Fomos ver o Mosteiro de Montserrat (do latim Mons Serratus, morro serrilhado). Ele fica perto do povoado de Olesa de Montserrat, banhado pelo rio Llobregat (deturpação do latim Rubricatus, avermelhado, pela coloração dele na época chuvosa).
A Basílica fica no alto de uma serra super íngreme, a 750 metros de altura. Pode-se chegar até ele por uma estrada sinuosa ou por um teleférico que passa sobre o rio e a estrada e sobe pelo meio de penhascos enormes. Há também a opção de subir numa cremalheira.
Preferimos esse segundo meio. Para quê? Pouco depois bateu um vendaval que não parava e uma chuva intermitente. Não pudemos voltar pelo teleférico. O ônibus, depois de muita espera, logo lotou e tivemos de esperar que ele fosse, descarregasse o pessoal e voltasse. Nesse ínterim, conseguimos uma carona com um padre. Fizemos amizade com uma venezuelana e uma filipina criada na Philadelphia (EUA) e que só falava um pouquinho de espanhol. Tivemos todos de conversar em inglês para não isolá-la. No fim ela reconheceu e nos agradeceu.
Pegamos o trem e descemos (ou seja, por pouco só eu consigo descer) na estação seguinte, de onde saía o teleférico e onde estava nosso carro.
A Basílica é bonita e nova. Ali estão enterrados alguns nobres, como o príncipe Juan de Aragón (confirmar?), filho natural do rei ___. O príncipe morrem em 15__.
Apesar da ocasião, da chuva e do rio, o lugar estava lotadíssimo, principalmente com alemães e eslavos.
Há um museu que exibe inclusive objetos egípcios, doados à basílica por fiéis abonados.
Voltamos a Montserrat em 2008. Desta feita, com tempo bom. Compramos o conjunto de bilhetes (trem e funicular) numa loja perto da Plaza Cataluña. Pegamos o trem na Estació de Sants. Nada de pegar o funicular, que nos deu problemas na primeira visita.
Junto a nós ia uma americana que surpreendentemente falava um espanhol muito bom. Disse que também falava italiano e tinha aprendido um pouco de português no Brasil. Pegamos a cremalheira até o topo do monte. Desta feita estava um tempo muito bom e foi possível passear no cume da montanha. A passagem que compramos dava direito a usar o funicular de Santa Cova e o de San Joan.
O primeiro permite descer a um caminho (chamado Vello Collbató) que acompanha a beira do precipício e as estações do rosário, marcadas no caminho por esculturas de artistas catalães conhecidos no local. Os monumentos originais foram destruídos na guerra de 1936. No trajeto se passa por uma grande cruz de ferro visível do Mosteiro e pela Santa Cova, uma altar colocado sob uma reentrância na rocha. Ao cabo do caminho está a capela de Santa Cecília, cuja vista do vale sob as montanhas é estonteante. Esta capela marca o lugar onde teria sido encontrada a imagem de N. Sra. do Monte Serrate.
O bilhete comprado também dá direito ao funicular de Sant Joan, um íngreme ascensor que leva a lugares ainda mais alto do que o Mosteiro. De sua estação saem trilhas para uma capela distante e para um cume ainda mais elevado que o funicular. Destas trilhas se pode ver as montanhas e as cidades ao redor.
O Mosteiro de Monserrate tem espaços muito bonitos em seu interior, como a própria basílica (com uma das capelas desenhadas por Gaudí), a Sala do Capítulo, o Refeitório, a Biblioteca e o Museu (este, com peças da arqueologia bíblica: objetos zoomórficos, torás, vasos greco-romanos da Terra Santa etc., além de quadros medievais e modernos).
Segue Seu d' Urgell ...
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