias, sem sucesso. O dono dos papéis apelou para o rei, o que levou a um conflito armado (conhecido como a batalha de Cul Dreimne), onde o próprio Columba liderou a matança de milhares de inimigos.
Arrependido, procurou um canto na Escócia de onde não pudesse ver a sua terra natal.
Embora o cristianismo já existisse no século V com St. Patrick na Irlanda e St. Nínian no sudoeste da Escócia, São Columba introduziu na Escócia o cristianismo centrado nos mosteiros, o que espelhava a organização social celta. Isso foi facilitado pela “celtização” do oeste escocês pela migração de irlandeses para essa região e subsequente fundação do reino da Dal Riáda, por membros da família de Columba.
O mosteiro de Iona se viu em meio a uma movimentada rede comercial entre a Irlanda e a Escócia. Com isso ganhou “status” político, assumindo o papel de mediador nos conflitos entre famílias reais locais. Inclusive assegurou a Áidan o trono da Dal Riáda.
São Columba morreu em 9 de junho de 597.
Do povoado dessa época nada mais sobrou, exceto o outeiro chamado Tórr an Aba (Colina do Abade), onde talvez ficasse a cela do santo. O outeiro fica defronte a abadia ali existente.
O grupelho de monges habitou a ilha apesar dos ataques dos viquingues nos séculos IX e X. Os nomes dos abades da ilha aparecem nos Anais do Ulster, indicando uma habitação permanente na ilha.
As relíquias do santo foram levadas para a segurança de Kells (Co. Meath), junto com o Grande Evangelho do Columcille (também conhecido como o Livro de Kells, hoje no Trinity College, em Dublin).
O primeiro edifício na estrada são as ruínas do convento de freiras fundado cerca de 1200 d.C. por Reginaldo para abrigar freiras augustinianas.
Bem ao lado da abadia fica a igreja de São Ronan, também do século XIII e que era usada como igreja paroquial até princípios do século XVI. Ao lado dela há uma fileira de túmulos alinhados no chão.
A ilha prosperou quando em 1203 ali se estabeleceu um mosteiro beneditino, onde hoje fica a igreja da abadia. Reginaldo, filho de Somerled, foi o primeiro benemérito da abadia.
Em princípio do século XVI, a abadia serviu de sede do bispado das Ilhas, mas novamente a comunidade monástica começou a minguar, principalmente por causa da Reforma. A ilha passou do clã MacLean para o Campbell.
Nas proximidades da igreja ficam as réplicas das cruzes celtas de São João e de São Martinho, ambas do século VIII, cujos originais estão no Infirmary Museum. Também está marcado o local onde ficava a cruz de São Mateus (igualmente do século VIII e guardada no Infirmary Museum).
Nos fundos da abadia fica o dito museu. Nele estão os originais das cruzes e algumas lápides de pessoas ali enterradas, tais como:
Hic iacet frater Cristinus mac Gilescoil [q]uondam prior de Hy cuius anime propicietur Deus
Aqui jaz o irmão Christian MacGillescoll, finado prior de Iona, de cuja alma Deus tenha piedade.
A palavra Hy é uma abreviatura de Iona e o sobrenome Gillescoil significa devoto (ou aluno) da escola.
Essa tumba é provavelmente do século XV.
A pedra é um memorial a cinco gerações de MacKinnons. A inscrição diz:
Hic iacet Bricius MacFingone + cum filius suis Eugenius et Cornebelus
Aqui jaz Gilbride com seus filhos Eugene e Cornebellus.
Há na pedra uma outra inscrição:
Hic iacet Fingone MacCarmait et Finlaid MacFingone et Eogan
Aqui jaz Finguin, filho de Cormac, e Finlay, filho de Finguin, e Owen.
A pedra tem inscrições rúnicas de cristãos noruego-irlandeses:
Kali Ølvis sunr lathi stan thinsi ubir Fukl bruthur
“Kali, filho de Ølvir, colocou esta pedra sobre (seu) irmão Fugl”.
Pertinho está a igreja do Santo Oran, uma capela pequena, do século XII. À frente dela o Reilig Odhrain (réli goren) (3) , onde estão enterrados cerca de 60 reis, entre escoceses, irlandeses e dinamarqueses, segundo Anais antiqüíssimos. Também abades e cavaleiros importantes ali foram sepultados.
Uma lenda medieval conta que Santo Oran foi sepultado vivo como um sacrifício pelo sucesso da missão evangelizadora. Ao fim do terceiro dia foi exumado, mas escandalizou os monges dizendo que a morte não era nenhuma maravilha, mas não era tão feia quanto a pintavam. A mando do próprio São Columba foi novamente enterrado, para silenciar suas heresias.
O Reilig Odhrain possivelmente não foi o primeiro cemitério do local. Crê-se que no início ele era destinado apenas a homens. Para as mulheres havia a Clach Ronain (Igreja de São Ronan), perto do convento de freiras.
Muitas lápides circundavam a pequena capela de Santo Oran, que fica ao lado da abadia e atrás do Reilig Odhran. A capela foi restaurada e é toda em pedra e cheia de cadeiras para os cultos. Apenas o forro do teto é feito de madeira. Foi ereta como capela mortuária para a aristocracia noruego-gaélica que governava as Hébridas.
Dentre os mortos que se acham enterrados em Iona, ali estariam:
- Ecgfrid, rei saxão de Northumbria (Northanhymbre), filho de São Cuthbert. Foi morto em 685 quando tentava saquear a terra dos pictos.
- Bruide de Fortriu, rei picto, filho de Beli. Ele morreu em 693.
- Niall Frossach, ard-ri da Irlanda. filho de Fergal. Reinou por 15 anos e foi monge por 8 anos. Morreu em 778.
- Artgal, rei de Connacht, filho de Cathal. Ele morreu em 791.
- Kenneth MacAlpin (Cináed MacAlpin), rei dos escotos por 15 anos, Morreu em 858.
- Donald MacAlpin (Domnall MacAlpin), reis dos escotos por 4 anos. Morreu em 862, dizem que assassinado em Scone.
- Constantino I, rei dos escotos, filho e sucessor de Kenneth MacAlpin. Foi morto em 877 numa batalha contra homens do norte.
- Aed, irmão e sucessor de Constantino. Morreu em 878 na batalha de Strathallan.
- Giric, filho de Donald MacAlpin. Tomou o trono de seu primo Aed na batalha de Strahallan. Ocupou a Benícia (parte norte da Northumbria) e boa parte do território dos anglos. Governou por 20 anos e morreu em 889.
- Donald II, filho de Constantino. Reinou por 11 anos e morreu em 900, de doença.
- Malcolm I, rei dos escotos. Reinou por 11 anos e foi morto à traição em 954.
- Indulf, filho de Constantino II. Reinou por 9 anos e foi morto pelos noruegueses em 962 em Invel-Cullen.
- Dubh MacMalcolm, que reinou os escotos por 4 anos. Foi morto em Forres em 966 e seu corpo escondido sob uma ponte em Kinloss. O sol não apareceria enquanto seu corpo não estivesse em Iona, na poesia gaélica. Ele foi encontrado e sepultado em Iona.
- Olaf Sitricsen, rei norueguês de Dublin e York. Após a batalha de Tara ele foi em penitência e peregrinação a Iona em 981. Lá morreu.
- Kenneth II, rei dos escotos. Reinou por 20 anos e foi morto numa conspiração em 995.
- Constantino III, rei dos escotos. Foi assassinado em 997, após um ano e meio de governo.
- Giric II, que foi filho de Dubh, reinou por 8 anos e foi assassinado em 1005.
- Malcolm II, rei dos escotos. Governou por 30 anos e morreu em Glamis.
- Duncan, rei dos escotos, filho de Crinan (abade de Dunkeld). Reinou 6 anos e foi assassinado por MacBeth, filho de Findlaech, em 1040.
- MacBeth, rei dos escotos. Governou por 17 anos e foi morto em Lumphana por Malcolm, filho de Duncan em 1057.
- Angus Og, chefe do clã MacDonald.
- Lain Fraoch, filho bastardo de Angus Og e fundador do ramo dos MacDonalds de Glencoe.
Hoje o Reilig Odhrain é um montículo de terra que as pessoas nem prestam muita atenção.
Na volta demos uma passada para ver o Duart Castle. Ele estava fechado. Nele ficaram presos os soldados dos navios da Invencível Armada que naufragaram nas costas da Escócia.
Pertinho dali fica a ilha de Staffa (palavra de origem norueguesa significando Ilha dos Pilares). Nela fica a Fingal's Cave (An Uamh Binn, ou Caverna Melodiosa), uma caverna em meio a um paredão formado por milhões de pilares basálticos em forma de prismas hexagonais. A lenda diz que ali morava Fingal, o gigante escocês que batia boca com Fiann Mac Cumhaill, como contamos ao tratar da Giant's Causeway (Irlanda do Norte). São formações rochosas semelhantes às irlandesas. É realmente impressionante, a ponto de motivar Mendelssohn a ter escrito a ouverture Fingal's Cave. Em tempo favorável, o barco aporta perto e se pode inclusive entrar na caverna.
Segue Glasgow ...
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