Andando pelo sul da província de Burgos, passamos por Peñaranda de Duero para visitar a vila romana de Clunia Sulpicia, onde Galba foi aclamado imperador quando da morte de Nero.
A colônia guarda as ruínas das casas que existiram entre os séculos I a IV d.C.
Logo na entrada do sítio ficam, maravilhosamente conservadas, as ruínas do teatro, que tinha capacidade para 10 mil pessoas. Como num estádio de futebol, as arquibancadas circundam o local do coro e palco.
AAdiante vêm as ruínas de duas termas, que talvez fossem um só conjunto. Na maior delas se vê claramente o salão de entrada, onde certamente eram cobrados os ingressos e contratados serviços profissionais de massagistas, depiladores, etc.
A partir dali, os sexos se dividiam. Cada um entrava por uma porta ao salão de exercícios.
Do salão de exercícios se passava à sala de untar o corpo com óleos e ungüentos. A seguir, a sala onde estava a piscina e as termas propriamente ditas (salas aquecidas pelo piso, sob o qual existiam câmaras por onde passavam os vapores quentes das águas aquecidas em enormes caldeiras. No fim do edifício ficava a área de serviços e a caldeira.
Morro acima está a casa romana, uma mansão enorme. Ainda se vê o corredor da entrada e o salão de recepção, cujo piso está recoberto por tessaræ. O porão ficou à mostra, com a queda do piso superior em alguns pontos. A casa devia ter uns 30 cômodos.
Próximo à casa estão os restos de uma basílica e ao lado da basílica os alicerces do fórum. Atrás o templo a Júpiter (que talvez estivesse dentro do fórum e não atrás dele).
Há outras casas pequenas, algumas com poço.
Nessa cidade foi achada uma tabuleta de bronze de 40 d.C. que dizia:
C.LAECANIO.BASSO
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que foi traduzido como sendo cônsules Caio Lecanio Basso e Quinto Terêncio Culeón, os clunienses da Hispania Citerior, junto com seus filhos e descendentes, fizeram um pacto de hospitalidade com Terêncio Basso Mefanas Etrusco, filho de Caio, da tribo de fabram prefeito da ala Augusta, e com seus filhos e descendentes. Formalizaram os legados Caio Magio Silón, filho de Lúcio, da tribo Galeria e Tito Emílio Fusco.
Acharam-se também brincos de ouro, jóias, o tronco de Vênus Desnuda, partes de construções (capitéis, colunas ...).
Um tronco funerário do século II d.C. traz a inscrição: "Aos deuses manes. Marco Valerio Paterno Vátrico e Valeria Titula a seu filho afetuosíssimo Lucio Valerio Naruano, da tribo Galeria, de 29 anos.
Seguem Covarrubias e Santo Domingos de Silos...
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